Investing.com — Os índices futuros das ações em Wall Street permaneciam estáveis no início da manhã desta sexta-feira, 6, com os investidores aguardando a divulgação do relatório oficial de empregos dos EUA () para o mês de novembro, em busca de indícios sobre os próximos passos da política monetária do (Fed, BC americano).
No mundo cripto, o perdeu o patamar de US$100.000, e sua dominância pode ser colocada em xeque, com uma regulamentação mais clara sobre o setor e o consequente aumento da concorrência.
No Brasil, as atenções estão voltadas para o possível acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, após mais 20 anos de idas e vindas.
Confira agora mais detalhes sobre os principais destaques desta manhã nos mercados financeiros.
1. Mercado de trabalho em foco nos EUA
Todas as atenções na sexta-feira estarão voltadas para a divulgação dos dados de empregos dos EUA, prevista para as 10h30 de Brasília, em busca de uma perspectiva mais clara sobre o desempenho da economia americana, antes da reunião de dezembro do Federal Reserve.
Economistas preveem uma adição de 202.000 vagas de trabalho em novembro, um forte repique em relação aos 12.000 empregos agregados em outubro, em decorrência das interrupções causadas por greves e furacões. Esse foi o menor ganho mensal desde dezembro de 2020.
VEJA: Calendário Econômico do Investing.com
Tal recuperação dificilmente mudará as expectativas do mercado de que o Fed reduzirá as taxas de novamente ainda este mês, especialmente com o crescimento das desacelerando em novembro e o número de americanos solicitando aumentando ligeiramente na semana passada.
Mas uma repetição do relatório robusto de empregos de setembro pode alterar as expectativas para futuras reduções de taxas pelo Fed.
Atualmente, os mercados atribuem uma probabilidade de 70% para um corte de 25 pontos-base na reunião do Fed em 17-18 de dezembro, segundo o CME FedWatch.
2. Futuros americanos estáveis
Enquanto isso, os futuros das ações dos EUA registravam pouca variação na sexta-feira, com investidores cautelosos antes da divulgação do .
Às 8h de Brasília, o recuava 12 pontos, ou 0,1%; enquanto o S&P 500 caía 3 pontos, ou 0,5%, o 100 se desvalorizava 9,1 pontos, ou 0,4%.
CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street
Os principais índices recuaram levemente desde as máximas históricas, com o Dow caindo quase 250 pontos, ou 0,6%.
Na semana, o S&P 500 acumula alta de 0,7%, o Nasdaq Composite avança 2,5%, enquanto o Dow Jones apresenta ligeira queda.
No lado corporativo, empresas como Ulta Beauty (NASDAQ:), Gitlab (NASDAQ:) e DocuSign (NASDAQ:) estarão sob os holofotes após resultados positivos divulgados na quinta-feira.
3. A supremacia do bitcoin em risco?
O bitcoin recuava nesta sexta, perdendo a marca dos US$ 100 mil alcançada no início da semana. No momento da redação, a maior cripto do mundo caía 4,3%, cotada a US$ 98.550, ainda acumulando alta superior a 1% na semana.
A principal moeda digital do mercado atingiu níveis recordes nos últimos dias, graças a expectativas de regulamentações mais favoráveis sob a presidência de Donald Trump, especialmente após a indicação do advogado pró-cripto Paul Atkins para a presidência da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA).
O valor total de mercado do setor de criptomoedas atingiu um recorde de US$ 3,7 trilhões na quinta-feira, mas a participação relativa do bitcoin caiu para 53,9% na sexta-feira, segundo dados da Coinmarketcap, após alcançar 59% no final de novembro.
Analistas do Citi alertaram que maior clareza regulatória pode reduzir a dominância do bitcoin, ao expandir a atratividade de outras moedas e tokens.
“Acreditamos que, no longo prazo, a utilidade ou o valor de uma rede estará ligada ao uso, além de correlações macroeconômicas e custos de produção. Um novo regime regulatório pode desbloquear casos de uso mais amplos para ativos baseados em blockchain”, disseram analistas em nota.
4. Petróleo caminha para perda semanal
Os preços do petróleo estavam no negativo nesta manhã, com o Brent acumulando perdas semanais expressivas, diante de preocupações sobre a demanda reduzida, após a Opep+ estender os cortes de produção até 2025.
No momento da redação, o barril do Brent, referência mundial e para a Petrobras (BVMF:), desvalorizava-se 1%, negociado a US$ 71,39, enquanto o barril do Texas (), referência nos EUA, caía 1,05%, a US$ 67,58.
CONFIRA: Cotação das principais commodities
Na semana, o Brent deve registrar queda de cerca de 1,5%, enquanto o WTI apresenta ganhos modestos.
A Opep+ adiou o início do aumento da produção em três meses, para abril, e estendeu a reversão completa dos cortes até o final de 2026.
O grupo havia planejado começar a aumentar a oferta em outubro, mas a desaceleração na demanda global, especialmente na China, levou a sucessivos adiamentos.
O cartel também revisou para baixo suas previsões de crescimento da demanda para 2024 e 2025.
5. Itália e França reforçam oposição a acordo Mercosul-UE
A Itália sinalizou resistência ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), alinhando-se à França na defesa do seu setor agrícola.
O governo da primeira-ministra Giorgia Meloni condiciona a aprovação do pacto a garantias mais fortes à agricultura da região, bem como a mecanismos mais ágeis de compensação de possíveis desequilíbrios no mercado.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o acordo como “inaceitável”, citando preocupações com concorrência desleal e impacto sobre os agricultores locais.
Outros países como Áustria, Holanda e Polônia também expressaram reservas, principalmente relacionadas a questões ambientais e econômicas.
Apesar dos obstáculos, entretanto, o Conselho Europeu deve apoiar o tratado, com 15 dos 27 países e 65% da população posicionando-se a favor do acordo, que já leva mais de 20 anos de negociação.