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    Home » O que acontece quando um passageiro morre no voo – 10/03/2025 – Cotidiano
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    O que acontece quando um passageiro morre no voo – 10/03/2025 – Cotidiano

    Brasil ElevePor Brasil Elevemarço 10, 2025Nenhum comentário8 minutos de leitura
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    Se um passageiro morre a bordo de um voo, os membros da tripulação, como Jay Robert, precisam pensar rápido.

    “Nós passamos do serviço de bordo ao papel de salva-vidas e até agentes funerários, lidando com cadáveres, e depois fazendo controle de multidão”, diz o comissário, de 40 anos. “Temos que calcular: ‘Tudo bem, ainda precisamos servir café da manhã ou jantar para 300 pessoas, e temos que lidar com isso’.”

    Jay, gerente de cabine de uma grande companhia aérea europeia e ex-membro da tripulação da Emirates, tem mais de uma década de experiência trabalhando em aeronaves. Assim como todos os tripulantes de cabine, ele foi treinado para lidar com mortes de passageiros, mas ele próprio só vivenciou uma.

    Ele diz que as mortes em aviões são “muito incomuns”, e que é mais provável que as pessoas morram em voos mais longos devido ao impacto físico de ficar imóvel por um longo período. Alguns tripulantes não vivenciam nenhuma fatalidade a bordo de uma aeronave durante toda a sua carreira, segundo ele.

    Um estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine, em 2013, concluiu que morrer em um voo era “raro”. O estudo analisou as chamadas de emergência de cinco companhias aéreas para um centro de comunicação médico, entre janeiro de 2008 e outubro de 2010, e constatou que 0,3% dos pacientes que tiveram uma emergência médica durante o voo morreram.

    No mês passado, um casal australiano relatou sua experiência “traumática” de viajar ao lado de um corpo em um voo de Melbourne, na Austrália, para Doha, no Catar, depois que uma passageira morreu a bordo da aeronave.

    Mitchell Ring e Jennifer Colin contaram que a tripulação da cabine colocou o corpo da passageira, envolto em cobertores, ao lado de Ring durante as quatro horas restantes do voo, sem oferecer para mudá-lo de lugar. A Qatar Airways afirmou que seguiu as diretrizes apropriadas, e pediu desculpas por “qualquer inconveniente ou sofrimento que este incidente possa ter causado”.

    A BBC News conversou com tripulantes de cabine e outros especialistas em aviação sobre como as mortes em pleno voo geralmente são tratadas, quais são as regras para acomodar corpos em aviões, e como é trabalhar em um voo em que alguém morreu.

    Para começar, a tripulação do voo não pode declarar o óbito–isso precisa ser feito por uma equipe médica. Às vezes, isso acontece no avião se houver alguém qualificado a bordo, mas, com mais frequência, é feito no pouso. A maioria das companhias aéreas segue as diretrizes da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) sobre o que fazer se um passageiro for considerado morto, embora as políticas variem ligeiramente de acordo com cada empresa aérea.

    ‘É bem provável que o corpo seja colocado em um assento vazio’

    Em uma situação de emergência médica, a tripulação da cabine administraria os primeiros socorros, e pediria ajuda a qualquer passageiro que fosse profissional de saúde, enquanto o capitão usaria um sistema de telecomunicação para receber instruções de médicos de emergência em solo, diz o ex-piloto comercial Marco Chan, professor da Nova Universidade de Buckinghamshire, no Reino Unido. Se fosse necessário, o capitão desviaria o voo o mais rapidamente possível.

    Mas nem sempre é possível salvar um passageiro.

    Se um passageiro for considerado morto, os olhos da pessoa devem ser fechados, e ela deve ser colocada em um saco mortuário, se houver um disponível, ou então coberta com um cobertor até o pescoço, de acordo com as diretrizes da Iata.

    Os aviões possuem um espaço bastante limitado, e é um desafio encontrar um local adequado para colocar o corpo sem incomodar os demais passageiros e comprometer a segurança do avião. De acordo com a Iata, o corpo deve ser acomodado em um assento longe dos outros passageiros, ou em uma outra área do avião, se possível. No entanto, se o voo estiver lotado, o corpo geralmente será devolvido ao seu próprio assento.

    Em um avião de fuselagem estreita–normalmente usado para voos de curta distância, os chamados voos domésticos–, não há espaço suficiente a bordo “para realmente blindar os passageiros do que aconteceu”, afirma Ivan Stevenson, professor de gestão de aviação da Universidade de Coventry, no Reino Unido.

    O espaço nestas aeronaves é “muito, muito limitado”, ele acrescenta. “Se alguém morrer a bordo de um avião como esse, é bem provável que precise ser colocado em um assento.”

    Stevenson reconhece que é algo “muito infeliz, muito desagradável”, mas que a tripulação deve colocar a segurança do avião em primeiro lugar.

    A tripulação “vai tentar dar um pouco de dignidade ao cadáver”, colocando-o em um corredor vazio e usando cortinas, cobertores e luzes fracas, explica Jay, mas talvez não tenha muita escolha.

    O corpo não pode ser colocado na área de serviço da aeronave, caso bloqueie uma saída de emergência. Tampouco pode ser deixado nos corredores, por precaução, caso haja necessidade de uma evacuação de emergência, afirma Jay, nem colocado na área de descanso da tripulação em um voo de longa distância.

    Também é difícil manobrar fisicamente um corpo em um espaço tão limitado, diz Jay. Foi o que aconteceu no caso da Qatar Airways, quando Ring disse que os comissários não conseguiam passar com o corpo da passageira pelo corredor.

    Um avião poderia desviar a rota para salvar a vida de um passageiro no caso de uma emergência médica, mas normalmente não faria isso se ele já tivesse sido considerado morto, afirmam especialistas em aviação e tripulantes de cabine.

    “Não faz sentido desviar”, diz Chan.

    O capitão informaria o centro de operações da companhia aérea e o controle de tráfego aéreo sobre a morte do passageiro o mais rápido possível, e o avião seria recebido pelas autoridades locais, afirma Stevenson. As autoridades locais ou um representante da companhia aérea entrariam em contato com a família do passageiro se ele estivesse viajando sozinho.

    ‘Chorei na banheira’

    Ally Murphy, apresentadora do podcast Red Eye, em que ela entrevista comissários de bordo, vivenciou a morte de apenas um passageiro em seus 14 anos trabalhando como tripulante de cabine.

    Um passageiro que estava viajando sozinho de Acra, em Gana, com destino a Londres, no Reino Unido, desmaiou em seu assento. Após ser alertada pelo passageiro no assento ao lado, a tripulação percebeu que ele não estava respirando normalmente, e não tinha pulso.

    A tripulação levou o passageiro para a área de serviço da aeronave para realizar a RCP (reanimação cardiopulmonar). “Você fica meio que preso em uma lata, que não foi projetada para você ficar perambulando”, lembra Ally. Mas havia mais espaço do que o normal na área de serviço, porque os carrinhos estavam fora para realizar o serviço de bordo.”

    Ally e outro membro da tripulação realizaram a reanimação cardiopulmonar por 40 minutos, sem sucesso. O capitão decidiu então desviar o avião para Lyon, na França, e embora Ally e seu colega soubessem que deveriam ter voltado a seus assentos para o pouso, eles continuaram fazendo RCP o tempo todo, diz ela.

    “Não queríamos deixá-lo.”

    Após o pouso, os paramédicos levaram o passageiro. Ele foi declarado morto, em decorrência de um aneurisma na aorta abdominal, lembra Ally.

    “Eu o segurei em meus braços nos últimos momentos da sua vida”, diz ela. “Ele provavelmente teria escolhido outra pessoa para isso, mas era eu que estava ali.”

    Depois que o avião decolou novamente após o desvio, os passageiros estavam “bastante quietos e abatidos”, diz ela. Mas ao chegarem ao aeroporto de destino, um passageiro do voo começou a gritar com ela porque havia perdido a conexão.

    “Essa foi a única vez em que eu disse a um passageiro para onde ele deveria ir”, ela relembra.

    Testemunhar a morte de um passageiro foi uma experiência traumática para Ally.

    “Fui para casa, sentei na banheira e chorei. Senti o gosto do hálito do passageiro por cerca de uma semana depois”, diz ela. “Foi um pouco traumatizante por um tempo. Não conseguia assistir a nada com reanimação cardiopulmonar por um bom tempo.”

    A tripulação de cabine recebe suporte após a morte de um passageiro, incluindo terapia e a opção de sair da escala de trabalho por alguns dias para que possam processar o que aconteceu, diz Jay.

    Ally e seus colegas tiveram uma reunião com a companhia aérea após a morte do passageiro, na qual receberam “garantias de que fizemos tudo o que podíamos”. Depois disso, ela conseguiu casar seus turnos de trabalho com os de uma amiga por um mês, porque estava “um pouco traumatizada”.

    Como a tripulação de cabine não está acostumada a fatalidades com passageiros, pode ser uma experiência especialmente angustiante quando um passageiro morre a bordo da aeronave, diz Jay.

    “Não somos médicos, não somos enfermeiros”, ele acrescenta. “Embora sejamos treinados para lidar com isso, não enfrentamos essa situação todos os dias, então não estamos imunes a isso.”

    Este texto foi publicado originalmente aqui.



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