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    Home » Lixo em caverna se revelou tesouro de uma cultura perdida – 01/06/2025 – Ciência
    Ciência

    Lixo em caverna se revelou tesouro de uma cultura perdida – 01/06/2025 – Ciência

    Brasil ElevePor Brasil Elevejunho 1, 2025Nenhum comentário5 minutos de leitura
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    Quando a espeleóloga russa Yekaterina Katiya Pavlova colocou sua cabeça por uma fenda estreita na caverna Tlayócoc, nas montanhas do estado de Guerrero, no México, sua primeira reação foi de perplexidade. O que ela viu entre as sombras pareceu, a princípio, ser lixo deixado por algum visitante descuidado.

    No entanto, após uma inspeção mais detalhada, ela percebeu que estava diante de algo extraordinário: um achado arqueológico excepcional que permanecera intocado por pelo menos cinco séculos. Tratava-se de um conjunto de 14 objetos ritualísticos ligados a cerimônias de fertilidade dos tlacotepehuas, um povo extinto. Os itens estavam cuidadosamente dispostos em estalagmites, de acordo com o Inah (Instituto Nacional de Antropologia e História) do México.

    A descoberta arqueológica em Tlayócoc

    A descoberta ocorreu em setembro de 2023 durante uma exploração conjunta de Pavlova e do guia local Adrián Beltrán Dimas na caverna localizada a 2.387 metros acima do nível do mar, próxima à comunidade de Carrizal de Bravo.

    A caverna de Tlayócoc–cujo nome no idioma náuatle (asteca) significa “caverna do texugo”, segundo o Inah–é conhecida em suas região como uma fonte de água e guano (adubo de estrume de morcego). Durante séculos, o local permaneceu praticamente intocado, possivelmente protegido por crenças populares sobre um suposto “ar ruim” que, segundo a lenda, poderia ser encontrado em seu interior.

    Descoberta de artefatos pré-hispânicos

    A jornada até a descoberta não foi fácil. Após avançar cerca de 150 metros na caverna, os exploradores encontraram uma passagem submersa com apenas 15 centímetros entre a água e o teto.

    “Dei uma espiada e parecia que a caverna ainda continuava. Era preciso prender a respiração e mergulhar um pouco para conseguir passar. Adrian estava com medo, mas a água era funda o suficiente, e eu a atravessei primeiro para mostrar a ele que não era tão difícil”, contou a espeleóloga, segundo a nota do Inah.

    Ao entrar em uma câmara maior, os exploradores encontraram três estalagmites retocadas à mão com acabamento esférico e, sobre elas, dois braceletes de conchas cuidadosamente posicionados.

    Os exploradores contataram imediatamente as autoridades locais, que, por sua vez, notificaram o Inah. Em março de 2025, uma equipe de arqueólogos do instituto viajou para o local remoto para documentar e estudar a descoberta.

    O inventário final foi impressionante. Entre os objetos recuperados, além de três pulseiras de conchas completas com intrincadas gravuras antropomórficas, estão um fragmento de pulseira, uma concha gigante de caracol da espécie Strombus com ornamentos, oito discos de pedra preta semelhantes a espelhos de pirita (dois completos e seis fragmentados) e um pedaço de madeira carbonizada de 3,2 centímetros, de acordo com o inventário do instituto.

    Rituais de fertilidade e simbolismo

    As pulseiras apresentam símbolos fascinantes, incluindo motivos xonecuilli (em forma de “S”) associados ao planeta Vênus e à medição do tempo, bem como possíveis representações do deus Quetzalcoatl.

    “Possivelmente, os símbolos e representações das figuras nas pulseiras estão relacionados à cosmogonia [teoria que busca explicar a origem do universo] pré-hispânica no que diz respeito à criação e à fertilidade”, explicou Cuauhtémoc Reyes Álvarez, arqueólogo do Centro Inah Guerrero.

    O mais intrigante é a disposição dos objetos. As pulseiras foram colocadas intencionalmente sobre as estalagmites, que foram modificadas para lhes dar um formato mais esférico e, segundo os arqueólogos, com “conotações fálicas”. Essa configuração sugere que a caverna era o local de rituais de fertilidade, consistente com a concepção mesoamericana de cavernas como espaços sagrados, portais para o submundo e úteros da Terra.

    Arqueólogos dataram os artefatos do período Pós-Clássico, entre 950 e 1521 d.C., e os atribuem aos tlacotepehuas, uma cultura praticamente desconhecida que habitava a região. Esse grupo, um ramo dos tepuztecas, dedicava-se à metalurgia e estabeleceu sua capital em Tlacotepec, município que ainda existe.

    Os tlacotepehuas foram completamente extintos durante os primeiros anos da era colonial. Os espanhóis repovoaram a região, trazendo grupos nauas de Tlatelolco e Xochimilco e, posteriormente, mais pessoas para a extração de ouro e prata.

    Conservação arqueológica e patrimônio cultural

    O excepcional estado de conservação dos artefatos se deve ao ambiente estável da caverna.

    “É muito provável que, por estarem localizados em um contexto fechado, onde a umidade é bastante estável, os objetos tenham sido preservados por tantos séculos”, afirmou o arqueólogo Miguel Pérez Negrete, do Inah, em nota.

    De acordo com o estudo cartográfico de Pavlova, a caverna tem um comprimento total de 251,86 metros e foi formada pela dissolução de calcário, um processo que ocorre a uma taxa de aproximadamente 0,1 milímetro por ano.

    A descoberta não tem apenas valor arqueológico, mas também é de grande importância para a comunidade local naua. As autoridades do Inah realizaram uma campanha de conscientização em Carrizal de Bravo para promover a preservação do patrimônio cultural. Os habitantes da região, descendentes dos “chiveros”, criadores de cabras que se estabeleceram ali no século 19, guardam esses tesouros que conectam seu presente com um passado pré-hispânico sobre o qual se sabe muito pouco.

    Os 14 artefatos, já registrados nos bancos de dados institucionais do Inah, permanecem sob a custódia das autoridades locais enquanto está sendo planejado um estudo detalhado de seu estado de conservação.



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