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    Home » Jennifer Akerman: ‘Corujas são selvagens e pets terríveis’ – 21/05/2025 – Ciência
    Ciência

    Jennifer Akerman: ‘Corujas são selvagens e pets terríveis’ – 21/05/2025 – Ciência

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 21, 2025Nenhum comentário5 minutos de leitura
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    Os desafios na vida de Alice começaram cedo. Aos três meses de idade, quebrou o cotovelo ao cair de uma árvore. Seus pais tinham feito ali o ninho da família e, quando ela despencou sozinha, antes mesmo de saber enxergar, quiçá voar, sua única chance de recuperação estava nos humanos que a resgataram. Acontece que, por ser uma coruja, Alice ganhou um problemão ao se conectar a pessoas: isso tornaria impossível voltar a viver na natureza. Ou arrumava um emprego, ou seria sacrificada.

    Pois Alice virou embaixadora educacional no Centro Internacional das Corujas, em Minnesota, nos Estados Unidos. Seria uma grande oportunidade no mercado de trabalho animal, não fosse a frustração de Alice com o fato de que nenhum dos tratadores falava sua língua. E, até hoje, quando Alice fica frustrada, sua reação é bicar as pessoas na cabeça.

    Alice, da espécie mocho-orelhudo, é uma das personagens retratadas no livro “A Sabedoria das Corujas” (Fósforo, R$ 124,90), que a americana Jennifer Ackerman lançou no último mês no Brasil. Ackerman escreve sobre ciência, natureza e saúde há mais de três décadas, colabora com publicações como National Geographic e The New York Times e já publicou sete livros. Seu “A Inteligência das Aves”, traduzido para mais de 25 idiomas, saiu em português em 2022.

    O estilo dos livros de Ackerman mistura “storytelling” e divulgação científica, frequentemente ancorando conceitos importantes em histórias de bichos que têm nome, trajetória e, ao que tudo indica, sentimentos. A mocho-orelhudo Alice, por exemplo, surge para tratar da carência de estudos sobre a vocalização das corujas, conceito crucial que explica tudo a respeito dos animais, segundo a autora.

    “O sentido mais importante das corujas é a audição. Elas têm uma visão noturna excelente, mas acho que a audição é a melhor ferramenta delas para a caça. Eu diria até que é um superpoder, já que é incrível como elas conseguem identificar a presa no breu usando apenas os sons”, explica Ackerman em entrevista por vídeo à Folha.

    “As corujas cinzentas, por sua vez, têm cabeças desenhadas para escutar, com discos faciais que funcionam quase como um ouvido externo gigante. É como uma antena parabólica emplumada que canaliza o som para os ouvidos. As orelhas nas corujas, aliás, são apenas buracos na lateral da cabeça”, esclarece a autora, referindo-se à ideia equivocada de que os tufos que algumas corujas têm sobre a cabeça são orelhas –na verdade, são estruturas para camuflagem.

    Percy, uma coruja cinzenta macho habitante do Museu a Céu Aberto Skansen, em Estocolmo, foi o indivíduo que mais tocou o coração de Ackerman ao longo de sua pesquisa para o livro. “Foi magnífico porque eu nunca tinha estado tão perto de uma coruja, e essa espécie é enorme e majestosa. Senti como um grande privilégio estar com ela”, lembra.

    O encontro aconteceu no recinto de Percy. A princípio, ele se manteve distante, apenas observando Ackerman. Mas, quando seu tratador apareceu com uma tigela de ratinhos congelados, o animal voou para perto da escritora e apontou para ela seus grandes olhos alaranjados (aqui cabe uma curiosidade: os olhos das corujas são tão grandes que, se os olhos humanos seguissem a mesma proporção, andaríamos por aí portando duas pesadas laranjas no rosto).

    Se Percy é o indivíduo favorito de Ackerman, sua espécie predileta é outra: a coruja-buraqueira. Por duas semanas, a autora –que tem duas filhas morando no Brasil– esteve em Maringá, no Paraná, observando-as de perto. “Esses pássaros têm muita personalidade, são muito cacarejantes e engraçados, e têm hábitos maravilhosos”, resume. Ackerman veio acompanhar o trabalho de David Johnson, do Global Owl Project, que atua na América Latina, sempre com foco nas buraqueiras.

    “As buraqueiras são notáveis porque nidificam no subsolo. E, em Maringá, elas nidificam em terrenos baldios nos subúrbios, em lugares barulhentos e cheios de pessoas. Elas criam seus filhotes nesses ambientes muito urbanos e, portanto, são altamente adaptáveis”, conta a autora, que situa o Brasil no grupo de países que vêm empreendendo importantes esforços para a compreensão da árvore genealógica das buraqueiras, ao lado da Colômbia, Peru, Equador, Venezuela e México.

    Já em termos de conservação, diz Ackerman, os Estados Unidos estão à frente com organizações como Owl Research Institute e Hawk Watch International, que, embora baseadas na América, coordenam ações ao redor do mundo todo. Em alguns dos lugares atendidos, um dos pontos sensíveis é a contraposição entre conscientização e crenças muito antigas a respeito das corujas.

    “Há lugares em que elas ainda são temidas. No Nepal, por exemplo, as corujas são perseguidas e mortas por serem consideradas presságio de doença e morte. Lá há profissionais organizando festivais e feiras para educar as pessoas sobre a natureza destas aves e desfazer esses mitos e medos.”

    Na contramão dos detratores de corujas, Ackerman diz que os amantes das aves recentemente se sentiram autorizados a adotá-las como animais de estimação, especialmente depois da publicação dos livros da saga “Harry Potter”, de J. K. Rowling. Segundo Ackerman, esse “efeito colateral” da obra de J. K. se concentra especialmente no sul da Ásia, na Indonésia e no Reino Unido, berço do bruxo tutor de Edwiges.

    “Corujas são criaturas selvagens e são pets terríveis”, resume Ackerman. “Elas precisam estar na natureza, mas esse mercado ainda está ativo e as pessoas ainda as querem em suas casas. Isso acontece até que descobrem que é um pesadelo lidar com elas. Elas comem carne crua, são barulhentas à noite, fazem cocô em tudo e têm garras afiadas que destroem tudo que veem pela frente.”

    A curiosidade –e o amor– pelas aves têm múltiplas camadas. Para a autora, houve, desde a pandemia, uma “explosão de interesse” nesses animais, e isso é razão para celebrar. “Acho que há uma guinada geral em direção à natureza porque estamos tão imersos no mundo eletrônico e no mundo virtual que acho que as pessoas realmente querem se afastar disso e se voltar para o mundo natural.”



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