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    Home » Índia desponta em meio à guerra comercial
    Economia

    Índia desponta em meio à guerra comercial

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 11, 2025Nenhum comentário7 minutos de leitura
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    Enquanto China e Estados Unidos travam uma guerra comercial de desfecho imprevisível, a Índia pode despontar como um parceiro comercial confiável no Oriente — e não somente para os americanos.

    Em abril, durante uma viagem familiar à Índia, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, se encontrou com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Ambos elogiaram os esforços mútuos para a conclusão de acordos bilaterais em diversos setores.

    A União Europeia também tem buscado o mercado automobilístico indiano como destino para os carros produzidos pelos integrantes do bloco. As negociações estariam avançando, com possíveis reduções tarifárias por parte da Índia.

    E a confiança na Índia como parceira comercial está em alta. Em uma pesquisa realizada pela britânica OnePoll em janeiro deste ano, 61% de 500 gerentes-executivos de companhias americanas confessaram preferir a Índia à China, se ambos os países fabricassem os mesmos materiais.

    Ainda de acordo com a mesma sondagem, 56% dos executivos desejam que a Índia, e não a China, atenda às necessidades de sua cadeia de suprimentos nos próximos cinco anos.

    No dia 1.º de maio, o CEO da Apple, Tim Cook, afirmou que a Índia será a responsável pela fabricação da maior parte dos iPhones vendidos nos EUA, enquanto iPads e outros dispositivos serão originários do Vietnã.

    O pesquisador do Núcleo de Inteligência Internacional da FGV Leonardo Paz observa que, de fato, a Índia tem crescido como um provável parceiro no Oriente. Contudo, ele ressalta que esse processo, além de não ser novo, não se restringe somente à Índia.

    “Você tem alguns países asiáticos, especialmente Vietnã, Tailândia, Coreia do Sul, que têm sido bastante utilizados e têm recebido muito investimento de outros países para se organizarem como plataformas de produção”, diz.

    Segundo ele, a transferência de investimentos para outros países da Ásia já acontece há alguns anos, decorrente do encarecimento da mão de obra chinesa e, consequentemente, de tudo o que é manufaturado na China.

    Arno Gleisner, diretor de Comércio Exterior da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil (Cisbra), aponta que a Índia poderia substituir a China como fornecedora de uma ampla gama de produtos — tanto para o consumidor final quanto como insumo industrial.

    Ainda assim, essa não é uma solução imediata. Ele avalia que, no curto e médio prazos, isso não ocorreria com a maioria dos produtos. “Para atender mercados tão grandes [EUA e Europa] serão necessários investimentos e tempo para fazê-los, treinamento em mão de obra e contratos de transferência de tecnologia e fornecimentos garantidos”, explica.

    Um ponto que também deve ser considerado na atratividade da Índia é a recente escalada de hostilidades entre o país e o Paquistão. Em abril, a Índia atacou o Paquistão em resposta a um ataque terrorista na parte que controla da região da Caxemira.

    Ambos os países são potências nucleares e um conflito mais amplo e acirrado pode impactar a estabilidade local e, até mesmo, os interesses de investidos estrangeiros na Índia.

    Avanços no comércio bilateral EUA-Índia

    Apesar de ter sido inicialmente taxado em 26% no tarifaço de Donald Trump, o governo indiano tem se mostrado disponível para negociações com os EUA e outros países, incluindo a União Europeia.

    O país foi incluído na pausa tarifária de 90 dias concedida por Trump e, até o momento, as tarifas para a Índia estão como as brasileiras, em 10%. Por si só, esses três meses já seriam estratégicos e vantajosos em relação à China, cujas tarifas estão em 145%.

    Adicionalmente, as negociações entre ambas as nações têm avançado. Após o encontro com J.D. Vance, o gabinete de Narendra Modi afirmou que os dois líderes “elogiaram o progresso significativo nas negociações para um acordo comercial bilateral mutuamente benéfico entre a Índia e os EUA”.

    Foram destacados os “esforços contínuos” de ambas as partes para aprimorar a cooperação em áreas como energia, defesa e tecnologias estratégicas.

    VEJA TAMBÉM:

    • Ruim para a indústria, bom para o consumidor? Brasil vislumbra enxurrada de produtos chineses

    • Não só China e nem apenas soja: agro brasileiro desbrava mercados e avança na Ásia

    Negociações cada vez mais controversas

    Em contraste, as negociações com a China parecem cada vez menos amistosas. Em 22 de abril, Trump afirmou a repórteres no Salão Oval que iria reduzir as tarifas contra a China e, no dia seguinte, disse estar em negociações com o país asiático. Porta-vozes chineses prontamente retrucaram e ironizaram as falas de Trump, negando quaisquer negociações com os EUA e classificando as informações como fake news.

    Na sequência, Trump não só reafirmou que as negociações estavam em curso como chegou a afirmar que o ditador chinês, Xi Jinping, teria ligado para ele para tratarem sobre o tema. Novamente, a China disse que não havia nenhuma negociação com os EUA e, tampouco, telefonema entre os líderes de ambas as nações.

    Segundo Leonardo Paz, quando os processos de substituição de importações ocorrem de forma “natural e orgânica”, dentro das regras do comércio internacional, elas não geram instabilidade. Por outro lado, quando acontecem de forma “completamente forçada”, como no cenário atual, podem “criar algum tipo de embaraço”.

    Portos amigos atraem mais investimentos

    Em meio à controvérsia, a percepção dos líderes americanos em relação à China tem se deteriorado. Hoje, 59% das empresas veem o país asiático como uma aposta arriscada para suas cadeias comerciais. A Índia é considerada um risco por apenas 39%.

    “As empresas estão vendo a Índia como uma estratégia de investimento de longo prazo, em vez de uma mudança de curto prazo para evitar tarifas”, disse Samir Kapadia, CEO do India Index, grupo que encomendou a pesquisa da OnePoll.

    Leonardo Paz explica que a ideia de realocar as cadeias de produção em países que são aliados políticos ou comerciais, em detrimentos daqueles com os quais há conflitos ou que sejam de alto risco, é uma prática antiga nas relações internacionais, conhecida como friendshoring.

    “Certamente, a Índia é um desses países que mais se enquadram nesse contexto, mas há outros também, como o México e Bangladesh, de certa maneira. Mas a Índia é o mais importante”, avalia.

    VEJA TAMBÉM:

    • Com tarifas de Trump, moeda chinesa desaba ao menor nível desde 2007

      China esconde dados oficiais e dá pistas de que a economia está piorando

    Qualidade e economia de escala ainda pesam em favor da China

    O crescente interesse na Índia, entretanto, ainda não seria capaz de desbancar a pujança chinesa no comércio internacional. Arno Gleisner, da Cisbra, entende que, mesmo diante do cenário atual, a China segue sendo mais confiável, fornecendo uma gama mais ampla de produtos.

    “A China já tem qualidade e uma forte economia de escala. Mas é um cenário que poderá se alterar ao longo do tempo, com a Índia seguindo uma trajetória semelhante à que a China efetuou a partir de 1980, e partindo de uma base mais sólida”, avaliou.

    Leonardo Paz salienta que a atratividade chinesa se deve à sua conexão com a cadeia global mais eficiente neste momento. Ele também vê países como Taiwan, Coreia do Sul e Vietnã despontando como opções aos chineses — não apenas para os Estados Unidos, mas para outros países também.

    União Europeia também está de olho na Índia

    Apesar de se moverem com menos alarde, outros países, como os europeus, também têm demonstrado interesse am ampliar relações com a Índia. Desde o início de abril, a União Europeia está negociando a redução das tarifas indianas para a importação de carros.

    Ambas as partes se mostraram dispostas a retomar as negociações de um acordo comercial para viabilizar as novas tarifas. Segundo a agência Reuters, a Índia estaria aberta à redução gradual das suas alíquotas de importação.

    Ao todo, a indústria automobilística na Índia vende cerca de quatro milhões de carros por ano, e as empresas não querem deixar tão barato para os europeus.

    O lobby interno pressiona para que o país reduza a tarifação gradualmente, passando de 100% para 70% e chegando a 30% para veículos movidos a combustíveis fósseis.

    Já em relação aos carros elétricos, demandam que as tarifas sejam mantidas por cerca de quatro anos, a fim de não pôr a perder os investimentos feitos no setor — mostrando que os EUA não estão sozinhos na defesa de suas tarifas.

    Assim, diante de um cenário global que se mostra cada vez mais tensionado, a busca por parceiros comerciais “mais previsíveis” virou prioridade estratégica, fazendo com que a Índia desponte como um dos destinos mais promissores para os países que buscam novos parceiros comerciais.



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