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    Home » Terceira via do Centrão e Temer atrapalham direita conservadora
    Política

    Terceira via do Centrão e Temer atrapalham direita conservadora

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 19, 2025Nenhum comentário9 minutos de leitura
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    O avanço de uma possível terceira via articulada por partidos do Centrão tem sido visto por analistas como um movimento estratégico para enfraquecer o projeto conservador que ganhou força durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Federações partidárias, articulações entre governadores fomentadas pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e a busca por uma candidatura alternativa a Bolsonaro são os principais instrumentos utilizados para minar a consolidação de um nome identificado com a pauta de costumes.

    Com pelo menos cinco governadores cotados para disputar a Presidência, o Centrão tenta lançar um nome que transite com mais facilidade pelo espectro político, evitando o alinhamento com a direita conservadora. E essa movimentação ocorre apesar de figuras como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Junior (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) serem associados à direita.

    A tentativa do establishment político, de acordo com especialistas, é deixar temas caros à oposição para um segundo plano, priorizando discussões econômicas e institucionais. Uma estratégia para desidratar o discurso conservador sem antagonizar o eleitorado de direita.

    Um deputado do Centrão, que pediu para não ter o nome revelado por tratar de assuntos sensíveis, confirmou essa linha de atuação. Para ele, embora os temas da chamada pauta de costumes tenham relevância, são considerados secundários diante de assuntos como segurança pública, ajuste fiscal e controle da inflação – áreas que, segundo ele, devem dominar o debate presidencial de 2026.

    Mas o que seria uma candidatura conservadora? Indagado sobre o assunto, o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) voltou a defender o nome de Bolsonaro e afirmou que ele é a única opção da oposição. Por outro lado, comentou que um candidato conservador “precisa restituir, através de um projeto robusto de soberania nacional, as esperanças da população no potencial gigantesco do Brasil, hoje alvo do entreguismo e da vilania do PT.”

    Temer articula alternativa a Bolsonaro 

    A movimentação do Centrão viu despontar nas últimas semanas um articulador importante: o ex-presidente Michel Temer (MDB). Ele articula nos bastidores uma aliança entre governadores em torno de uma candidatura de centro. Segundo o emedebista, há entusiasmo entre os gestores estaduais para lançar um nome único que represente uma alternativa à polarização.

    “Eu vejo, em conversas que tive com alguns governadores, que eles estão muito dispostos a algo desta natureza. Não serão cinco que sairão. De fato, sob um critério palpável e objetivo, se saírem cinco de um lado e um único do outro, é claro que este único do outro terá uma vantagem extraordinária. Espero que haja dois ou três candidatos de programas determinados, sem muitas candidaturas”, declarou Temer na ocasião.

    Mas aliados de Bolsonaro viram na movimentação de Temer a tentativa de impor um nome descolado de Bolsonaro e possivelmente apoiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente do ministro Alexandre de Moraes.

    Diante da repercussão negativa, o ex-presidente se apressou em dizer que Bolsonaro seria, sim, incluído na discussão. Mas o recado já estava dado — e a reação não tardou.

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visto como potencial herdeiro político de Bolsonaro, rechaçou publicamente a proposta de Temer. Em evento do grupo Esfera, em Nova York, na segunda-feira (12), disse: “Não existe direita sem Bolsonaro”, sinalizando que qualquer candidatura unificada nesse campo depende do aval do ex-presidente.

    Questionado sobre suas próprias pretensões eleitorais, Tarcísio evitou antecipar discussões. “Tenho que pensar agora em entregar resultado”, disse. Ele já havia reiterado, dias antes, que pretende cumprir seu mandato em São Paulo até o fim. “Quero ficar no estado que me abraçou”, afirmou, descartando novamente a hipótese de disputar a Presidência em 2026.

    Por outro lado, um deputado do PL alertou que Tarcísio, Zema, Ratinho e Caiado não poderão ignorar as pautas de costumes, sob o risco de perderem o apoio do eleitor fiel a Bolsonaro. 

    Terceira via tenta reeditar modelo do PSDB, mas com conservadorismo

    Para o cientista político Adriano Cerqueira, do Ibmec de Belo Horizonte, a terceira via busca repetir a antiga postura do PSDB: um antipetismo moderado que evite o rótulo de direita. “É uma certa covardia mesmo de assumir posições conservadoras”, disse. Segundo ele, o projeto enfrenta dificuldades porque o eleitorado aderiu a valores mais conservadores nos últimos anos. 

    Cerqueira aponta que temas ligados à defesa da família ganharam centralidade no debate político. “O conservadorismo hoje está muito moldado na questão da educação moral e sexual, que os conservadores entendem como responsabilidade da família, não do Estado”, explicou.

    Na mesma linha, o professor Elton Gomes, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), observa que a ideia de uma direita moderada se tornou ainda mais distante com o fim do PSDB como força política relevante. 

    Para Gomes, mesmo que as elites políticas queiram oferecer uma opção moderada, o eleitor médio parece inclinado a manter a adesão às ideias conservadoras consolidadas nos últimos anos. “Não vejo um horizonte político, nas circunstâncias atuais, em que essa alternativa consiga se viabilizar eleitoralmente”, concluiu.

    Temer reedita estratégia da “Ponte para o Futuro”, mas sofre resistência

    Outra linha de análise é que a nova iniciativa de Michel Temer é inspirada no plano “Ponte para o Futuro” (2015), que viabilizou seu governo após o impeachment de Dilma Rousseff. Agora, ele tenta construir um “consenso” com cinco governadores bem avaliados: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Jr. (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União-GO) e Eduardo Leite (PSD-RS).

    Contudo, a estratégia pode repetir o fracasso da candidatura de Simone Tebet (MDB) em 2022, quando sua proposta de terceira via não ganhou tração. A dificuldade atual é ainda maior diante da força eleitoral de Bolsonaro, mesmo fora da disputa direta, e do número de pré-candidaturas.

    Articulação de Temer expõe dilema entre coordenação e hegemonia na direita

    Com o “Movimento Brasil”, Temer tenta unir forças de centro-direita contra Lula e reduzir a dependência da política nacional da polarização entre esquerda e direita. Porém, o calendário eleitoral, a inelegibilidade de Bolsonaro e a falta de unidade na direita tornam esse objetivo mais difícil – ainda mais quando líderes conservadoras preferem aguardar a definição do ex-presidente sobre os próximos passos.

    Enquanto isso, setores políticos e econômicos também veem na estratégia a chance de pressionar Bolsonaro a recuar. O ex-presidente também enfrenta uma dura batalha na Justiça, personalizada na figura do ministro Alexandre de Moraes. Os apoiadores da tese de Temer argumentam que a situação fiscal muito desafiadora ao próximo governo cobra coordenação rápida.

    Temer volta a elogiar a “pacificação” de Alexandre de Moraes em público

    Temer voltou a elogiar publicamente a atuação de Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos relacionados aos atos do 8 de janeiro, e destacou que a postura do ministro seria de “pacificação”. Ao mencionar a concessão de prisão domiciliar a figuras como Fernando Collor e Roberto Jefferson, o ex-presidente afirmou: “ele não é radical”.

    Temer foi quem indicou Moraes para o cargo de ministro do Supremo. Por isso, uma candidatura de centro articulada com ele desperta indagações sobre possível alinhamento dessa iniciativa com Moraes.

    “O Brasil deve muito a ele [Moraes]. Ele agiu de forma adequada quando precisou garantir as eleições, e agora atua pensando na pacificação do país”, afirmou.

    Durante evento promovido pelo grupo Lide, em Nova York, Temer também se manifestou contra a proposta de anistia aos réus do 8 de janeiro, alinhando-se à posição majoritária do STF. Defendeu apenas a reavaliação das penas como forma de distensão institucional.

    Quando participou da Brazil Conference, realizada em 12 de abril, na Universidade e Harvard, nos Estados Unidos, o ex-presidente também defendeu a atuação do STF na preservação da democracia.

    Bolsonaro evoca domínio na direita e lança nomes da família como opções

    Jair Bolsonaro, por sua vez, comentou a tentativa de articulação de Temer em entrevista ao portal UOL nesta quarta-feira (14). Ele disse que o ex-presidente “tem todo o direito” de propor alternativas, mas sugeriu que os governadores presidenciáveis sondados por Temer deveriam perguntar por que ele – Bolsonaro – segue inelegível até 2030. O ex-presidente voltou a repetir que “eleição sem Bolsonaro é fraude”.

    Mesmo inelegível, Bolsonaro reiterou que deseja continuar como liderança central na definição da candidatura de direita. Sinalizou que Tarcísio deve seguir em São Paulo e destacou a ex-primeira-dama Michelle como bem colocada em pesquisas, emergindo como opção devido ao forte apelo junto a mulheres e evangélicos e pelo legado em trabalhos sociais.

    “Pode ser candidata? Não sei”, disse, mencionando também o filho Eduardo, deputado licenciado, como outra alternativa ao seu próprio nome já indicada em levantamentos.

    Flávio Bolsonaro e aliados atacam Temer e rejeitam tentativa de afastar ex-presidente

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ironizou as articulações do emedebista e afirmou que Temer “não tem qualquer liderança eleitoral”. Alfinetou ainda sua responsabilidade pela nomeação de Moraes ao STF. “Está feito o convite para que Temer caminhe conosco”, provocou. Segundo ele, qualquer plano à direita que ignore Bolsonaro está “condenado ao fracasso”.

    Na mesma linha, o advogado e ex-chefe da comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, rebateu editorial do jornal O Estado de São Paulo que apoiava o movimento de Temer. “Se continuarem nessa palhaçada de direita sem Bolsonaro, vou defender chapa pura — PL na cabeça e na vice. Vamos ver quem tem voto”, escreveu nas redes.

    Michelle ganha força como alternativa com apoio de evangélicos e mulheres

    Líderes de direita já trabalham com o nome de Michelle Bolsonaro como possível alternativa. O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, mandou um recado a Temer nas redes sociais: “Se existe articulação para um candidato da direita, caso o vergonhoso impedimento de Bolsonaro persista, o senhor (Temer) se esqueceu da mais bem avaliada nas pesquisas depois de Bolsonaro: Michelle!”.

    Nos bastidores, senadores como Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN) já são mencionados como eventuais vices numa chapa encabeçada por Michelle. Desde a decisão do TSE que tornou Bolsonaro inelegível, aliados evitam firmar apoios, à espera de uma possível reversão judicial ou de um gesto final do ex-presidente.

    Analista vê baixa viabilidade sem Bolsonaro e aposta do PT na divisão

    Para o cientista político Ismael Almeida, a tentativa de Temer tem importância simbólica, mas pouca viabilidade sem o endosso de Bolsonaro. “A direita hoje é menos institucional e mais identitária, sustentada por figuras com forte apelo emocional”, observa.

    Ainda assim, ele reconhece que Lula permanece como adversário competitivo, apoiado pela base social do PT e pela máquina institucional. Para o analista, há urgência em construir um nome viável à direita, sob pena de nova vitória petista. “O PT aposta justamente nessa fragmentação adversária para se manter no poder”, salienta.



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