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    Home » Falta de remédio para esclerose múltipla no SUS preocupa – 30/05/2025 – Equilíbrio e Saúde
    Saúde

    Falta de remédio para esclerose múltipla no SUS preocupa – 30/05/2025 – Equilíbrio e Saúde

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 30, 2025Nenhum comentário7 minutos de leitura
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    O fumarato de dimetila é um medicamento de alto custo usado por pessoas com esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR), que é a forma mais comum da doença. O remédio é incorporado no SUS (Sistema Único de Saúde) e recomendado como tratamento de primeira linha para a condição desde 2019. No entanto, pacientes relatam que a droga está em falta na rede pública em diversos estados.

    A dispensação é feita em farmácias de medicamentos especializados, sob gestão dos estados. Uma caixa do remédio pode variar entre R$ 1.200 e R$ 9.000, a depender do fornecedor e da dosagem.

    “O medicamento faz 50% do nosso trabalho de manter a doença estabilizada. Sem ele, surge a possibilidade de novos surtos, que são novas lesões”, explica Ana Paula Morais da Silva, presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla (Apemigos).

    É um remédio que age quebrando a formação de um grupo de células de defesa relacionadas a doenças autoimunes, explica Guilherme Sciascia do Olival, neurologista e diretor médico da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM).

    “É seguro, com baixos efeitos colaterais, importante para pacientes que apresentam a doença de formas brandas e moderadas, que ainda não têm os critérios para utilizar medicamentos mais potentes”, diz o médico.

    Do ponto de vista da saúde pública, ele explica que o fumarato de dimetila melhora a qualidade de vida dos pacientes, que em muitos a doença permanece em remissão, sem nenhum risco de ter efeitos adversos, sem elevar o custo do tratamento e mantendo a eficácia.

    “Não é um medicamento que todos os pacientes devem utilizar. Cerca de 40% dos pacientes têm a forma altamente ativa da doença e ele não tem a potência o suficiente para sustentar essa forma”, fala.

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    Tarso Adoni, neurologista e coordenador da residência médica em neurologia do Hospital Sírio-Libanês, explica que a esclerose múltipla é uma doença autoimune do sistema nervoso central, na qual o sistema de defesa da própria pessoa passa a atacar estruturas específicas do organismo. Segundo ele, 85% dos pacientes apresentam a forma recorrente-remitente.

    “Ela é caracterizada pela ocorrência de surtos, episódios clínicos em que há alterações na visão, na força muscular ou na sensibilidade”, diz o médico. “Esses episódios tendem a melhorar espontaneamente, e o principal objetivo do tratamento é justamente evitar que eles voltem a acontecer.” Há outra forma da doença, chamada de progressiva primária, que é mais rara.

    Juliana Teixeira, 41, recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla há 12 anos e está sem tratamento desde o início de abril. Nos primeiros cinco anos de diagnóstico, ela usou o medicamento betainterferona 1a. Com ele, ela teve três falhas terapêuticas, como são chamados os surtos, mesmo estando em tratamento.

    Quando quis engravidar de sua filha, ela parou o tratamento. Mas, assim que a criança nasceu, Juliana teve um surto e retomou já usando o fumarato de dimetila. “Meu médico disse que ele era melhor, mais seguro e via oral. E realmente ele me deu outra qualidade de vida, nunca mais tive um surto”, conta.

    A primeira vez que o medicamento faltou na farmácia onde Juliana o retira foi em novembro do ano passado, por um mês e meio. Neste ano, a última vez que conseguiu a retirada foi no dia 1° de março, há quase três meses. Ela está desde então sem fazer o tratamento.

    “É um pouco assustador, porque sem a medicação os surtos podem voltar e a minha qualidade de vida pode piorar”, declara. Ela, que hoje trabalha no setor administrativo, pode ter que parar de trabalhar e até de cuidar da filha.

    “Me parece que o desabastecimento é em boa parte do Brasil”, diz Juliana. “Aqui, em Guarulhos, me disseram que ainda não tem previsão para a volta.”

    A Folha recebeu resposta de 20 estados e do Distrito Federal sobre a falta do fumarato de dimetila na rede pública. O Espírito Santo, o Mato Grosso do Sul, o Amazonas e Rondônia afirmam terem o medicamento em estoque. O Rio de Janeiro diz que recebeu a medicação na segunda-feira (26).

    O estado de São Paulo e o Ceará receberam uma entrega parcial do medicamento. O Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Roraima dizem que têm disponível a dose de 120 mg, já a dose de 240 mg está em falta.

    Alagoas e Santa Catarina dizem que a entrega está prevista até o final deste mês. Os estados do Paraná, Goiás, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe, Pará, Pernambuco e o Distrito Federal informam a falta de estoque e reiteram que a aquisição e distribuição do fumarato de dimetila são feitas de forma centralizada pelo Ministério da Saúde.

    A maior parte dos estados diz que o Ministério da Saúde atribuiu o atraso no envio do medicamento a dificuldades de aquisição perante o fabricante. Por sua vez, a pasta informa à Folha que o atraso na entrega diz respeito apenas a apresentação de 240 mg, mas que iniciou o envio de mais de 637 mil unidades do medicamento na última segunda-feira (26).

    Segundo o Ministério da Saúde, 14 estados, incluindo o Pará, Goiás, Pernambuco, Bahia e Sergipe, e também o Distrito Federal, já receberam o medicamento. A nota diz que as entregas aos demais estados estão agendadas para a próxima semana, via secretarias estaduais de saúde, que são responsáveis por distribuir para os municípios.

    “Para o tratamento da esclerose múltipla, o SUS oferece outras opções terapêuticas, além do fumarato de dimetila, como o betainterferona, teriflunomida e acetato de glatirâmer, que estão com estoques regulares em todo o país”, afirma. “Vale ressaltar que a escolha do tratamento cabe ao médico responsável, podendo incluir a migração para alternativas disponíveis de acordo com o quadro clínico do paciente.”

    A empresa responsável pela comercialização do Tecfidera (fumarato de dimetila), a Biogen Brasil, não respondeu aos questionamentos feitos pela Folha até a publicação desta reportagem.

    Hoje, onde há desabastecimento, as pessoas que estão conseguindo o remédio é porque conseguiram uma doação —geralmente, de pessoas que retiraram nas farmácias especializadas quando estava disponível e não fizeram uso, por algum motivo.

    É o caso da designer e estudante de gestão pública Renata Tietböhl Friedl, 25, que conseguiu uma caixa por meio de seu médico. Ela recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla em 2020 e só fez o tratamento com o fumarato de dimetila, principalmente por ele não ter um histórico de falta.

    Em Brasília, onde Renata mora, o medicamento está em falta há dois meses. Da doação que recebeu, ainda restam para ela 13 comprimidos. “Depois disso, não sei como vou fazer. A gente fica morrendo de medo de ter um surto, ir parar numa cadeira de rodas, ficar surda, cega, não tem como prever”, lamenta.

    Com o estresse da situação, ela começou a sentir um formigamento no meio das costas e alega não estar conseguindo dormir direito. Segundo ela, a falta de informação da previsão de quando o medicamento vai voltar a estar disponível nas farmácias contribui para a ansiedade.

    O neurologista Guilherme Sciascia do Olival explica que há riscos reais para o paciente ao ficar sem a medicação, e que isso prejudica a eficácia do tratamento. “Eminentemente, estamos falando no risco de um surto da esclerose múltipla, que é uma inflamação na região do sistema nervoso central”, afirma.

    De acordo com o médico, essa inflamação causa sintomas neurológicos a depender da região que ela acomete, tendo o risco de paraplegia, tetraplegia, cegueira, entre outros. “Existem surtos muito graves, com desfechos até fatais. Não é comum, mas é a gravidade de inflamar o sistema nervoso central.”

    Por esse motivo, ele reafirma perigo da falta do medicamento e a importância de prevenir o surto para os pacientes. Sobre o tempo que uma pessoa pode passar sem tomar a medicação antes de ter o risco de um surto, Olival diz que não há parâmetros de segurança.

    “Não tem um número para dizer quanto tempo pode ficar sem tomar com segurança. O medicamento continua agindo durante um período, mas não há um tempo estabelecido.” Desde que o fumarato de dimetila ficou em falta no sistema público, o médico conta que alguns pacientes já tiveram surtos.

    O projeto Saúde Pública tem apoio da Umane, associação civil que tem como objetivo auxiliar iniciativas voltadas à promoção da saúde



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