Um comportamento que tem assustado e amedrontado muita gente, em especial no universo do mundo jovem, é o de sair contando para todo mundo (ou quase) o que rolou no sexo.
Comentários como “foi assim, foi assado, não foi bacana isso, foi péssimo aquilo”, entre outros, têm feito com que muitas pessoas evitem os encontros para não correr o risco de “saírem falando mal” do que aconteceu. Mas será que esse comportamento –o de falar sobre o que rolou e o de evitar o envolvimento afetivo-sexual– é, de fato, uma boa estratégia?
Vamos conversar bem seriamente sobre isso agora.
E a resposta já é, de cara, NÃO. Não é uma boa estratégia sair contando o que rolou no momento de intimidade do casal, mesmo que seja uma transa eventual, quer dizer, aquele tipo de sexo só de uma vez e nada mais (ou de algumas vezes).
Assim como também não é uma boa estratégia evitar encontros e possíveis desdobramentos, como um namoro ou algum tipo de relacionamento mais constante, por medo de que a outra pessoa saia criticando e falando mal de sua performance sexual.
No fundo, é MUITO errado sair falando para os amigos, os colegas ou a turma toda o que acontece quando se está a dois em um momento tão especial como o encontro sexual. Na verdade, estamos banalizando (tornando comum ou nada de mais) algo que deveria ter um lugar especial na vida da gente, que é o momento de trocar carícias íntimas e colocar o próprio corpo (único que você tem, com o qual vai lidar a vida inteira) em contato com o corpo de outra pessoa.
Não dá para banalizar isso, não é mesmo?
Mas quando a gente sai contanto pra todo mundo, estamos praticando exatamente esse comportamento nocivo de banalizar algo que não deveria ser tratado dessa forma.
E essa fofoca toda sobre a vida sexual tem gerado um enorme medo do desempenho, seja nos jovens ou nas jovens. É medo de não ter ou de perder a ereção, de ejacular precocemente ou de não ejacular. É medo de não ter orgasmo ou de não conseguir ter a penetração. Ou de doer e não viver o prazer. E sei lá mais quantos temores mais.
Aí, para evitar uma possível falta de sucesso na performance sexual, e talvez uma consequente fofoca sobre o que rolou nessa intimidade, há quem evite se aproximar amorosa e sexualmente de outra pessoa. E o que era para ser uma fase deliciosa de descoberta de prazeres, de vivências a dois, acaba virando um terror, um sofrimento sem fim.
Está nas mãos de quem virar esse jogo?
Obviamente, nas mãos de cada pessoa. Cada pessoa pode e deve parar de fofocar. Seja sobre si e suas relações, seja sobre as relações dos amigos e das amigas ou de quem mais for. E cada pessoa também pode e deve parar de evitar encontros. E buscar se relacionar com quem não faz fofoca, com quem se pode confiar.
Ou seja, com quem é, de fato, especial.
Enfim, sexo é algo especial. Seu corpo (e você como um todo) também é. Faça, portanto, escolhas especiais! E tenha, assim, muito mais prazer. Concorda comigo? Me conta…
E até semana que vem!
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