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    Home » Dom Phillips: só ação coletiva pode salvar a amazônia – 27/05/2025 – Ambiente
    Meio Ambiente

    Dom Phillips: só ação coletiva pode salvar a amazônia – 27/05/2025 – Ambiente

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 27, 2025Nenhum comentário6 minutos de leitura
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    A mala que o jornalista inglês Dom Phillips arrumou em junho de 2022 pareceu atípica aos olhos de sua mulher. Além das roupas e objetos pessoais de praxe, Dom enfiou na mochila um gravador e uma câmera que quase nunca o acompanhavam nas viagens a trabalho. Já o computador, um parceiro inseparável que guardava quatro capítulos prontos para um futuro livro, ficou para trás pela primeira vez, fechado em cima da mesa de casa.

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    Especializado na cobertura investigativa de questões socioambientais, Dom, aos 57 anos, daquela vez viajou ao lado do amigo Bruno Pereira, então com 41 anos, um indigenista licenciado da Funai que havia pouco se juntara a uma associação de povos indígenas.

    Os dois foram encontrados mortos em 15 de junho na amazônia, depois de dez dias desaparecidos. Entre os principais envolvidos nos assassinatos da dupla está Rubén Dario da Silva Villar, o Colômbia, indiciado pela Polícia Federal em novembro passado como mandante do crime.

    A Alessandra Sampaio, com quem Dom estava casado desde 2012, restaram a indignação e a saudade, mas algo precioso também sobreviveu ao horror: os quatro capítulos do livro armazenados no computador que Dom, por algum motivo desconhecido, resolveu não levar consigo ao Vale do Javari.

    “Como Salvar a Amazônia”, título escolhido por ele, foi recuperado por Alessandra e é agora publicado pela Companhia das Letras, após um esforço conjunto de jornalistas amigos do casal para finalizar os capítulos que faltavam.

    “Foi um trabalho muito bonito de solidariedade dos jornalistas, de pegar esse material e tentar seguir as ideias de Dom. Ir para os mesmos locais, entrevistar as mesmas pessoas que Dom entrevistou, mas cada um no seu estilo. Eu acho que esse livro é riquíssimo por esse movimento solidário”, diz Alessandra à Folha, em entrevista por vídeo.

    Na introdução do livro, Dom Phillips afirma que a obra “não se limita a descrever a destruição da amazônia: procura formas de interromper a destruição e remediá‑la”.

    Para fazer os quatro capítulos, relata que esteve com “povos indígenas, outras comunidades da floresta, ativistas sociais, empresários, ambientalistas, cientistas, economistas, antropólogos e fazendeiros que conhecem intimamente e compreendem bem a amazônia e têm soluções inovadoras para os milhões de pessoas que ali vivem”.

    Dezenas dessas conversas aparecem com ricos detalhes no livro. E, para marcar a transição das 180 páginas que Dom escreveu para aquelas que tiveram a colaboração dos amigos, a obra mostra uma foto de duas cruzes fincadas pela Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) na beira do rio Itaquaí, diante do lugar onde os dois homens foram mortos.

    No capítulo que assina, a jornalista Eliane Brum lembra que conheceu Dom e Alessandra em 2018 no Rio de Janeiro. Os dois repórteres se reencontraram em agosto de 2021 em Altamira (PA), cobrindo um protesto na Vara Agrária da cidade, e depois disso nunca mais se viram. “Coube a mim pegar a caneta neste capítulo, logo após a interrupção brutal por tiros que não ouvimos, mas sentimos”, escreve.

    Os outros co-autores são Tom Phillips, que trabalhou como correspondente internacional, inclusive na amazônia; Stuart Grudgings, ex-chefe de sucursal da Reuters; Andrew Fishman, presidente e cofundador do The Intercept Brasil; Jon Lee Anderson, colaborador da revista New Yorker; Jonathan Watts, editor global de meio ambiente do The Guardian e criador, ao lado da mulher Eliane Brum, da Sumaúma.com; Helena Palmquist, escritora e ativista amazônica; e Beto Marubo, que desde 2018 trabalha como representante de povos indígenas em conversas com instituições do Estado.

    Alessandra atuou como coordenadora do projeto, dando autonomia aos colaboradores e sendo consultada para “a última palavra”. Atualmente, ela é diretora e presidente do Instituto Dom Phillips.

    “Eu me senti muito responsável por esse legado. O livro é realmente a última mensagem de Dom, que eu acho fundamental que seja divulgada. E o Instituto fala da amazônia sob a perspectiva dos povos amazonenses”, diz.

    A organização ainda não conseguiu captar dinheiro, mas Alessandra está otimista. “O início é difícil, mas eu acho que isso naturalmente vai acontecer. Estou esperando o tempo das coisas amadurecerem, tentando manter a calma e fazendo o melhor que eu posso”, afirma.

    A viúva se emociona ao lembrar como a vida mudou desde 2022. “Além de perder o amor da minha vida, perdi uma das pessoas mais bacanas que já conheci. Ele era uma pessoa que gostava de gente, e isso é tão raro. A gente também estava na fila da adoção. Então, foi um outro luto desistir dessa família que a gente tinha sonhado. A gente tinha planos de envelhecer juntos.”

    Um ano depois do assassinato de Dom e Bruno, ela foi à amazônia pela primeira vez. Os indígenas, que na época do desaparecimento mandaram mensagens para avisar que não sairiam do território enquanto não encontrassem os corpos, a receberam afetuosamente.

    “Eles me pediam desculpas por não terem conseguido proteger o Dom. E disseram que Dom agora era parte da família, porque ele tentou proteger o território deles e morreu por eles.”

    Dom e Bruno se tornaram amigos em 2018. “Na última expedição para o Javari, o Bruno já tinha terminado a missão dele e podia voltar para casa. Mas, mesmo com dois filhos pequenos, estendeu o tempo dele lá, para poder ajudar o Dom a fazer a pesquisa”, afirma Alessandra, para quem é importante rebater a crença de que a dupla estava “no lugar errado, na hora errada”.

    “O Dom estava ali trabalhando e virou mais uma testemunha do que acontece na região”, avalia, em consonância com o que o marido escreveu em “Como Salvar a Amazônia”.

    “Não é preciso procurar muito na amazônia brasileira para encontrar pessoas infringindo a lei. Elas estão por todo lugar”, diz Dom, listando situações como serrarias que operam ao lado de reservas indígenas protegidas, e o acúmulo de carretas que transportam troncos de árvores antes de serem abandonadas “à vista de policiais que não farão nada”.

    Para resolver os problemas da região, escreveu Dom, não existe “solução mágica”. “Precisamos aprender com os povos indígenas que só o pensamento coletivo, comunitário, pode salvar a amazônia, e não a ganância individual. Precisamos nos unir, e não nos separar. […] Salvar a amazônia requer ver na floresta tropical um ativo, não um obstáculo ao progresso, como muitos brasileiros têm feito historicamente.”



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