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    Home » Como lidar com os fatores que nos distanciam da nossa mãe? – 07/05/2025 – Amor Crônico
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    Como lidar com os fatores que nos distanciam da nossa mãe? – 07/05/2025 – Amor Crônico

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 7, 2025Nenhum comentário6 minutos de leitura
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    Provavelmente o amor mais idealizado —e a falta mais desestruturante— é o amor de mãe. Em semana de Dia das Mães, repleta de campanhas e fotos de mães e filhos supostamente conectados então… é quase inevitável que o abismo se alargue para quem não se sente parte desse retrato.

    Estes fatores que nos distanciam são angustiantes porque não são apenas diferenças incômodas; são penhascos a partir dos quais vislumbramos um abismo no qual ecoam críticas e invalidações dessa mãe sobre você e parecem te empurrar rumo a uma inevitável sensação de desamparo, rancor e inadequação.

    Não gostar da mãe é não ter a ilusão do paraíso perdido. É não ter pra quem ou pra onde voltar e, pior, punir-se por acreditar que a culpa da queda livre no mundo sem rede de afeto e proteção é sua. Isso porque, para a psicanálise, nos entendemos a partir do olhar da mãe. Ela é o primeiro espelho. Se esse reflexo é ausente, crítico ou pouco investido, passamos a vida acreditando que somos insuficientes. O vazio dela esvazia também nossa imagem de nós mesmos. Desgostar da mãe é, muitas vezes, também desgostar de si.

    “É a partir da confiança na mãe que a criança aprende a confiar no mundo”, diz Winnicott. Hoje adultos, nos vemos exaustos de nos sentirmos desconfiados, inadequados e insaciáveis. É como se, ao nos privar de seu amor, essa mãe também nos tivesse confinado ao papel de filhos pra sempre traumatizados, incapazes de amar e sedentos por amor —seja esse amor do companheiro, da melhor amiga, da sua filha com a qual você talvez repita o mesmo abismo sem se dar conta… Por isso, buscamos reatar esse vínculo não só para reconectar-se com ela, mas para salvar nossa própria capacidade de amar e sermos amados com segurança por novos colos.

    No início, é comum lidarmos com os tais fatores que nos distanciam de forma pouco eficaz: nos afastamos para tentar retomar o controle emocional que sentimos ter perdido e também como forma de atacar a mãe numa espécie de revanche emocional. Mas, mesmo com a distância física, o abismo afetivo persiste. E se não for elaborado, seguirá nos acompanhando como um fantasma que drena tanto quanto o olhar indiferente ou crítico que nos machucou na infância.

    Outro caminho, igualmente doloroso, é permanecer presos a um jogo de culpa, esperando que essa mãe perceba —agora— o quanto nos feriu e nos ofereça, enfim, o afeto que pedimos desde o berço. Mas será que, aos 30, 40 ou 50 anos, ainda seguimos agindo com a mesma angústia, defesa e inabilidade de linguagem daquela criança desamparada?

    Trago esta provocação pois às vezes dizemos querer aproximação, mas agimos no sentido oposto. Isso porque, como crianças mimadas, insistimos em criar cenas do que seria uma família acolhedora pra nós, sem considerar os personagens reais.

    Assim o suposto movimento de reaproximação é, na verdade, um ciclo vicioso de tentativa e frustração, uma repetição das feridas, que atualizam a angústia da distância e o desejo de reparação: Pedimos colo para quem não sabe dar colo. Trazemos temas difíceis esperando reações diferentes —e nos ferimos de novo. Oferecemos mágoa esperando afeto. Nos afastamos para não sentir a distância, e sentimos quando ela diz que sente nossa falta… Ela, por sua vez, reage como sempre reagiu.

    Quanto mais insistimos em tirar de uma mãe algo que ela talvez nunca teve para oferecer, mais nos machucamos. E reforçamos a sensação injusta de que há algo de errado conosco. Vilanizamos mães que, por vezes, estavam tão feridas e perdidas quanto nós.

    No tribunal da internet, proliferam diagnósticos de mães narcisistas. Mas talvez muitas fossem “mães mortas”, como definiu André Green: emocionalmente indisponíveis por trauma, depressão, perdas. Mulheres duras, críticas, instáveis não por falta de amor, mas por falta de amparo. Somos todos crianças grandes —e essa mulher, talvez, seja apenas alguém como você, lidando com as próprias faltas.

    É preciso fazer o luto do ideal: da mãe acolhedora, do filho seguro, do vínculo sonhado. “O amor que sinto por minha mãe e minha presença de mulher no mundo fazem com que me esforce em acrobacias afetivas para entender e aceitar quem ela pôde ser. O que não quer dizer que não doa. Porque dói”, escreve Liana Ferraz em Um prefácio para Olivia Guerra. Sim, não gostar da mãe dói. Mas essa dor pode ser caminho para transformação e não uma maneira de sentir o mundo.

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    Quero te convidar a olhar esse desencontro com mais compaixão. Há sempre uma distância entre nós e nossas mães —algumas apenas ecoam mais forte. Em vez de fixar o olhar em tudo o que ela não foi, e tudo o que você também não conseguiu ser, que tal buscar novas formas de contato?

    Encontrar caminhos de encontro entre essa mãe e esse filho possível é também se responsabilizar a ser a pessoa que propõe novos assuntos, contextos, formas de estar. Às vezes, o que faltou não foi afeto, mas linguagem. E a gente pode aprender a falar, a pedir o que precisa, a colocar limites com carinho. Você já disse para sua mãe: “Hoje só quero colo e companhia. Nada de conselho” ou “Isso é importante pra mim e queria te contar por quê?” O que, como adulto, você gostaria de dizer? Que mágoas ficaram engasgadas? Que medos você nunca nomeou? Conversar com a mãe como adulto talvez não mude a relação, mas pode mudar a forma como você a habita. A transformação não vem quando a distância some, mas quando paramos de forçar uma proximidade que machuca ou um afastamento que angustia.

    E se não houver conversa possível, tudo bem também. Há outras formas de recomeçar. Os meninos e meninas abandonados ainda vivem em nós —mas hoje podemos ser quem cuida deles. Isso é auto-maternagem. Também podemos maternar uns aos outros. Buscar nos amigos uma família escolhida. Criar novos lares. Novas histórias. Novas formas de cuidado. Quem você acolhe? E quem acolhe você?

    Talvez não se trate de mudar o que foi, mas de mudar o que fazemos com o que foi. E, assim, encontrar um jeito mais leve de viver o que é possível.

    E se você também tem um dilema ou uma dúvida sobre suas relações afetivas, me escreva no colunaamorcronico@amorespossiveis.love. Toda quarta-feira respondo a uma pergunta aqui.



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