Fechar menu
Brasil Eleve

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias do Brasil Eleve

    O que há de novo

    Mendonça diverge de Moraes e defende revisão da vida toda do INSS

    junho 9, 2025

    Cobrança de IR de LCI e LCA afeta rendimento de renda fixa

    junho 9, 2025

    a estratégia por trás da expansão em SP e PR

    junho 9, 2025
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube
    Brasil Eleve
    Anunciar
    • Início
    • Últimas notícias
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Internacional
    • Política
    • Contato
      • Política de Privacidade
      • Termos de Uso
    Brasil Eleve
    Home » O que é o paradoxo da escolha, que nos deixa descontentes – 01/06/2025 – Equilíbrio
    Saúde

    O que é o paradoxo da escolha, que nos deixa descontentes – 01/06/2025 – Equilíbrio

    Brasil ElevePor Brasil Elevejunho 1, 2025Nenhum comentário6 minutos de leitura
    Compartilhar
    Whatsapp Facebook Twitter LinkedIn Pinterest E-mail Link de cópia


    Alguma vez você demorou mais para escolher um filme ou uma série em uma plataforma de streaming do que para assisti-lo? Ou, mesmo depois de pesquisar muito para comprar algo online, ficou com dúvidas se tinha feito a melhor escolha?

    Em uma sociedade com tantas possibilidades, escolher algo se tornou uma fonte de ansiedade: o que a princípio parecia uma vantagem pode acabar sendo um fardo.

    A psicologia define isso como “o paradoxo da escolha”: quanto mais opções temos, mais difícil é escolher, e menos satisfeitos ficamos com a decisão.

    Esse fenômeno foi descrito pelo psicólogo Barry Schwartz. Ele defendia que o excesso de liberdade pode ter efeitos adversos sobre o nosso bem-estar. Em vez de nos deixar mais felizes, uma abundância de opções tende a nos bloquear, frustrar e provocar a sensação de que poderíamos ter escolhido melhor.

    Quando a escolha vira um problema

    Um estudo de Sheena Iyengar e Mark Lepper demostrou que os consumidores eram menos propensos a comprar geleias quando expostos a uma variedade de 24 sabores do que quando a variedade era de apenas seis. A quantidade de opções não apenas dificulta a decisão, como também reduz a satisfação com o que foi escolhido.

    Essa padrão não se limita ao consumo. Ele também é observado em decisões importantes, desde a escolha de cursos até relações pessoais. Em contextos universitários e profissionais, o excesso de opções pode gerar uma sensação de paralisia, dúvidas constantes e medo de errar.

    Dois estilos para a tomada de decisões

    A psicologia identificou diferentes estilos de enfrentamento diante da tomada de decisões. Entre eles, os dois perfis mais estudados são os maximizers (ou maximizadores, na tradução livre para o português) e os satisficers (satisfatores).

    Essa distinção foi formalizada em um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology (Jornal de Personalidade e Psicologia Social, na tradução livre para o inglês).

    Maximizers: em busca da opção perfeita

    As pessoas com um estilo maximizador tendem a buscar sempre a melhor opção possível. Avaliam muitas alternativas, comparam exaustivamente, pesquisam a fundo e adiam decisões em busca da escolha ideal.

    Embora esse comportamento pareça racional ou ambicioso, na prática está frequentemente associado a impactos negativos no bem-estar emocional.

    O estudo citado mostrou que os maximizadores:

    • Sentem mais ansiedade e estresse durante o processo de tomada de decisão;
    • São mais suscetíveis e remoer e se arrepender da decisão que fizeram;
    • Apresentam níveis mais baixos de satisfação com as decisões que tomam, inclusive quando o resultado é bom.

    Além disso, outros estudos têm associado esse perfil a sintomas depressivos, especialmente quando as decisões são tomadas em contextos completamente incertos.

    Satisficers: quando o “suficientemente bom” é suficiente

    Em contraste, o estilo satisfator se baseia em escolher uma opção que atenda a critérios pessoais mínimos ou razoáveis, sem necessidade de compará-la com todas as outras disponíveis.

    Essas pessoas não buscam o perfeito, mas algo que se alinhe às suas necessidades e valores.

    Segundo o estudo citado, os satisfators:

    • Decidem mais rápido;
    • Sentem menos arrependimento;
    • Se sentem mais satisfeitos com suas escolhas;
    • Têm mais estabilidade emocional após tomar decisões.

    O estilo satisfator não deve ser confundido com conformismo. Trata-se de uma abordagem mais funcional e adaptativa. Como mostram outros estudos, essas pessoas tendem a preservar recursos cognitivos e emocionais, o que as ajuda a lidar melhor com a incerteza e a reduzir a fadiga na hora de tomar decisões.

    A diferença entre os perfis influencia não apenas como uma decisão é tomada, mas também como se vive o processo e as consequências da escolha.

    O estilo maximizador pode ser útil em contextos técnicos ou decisões de alto risco, mas a sua aplicação constante na vida diária–onde muitas vezes não existe uma opção claramente melhor – pode prejudicar o bem-estar psicológico de forma significativa.

    Por outro lado, adotar uma atitude de satisfator permite tomar decisões com mais tranquilidade, assumindo que nenhuma será perfeita, mas muitas podem ser válidas.

    Em tempos de abundância de opções, essa abordagem parece mais emocionalmente sustentável.

    Onde está a armadilha?

    O paradoxo da escolha se manifesta em múltiplos aspectos da vida cotidiana:

    • Streaming e lazer digital: o menu interminável de séries, filmes e músicas pode provocar fadiga e reduzir o prazer;
    • Compras online: milhares de opções para um mesmo produto pode gerar confusão, dúvidas e arrependimento posterior;
    • Relações interpessoais: a ilusão de infinitas possibilidades em aplicativos de namoro pode dificultar o compromisso e aumentar a insatisfação;
    • Escolhas profissionais ou acadêmicas: a grande variedade de caminhos possíveis gera indecisão, medo de errar e bloqueio psicológico.

    Consequências psicológicas do excesso de opções

    Escolher entre muitas alternativas exige recursos cognitivos e emocionais. Quanto maior número de opções, maior a probabilidade de experimentar ansiedade, dúvidas persistentes, arrependimento posterior à decisão, diminuição do prazer com a escolha e fadiga mental.

    Além disso, em contextos de pressão social ou exigência elevada, essa dificuldade se agrava. A sensação de que “tudo depende de uma escolha correta” pode levar ao estresse crônico ou até à evitação das decisões.

    O fenômeno da fadiga de decisória também é reconhecido no âmbito clínico. Alguns estudos mostram que o esforço mental acumulado ao tomar muitas decisões reduz a capacidade de autocontrole e aumenta a vulnerabilidade ao estresse.

    Como se proteger? Estratégias para escolher melhor

    Na psicologia aplicada, diversas estratégias têm sido propostas para reduzir o impacto negativo da abundância de opções. Algumas delas são:

    • Reduzir voluntariamente o número de alternativas: criar filtros prévios ajuda a focar a atenção a acelerar o processo de tomada de decisões;
    • Aceitar a imperfeição: entender que toda escolha implica renúncias e que não existe opção perfeita ajuda a decidir com menos carga emocional;
    • Decidir com base em valores pessoais: priorizar critérios próprios, e não expectativas externas ou modismos, aumenta a satisfação com a decisão tomada;
    • Praticar a autocompaixão: ser menos duro com você mesmo após tomar uma decisão reduz o arrependimento e o desconforto emocional;
    • Automatizar decisões menores: definir padrões para escolhas rotineiras (roupa, café da manhã) pode liberar energia mental para o que realmente importa.

    Escolher menos, viver mais

    Em um contexto cultural que associa liberdade com quantidade, pode parecer contraditório que reduzir opções aumente o nosso bem-estar. Contudo, inúmeros estudos confirmam: o excesso de alternativas gera fadiga e frustração.

    Adotar uma tomada de decisão mais simples, mais conectada com o pessoal e menos centrada em encontrar o “perfeito” pode ajudar a melhorar a saúde mental e a qualidade de vida. Nesse sentido, escolher menos não é se conformar, mas decidir com mais sentido.

    *Oliver Serrano León é diretor e professor do Mestrado em Psicologia Geral em Saúde da UEC (Universidade Europeia de Canarias).

    *Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido sob licença da Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original em espanhol.



    Source link

    Compartilhar. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr E-mail Link de cópia

    Related Posts

    Kennedy Jr. destitui comitê de vacinas nos EUA – 10/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 10, 2025

    Médicos apontam Einstein como o melhor hospital do Brasil – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 9, 2025

    Pesquisa avançada mantém HC de São Paulo na vanguarda – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 9, 2025

    Padilha defende parceria privada para reduzir filas do SUS – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 9, 2025

    Falta de dados dificulta escolha de hospital por pacientes – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 9, 2025

    Acreditação dá selo de qualidade a hospitais – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 9, 2025

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias criativas sobre arte e design.

    Últimas postagens
    Manter contato
    • Facebook
    • Twitter
    • Pinterest
    • Instagram
    • YouTube
    • Vimeo
    Não perca

    Kennedy Jr. destitui comitê de vacinas nos EUA – 10/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 10, 2025

    O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., anunciou nesta segunda-feira (9)…

    Mendonça diverge de Moraes e defende revisão da vida toda do INSS

    junho 9, 2025

    Einstein se expande para Goiânia e Florianópolis – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 9, 2025

    Recent Posts

    • Kennedy Jr. destitui comitê de vacinas nos EUA – 10/06/2025 – Equilíbrio e Saúde
    • Mendonça diverge de Moraes e defende revisão da vida toda do INSS
    • Einstein se expande para Goiânia e Florianópolis – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde
    • Hospitais disputam médicos com equipamento de ponta – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde
    • Acreditação dá selo de qualidade a hospitais – 09/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    Recent Comments

    Nenhum comentário para mostrar.
    junho 2025
    D S T Q Q S S
    1234567
    891011121314
    15161718192021
    22232425262728
    2930  
    « maio    
    Sobre nós
    Sobre nós

    Brasil Eleve - Informação de Crescimento um portal de notícias sobre economia, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal.

    Envie-nos um e-mail: contato@brasileleve.com

    Facebook Instagram Pinterest YouTube
    Nossas escolhas

    Após Copa-14, seleção abandona cidades que não foram sedes – 09/06/2025 – Esporte

    junho 9, 2025

    Cristiano Ronaldo e os inimigos do fim – 09/06/2025 – Sandro Macedo

    junho 9, 2025

    Mundial de Clubes: conheça os 12 estádios – 09/06/2025 – Esporte

    junho 9, 2025
    Mais popular

    Coreia do Norte acelera testes de mísseis

    junho 9, 2025

    Califórnia é “santuário” contra política migratória de Trump

    junho 9, 2025

    Greta e outros ativistas alegam “sequestro” de Israel

    junho 9, 2025
    Copyright © 2024. Todos os Direitos Reservados por bomscript.com.br
    • Início
    • Contato

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.