O presidente dos EUA, Donald Trump, discursou em sua primeira viagem de Estado, neste segundo mandato, durante o fórum de investimentos EUA-Arábia Saudita em Riad, capital saudita.
“A transformação que ocorreu sob a liderança do Rei Salman e do Príncipe Herdeiro Mohammed foi verdadeiramente extraordinária”, disse Trump no início de seu discurso diante de empresários do mundo todo.
O presidente americano aproveitou o momento para enviar um novo alerta ao Irã, país com o qual tenta negociar um acordo nuclear.
“No caso do Irã, nunca acreditei em ter inimigos permanentes. Sou diferente do que muita gente pensa. Não gosto de inimigos permanentes. Às vezes, você precisa de inimigos para fazer o trabalho, e precisa fazê-lo direito. Inimigos te motivam”, afirmou.
Trump continuou: “Quero fazer um acordo com o Irã. Ficarei muito feliz se conseguirmos tornar a sua região e o mundo um lugar mais seguro. Mas se a liderança iraniana rejeitar este ramo de oliveira e continuar a atacar seus vizinhos, não teremos escolha a não ser infligir uma pressão massiva e máxima”, enfatizou o presidente americano.
O líder da Casa Branca disse ainda que “jamais permitirá que os Estados Unidos e seus aliados sejam ameaçados com terrorismo ou ataque nuclear”, oferecendo a Teerã um “novo e melhor caminho”.
Trump menciona “futuro melhor” para Gaza em discurso
Ainda durante o tempo de fala no fórum empresarial, Trump disse que estava trabalhando para acabar com a guerra entre Israel e o Hamas “o mais rápido possível”.
O presidente americano destacou que o povo palestino só poderá ver melhoria de vida quando optarem por lideranças alternativas que “não escolham sequestrar, torturar e atacar homens e mulheres inocentes para fins políticos”.
O mandatário citou ainda a libertação do refém israelense-americano Edan Alexander, nesta segunda-feira, após negociações indiretas de seu governo com o Hamas.
Trump defende fim do “intervencionismo” do Ocidente
O presidente dos EUA também aproveitou o discurso para elogiar o desenvolvimento da Arábia Saudita e outros países do Golfo. Segundo ele, essas nações “desenvolveram seus próprios países soberanos, perseguindo suas próprias visões e traçando seus destinos à sua maneira”.
“A grande transformação do Oriente Médio não veio do intervencionismo ocidental, espalhado com lições sobre como viver ou como governar os próprios assuntos. As maravilhas brilhantes de Riad ou Abu Dhabi não foram criadas pelos chamados construtores de nações, neoconservadores ou fundações liberais como aquelas que gastaram trilhões sem conseguir desenvolver Cabul ou Bagdá”, disse.
“No fim das contas, os chamados construtores de nações destruíram mais nações do que construíram, e os intervencionistas, que mexeram em sociedades complexas que eles não entendiam. Disseram como fazer, mas não conseguiram nem aplicar a si mesmos”, continuou.
“Nesta península, lugares como Dubai e Abu Dhabi passaram por transformações incríveis. Diante dos nossos olhos, uma nova geração de líderes está transcendendo conflitos antigos e se cansaram das divisões do passado e querem construir um futuro para o Oriente Médio definido pelo comércio, não pelo caos”.
Trump citou, ainda, as políticas implementadas em seu segundo mandato a respeito da economia e imigração. Ele afirmou no discurso disse que estava compartilhando uma “abundância de boas notícias de um lugar chamado América” e acrescentou “estão arrasando”.
A Arábia Saudita é a primeira parada de Trump em sua viagem de Estado no Oriente Médio. Os destinos dos próximos dias são o Catar e os Emirados Árabes Unidos.
Durante o encontro com o primeiro-ministro e príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, Trump discutiu novos investimentos e acordos comerciais entre os países.