Fechar menu
Brasil Eleve

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias do Brasil Eleve

    O que há de novo

    Biocombustíveis reduzem produção de alimentos? Não no Brasil

    maio 24, 2025

    Chinesas Meituan e 99Food sacodem mercado de Delivery

    maio 24, 2025

    TCU cobra explicações da Casa Civil sobre comissão de contas da Itaipu

    maio 23, 2025
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube
    Brasil Eleve
    Anunciar
    • Início
    • Últimas notícias
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Internacional
    • Política
    • Contato
      • Política de Privacidade
      • Termos de Uso
    Brasil Eleve
    Home » Homem imune a veneno cobra leva à criação de soro – 05/05/2025 – Ciência
    Ciência

    Homem imune a veneno cobra leva à criação de soro – 05/05/2025 – Ciência

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 5, 2025Nenhum comentário5 minutos de leitura
    Compartilhar
    Whatsapp Facebook Twitter LinkedIn Pinterest E-mail Link de cópia


    Um coquetel de anticorpos foi eficaz na neutralização dos efeitos do envenenamento da picada de 19 cobras consideradas como as mais letais pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

    Isso pode levar a um potencial soro antiofídico universal, algo vantajoso para um contexto global no qual mais de 100 mil mortes anuais são provocadas por acidentes ofídicos.

    O coquetel, composto de dois anticorpos e uma molécula de pequeno porte, é derivado de células do sistema imune de Tim Friede, um influenciador americano que se autopicou 856 vezes com algumas das cobras mais venenosas do mundo e criou imunidade ao veneno.

    É a primeira vez que um composto produzido a partir de anticorpos humanos gera resposta contra o veneno de serpentes. A maioria dos soros produzidos são derivados de anticorpos de cavalos ou outros animais domesticados.

    Até o momento, o produto, criado por cientistas da empresa de biotecnologia Centivax e do centro Aaron Diamond de Pesquisa em Aids da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, foi testado apenas em ratos em laboratórios e contra venenos considerados neurotóxicos. Os achados foram publicados na revista Cell, na sexta-feira (2).

    Ao longo de quase 18 anos, Friede filmou a si mesmo sendo picado por 16 espécies de serpentes com venenos considerados letais, como cobras do gênero Naja, mambas-negras, cascáveis, víboras e cobras-corais. O seu corpo gerou anticorpos contra algumas das principais toxinas incluídas no veneno desses répteis.

    Cientistas solicitaram, então, uma amostra do sangue de Friede para pesquisa, e conseguiram isolar dois anticorpos e uma molécula que têm uma resposta eficaz na neutralização do veneno.

    “Algumas das toxinas [componentes] presentes no veneno de serpentes são altamente conservadas, por isso os anticorpos e a molécula pequena que identificamos apresentaram uma alta reatividade [resposta imune] no estudo”, afirma Peter Kwong, professor de doenças infecciosas e bioquímica na Universidade de Columbia e autor sênior do estudo.

    A descoberta é potencialmente inovadora por dois motivos: primeiro, não há hoje, no mundo, nenhum soro ou remédio contra veneno de cobra produzido a partir de anticorpos humanos, um fato que poderia reduzir bastante os riscos de reação alérgica; segundo, o coquetel pode ser usado potencialmente para neutralizar o veneno de diferentes espécies venenosas, mesmo quando não se sabe o tipo de cobra que causou o acidente.

    “Os soros atuais são feitos a partir de anticorpos de ovelha ou cavalo, que podem causar sérios efeitos colaterais, incluindo risco de choque anafilático”, afirma Jacob Glanville, diretor-executivo da Centivax e primeiro autor do artigo.

    No estudo, o coquetel foi injetado em ratos dez minutos após estes serem picados por cobras Naja, mambas, kraits (tipo de corais asiáticas) e taipans, que são elapídeos australianos. As quatro cobras pertencem à família Elapidae, que inclui mais de 300 espécies distribuídas em 70 gêneros, todas venenosas. No Brasil, os elapídeos são representados pelas cobras-corais.

    Estas serpentes possuem um veneno neurotóxico, isto é, com ação no sistema nervoso central da presa, além de propriedades de ação no local da picada (como edemas) e generalizadas (como hemorragias).

    Segundo Kwong, o coquetel produzido a partir dos anticorpos de Friede pareceu funcionar somente contra os elapídeos, e não para víboras, mesmo ele tendo sido picado por algumas cobras da família Viperidae (que incluem as cascáveis, jararacas e víboras).

    “Portanto, pode ser eficaz em lugares como a Austrália, onde existem principalmente elapídeos, mas precisaríamos fazer um coquetel amplo que seja eficaz contra víboras para ter um produto que funcione no Brasil, por exemplo [onde a maioria dos acidentes ocorre por este grupo].”

    Em todo o mundo, existem cerca de 600 espécies de cobras peçonhentas. Dados estimam cerca de 4,5 milhões de acidentes todo ano, com entre 80 mil e 138 mil mortes decorrentes dos ataques, segundo a OMS. O maior índice de acidentes ocorre em populações rurais e em países em desenvolvimento, onde não só o encontro com esses animais é maior devido à proximidade das cidades com áreas naturais, mas também pelas condições precárias de assistência à saúde.

    O acesso ao soro também é desigual, o que levou o órgão de saúde a classificar os acidentes ofídicos como uma doença tropical negligenciada, em 2017. Uma das vantagens do produto fabricado pela Centivax é também ser disponibilizado em pó, reduzindo o custo e a necessidade de redes de frio para armazenamento.

    Agora, o grupo pretende iniciar um estudo com modelos animais maiores, como cães, em parceria com veterinários na Austrália. “Os cães possuem um tamanho corporal semelhante ao dos humanos, e a dose que recebem ao serem picados na natureza é a mesma que um humano teria quando picado”, diz Glanville. Eles também têm um estudo em andamento com viperídeos, utilizando o mesmo princípio ativo.

    Se tudo der certo, os próximos passos da pesquisa incluem a fabricação e a aplicação do produto em um estudo clínico (com humanos) em cerca de dois anos, e até quatro anos para concluir essa etapa. “Isso dependerá do financiamento e, provavelmente, filantropia. Este é um produto que pode ser lucrativo a longo prazo, mas necessita agora de parcerias com farmacêuticas ou de ações filantrópicas alinhadas à missão de apoiar o estudo clínico.”



    Source link

    Compartilhar. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr E-mail Link de cópia

    Related Posts

    Percy Fawcett sumiu na Amazônia em busca da cidade Z – 25/05/2025 – Ciência

    maio 25, 2025

    Cocô de pinguim cria nuvem e impacta clima antártico – 24/05/2025 – Ciência

    maio 24, 2025

    O genoma miscigenado não desmonta as cotas – 24/05/2025 – Reinaldo José Lopes

    maio 24, 2025

    Extinção de preguiças pode estar ligada a um superpredador – 24/05/2025 – Ciência

    maio 24, 2025

    Novos estudos descartam sinal de vida no planeta K2-18b – 23/05/2025 – Ciência

    maio 23, 2025

    Forças opostas moldando a história da amazônia – 23/05/2025 – Marcia Castro

    maio 23, 2025

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias criativas sobre arte e design.

    Últimas postagens
    Manter contato
    • Facebook
    • Twitter
    • Pinterest
    • Instagram
    • YouTube
    • Vimeo
    Não perca

    Percy Fawcett sumiu na Amazônia em busca da cidade Z – 25/05/2025 – Ciência

    maio 25, 2025

    Percy Harrison Fawcett acreditava na existência do continente mítico da Atlântida, em estatuetas com poderes…

    ‘Pantanal Fluminense’: conheça a área ultrapreservada na Baía de Guanabara, a 10 km de Paquetá

    maio 25, 2025

    CasaFolha: Ter foco é treinável, diz psicóloga Aline Wolff – 25/05/2025 – Equilíbrio

    maio 25, 2025

    Recent Posts

    • Percy Fawcett sumiu na Amazônia em busca da cidade Z – 25/05/2025 – Ciência
    • ‘Pantanal Fluminense’: conheça a área ultrapreservada na Baía de Guanabara, a 10 km de Paquetá
    • CasaFolha: Ter foco é treinável, diz psicóloga Aline Wolff – 25/05/2025 – Equilíbrio
    • CasaFolha: Ter foco é treinável, diz psicóloga Aline Wolff – 25/05/2025 – Equilíbrio
    • 90% das estações meteorológicas têm mais de 10 anos – 24/05/2025 – Ambiente

    Recent Comments

    Nenhum comentário para mostrar.
    maio 2025
    D S T Q Q S S
     123
    45678910
    11121314151617
    18192021222324
    25262728293031
    « abr    
    Sobre nós
    Sobre nós

    Brasil Eleve - Informação de Crescimento um portal de notícias sobre economia, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal.

    Envie-nos um e-mail: contato@brasileleve.com

    Facebook Instagram Pinterest YouTube
    Nossas escolhas

    CBF elege presidente com racha entre clubes e federações – 24/05/2025 – Esporte

    maio 24, 2025

    Crônica do indiciamento anunciado – 24/05/2025 – Juca Kfouri

    maio 24, 2025

    Entenda como zebra Samir Xaud virou a solução na CBF – 24/05/2025 – Esporte

    maio 24, 2025
    Mais popular

    Com “eleição” para o Essequibo, Maduro pressiona a Guiana

    maio 24, 2025

    Quinta rodada de negociações Irã-EUA termina sem progresso

    maio 23, 2025

    Atentado nos EUA evidencia aumento mundial do antissemitismo

    maio 22, 2025
    Copyright © 2024. Todos os Direitos Reservados por bomscript.com.br
    • Início
    • Contato

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.