O técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, afirmou nesta quarta-feira (13) que “a ordem do futebol mundial vem mudando” e que, por isso, sua equipe terá um jogo duro contra a Venezuela pelas Eliminatórias da Copa de 2026.
“Não pensem que teremos um jogo simples. Esqueçam aquilo que foram Venezuela, Bolívia, essas equipes no passado bem próximo [eram frágeis], hoje a ordem mundial vem mudando muito”, declarou Dorival em Belém, onde o Brasil se prepara para enfrentar a seleção venezuelana.
Com menos pressão depois de vencer o Chile (2 a 1) e o Peru (4 a 0) na rodada dupla de outubro, o treinador advertiu que as seleções mais fortes da América do Sul, como Argentina e Brasil, perderam terreno frente a adversários que antes davam menos trabalho.
“O futebol sul-americano cresceu muito de modo geral. Se nós pegarmos aí todas as escalações da maioria das equipes, nós veremos jogadores espalhados por todas as equipes do mundo, fator que não acontecia há bem pouco tempo”, afirmou Dorival.
“As equipes de ponta não tinham muito espaço para um crescimento, porém as equipes de baixo começaram a ganhar um espaço interessante e importante. Isso tem igualado muito e tem feito com que os jogos sejam a cada dia mais disputados”, acrescentou.
Embora tenha advertido que a seleção ainda está em formação, Dorival afirmou que a equipe está evoluindo até o ponto a que quer chegar: um combinado “seguro”, “forte” e equilibrado.
“Existe uma confiança muito grande por aquilo que estamos vendo nos treinamentos, espero que possamos repeti-lo no campo”, apontou.
Depois de um desempenho ruim no início nas Eliminatórias, a seleção ocupa a quarta colocação na tabela, que dá vaga direta para a Copa do Mundo, com 16 pontos, seis a menos do que a líder Argentina.
“Nossa situação não era totalmente favorável, nós estamos vindo de trás […], ganhamos um pouco mais no sentido de estruturação da equipe”, ressaltou Dorival.
O treinador confirmou o time titular que vai a Maturín para enfrentar a Venezuela, única seleção sul-americana que nunca disputou uma Copa do Mundo.
A escalação será a mesma que começou o jogo contra o Peru em Brasília, exceto pela ausência do lesionado Rodrygo:
- Ederson;
- Vanderson,
- Marquinhos,
- Gabriel Magalhães e
- Abner;
- Bruno Guimarães,
- Gerson e
- Raphinha;
- Savinho,
- Vinicius Junior e
- Igor Jesus;
Contra os venezuelanos, o Brasil pode ter os desfalques por problemas físicos do lateral esquerdo Guilherme Arana e do volante André.
“A gente sabe que eles têm peças importantes”, disse o atacante Estêvão.
“Vai ser um jogo muito difícil, a gente sabe, mas a gente vai suportar todos os obstáculos do jogo, se Deus quiser, e sair com a vitória”, acrescentou o jovem jogador do Palmeiras, artilheiro do Campeonato Brasileiro com 12 gols.
Depois de visitar a Venezuela (8ª), a seleção receberá o Uruguai (3º) na próxima terça-feira, em Salvador.