O presidente da Argentina, Javier Milei, encerrou nesta quarta-feira (4) a Conferência para a Ação Conservadora (CPAC), realizada no Hotel Hilton, no bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires. O evento reuniu mais de mil participantes, entre líderes políticos, influenciadores conservadores e apoiadores de diversas nações, incluindo o deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o espanhol Santiago Abascal, líder do partido Vox.
No discurso de encerramento, Milei destacou a importância de combater a agenda socialista, elogiou seu governo e reforçou a necessidade de travar de forma assertiva a “batalha cultural” global.
“Estamos respirando novos ventos de liberdade e diante de uma oportunidade histórica para mudar o mundo”, afirmou o presidente. Ele alertou que o sucesso político ou administrativo não será suficiente sem uma forte influência cultural.
“Se não travarmos a batalha cultural, não importa quão bons sejamos na gestão ou na política; se a cabeça ou o espírito falham, não vamos chegar a lugar nenhum”, ressaltou Milei.
Ainda em sua fala, Milei apontou a influência socialista na cultura e na educação, citando o domínio da esquerda em universidades, meios de comunicação e outros setores. Ele criticou também líderes como Lula, presidente do Brasil, Gustavo Petro, presidente da Colômbia, e Pedro Sánchez, premiê da Espanha, e o kirchnerismo na Argentina, que, segundo ele, seguem um modelo ideológico que causa miséria onde é aplicado.
“Eles [os socialistas] se organizaram politicamente e culturalmente e foram muito bem-sucedidos nisso, mas suas ideias são um espanto. Aonde chegam, deixam pobreza”, declarou.
Milei também destacou o papel de líderes conservadores no atual cenário global, mencionando Donald Trump e Nayib Bukele como exemplos de liderança que têm impulsionado a liberdade.
“Isso abriu a oportunidade para que hoje, no mundo, de nossa parte na Argentina, possamos respirar novos ventos de liberdade”, disse.
O presidente valorizou ainda a CPAC como um espaço essencial na luta contra o avanço do socialismo, elogiando a participação de líderes internacionais e a presença de figuras importantes de seu governo, como os ministros Luis Caputo, da Economia), Patricia Bullrich, da Segurança) e Karina Milei, sua irmã e secretária, além do ministro da Defesa, Luis Petri.
Antes de Milei, Bullrich afirmou que que desmantelou organizações sociais vinculadas à esquerda e ao kirchnerismo para garantir a “paz social” necessária às reformas econômicas apoiadas pelo governo libertário.
“Conseguimos que o maior ajuste que foi feito na burocracia política, na casta política, fosse realizado com a maior paz social”, acrescentou Bullrich, além de destacar a diminuição do número de piquetes e protestos registrados nas ruas do país desde que ela assumiu a pasta da Segurança e implementou o chamado “protocolo anti-piquete”.
Ainda no discurso, Milei afirmou estar liderando o “melhor governo da história da Argentina” e destacou a resiliência necessária para superar as adversidades do dia a dia na administração pública.
“Nos deparamos constantemente com dificuldades e adversidades, mas o que sempre marca nosso horizonte é a visão. É isso que devemos alimentar, porque, ao fortalecê-la, enfrentaremos os socialistas e os derrotaremos em todos os terrenos”, reforçou.
O presidente reiterou em seu discurso o chamado à ação para que a direita mundial continue unida e comprometida em uma “batalha cultural” que, segundo ele, é o caminho para “derrotar o socialismo” e “promover a liberdade”.