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    Economia

    Chinesas Meituan e 99Food sacodem mercado de Delivery

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 24, 2025Nenhum comentário8 minutos de leitura
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    A entrada de empresas chinesas de delivery promete sacudir o mercado de entregas por aplicativo, com impactos para concorrentes, consumidores e entregadores.

    A gigante Meituan, dona da marca Keeta, anunciou investimentos de R$ 5,6 bilhões no país. E a 99Food, startup brasileira comprada em 2018 pela chinesa DiDi Chuxing, planeja destinar mais R$ 1 bilhão para incrementar sua estratégia de entregas a domicílio com a construção de um “superapp”.

    Os investimentos bilionários visam abocanhar boa parte do mercado brasileiro, composto por cerca de 1,2 milhão de estabelecimentos, dos quais 71% operam com a modalidade delivery, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

    “A concorrência vai mexer com o mercado, com empresas, com os trabalhadores, com o consumidor”, diz o consultor Paulo Renato Fernandes, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ). “Mas toda vinda de investimento para o Brasil é excelente. Nós precisamos sobretudo de investimento em tecnologia. Se eles trouxerem, vai ser espetacular.”

    Maior impactado, iFood se diz preparado

    A empresa que mais deve ser afetada pela chegada das chinesas é o iFood, que concentra 80% das entregas do país. No Brasil, a plataforma sofre concorrência marginal da Rappi, que também planeja expandir operações, com investimento previsto de R$ 1,4 bilhão nos próximos três anos, dos quais 40% serão destinados a entregas de restaurantes.

    Na semana passada, o iFood anunciou uma parceria com a Uber para integração dos aplicativos. Usuários do iFood poderão pedir corridas da Uber sem sair do app e, na plataforma da Uber, será possível acessar serviços de entrega do iFood.

    Rafael Corrêa, head de comunicação institucional do iFood, diz que a iniciativa já estava sendo desenhada antes desse debate sobre concorrência começar. “Ao integrar os serviços em um só ambiente, oferecemos mais conveniência.”

    Recentemente, a empresa lançou a campanha “iFood é Tudo Pra Mim”, que reforça a atuação como uma plataforma completa de conveniência, integrando supermercados, farmácias, bebidas, pet shops e outros varejistas.

    Também investiu em apoio ao crescimento dos negócios parceiros com o iFood Pago, que facilita o acesso ao crédito, gerando um aumento de 37% na adesão de restaurantes em janeiro.

    “O mercado brasileiro é dinâmico e competitivo, mas também oferece grandes oportunidades para quem entende as necessidades locais e investe em soluções personalizadas”, diz Corrêa.

    Meituan é reconhecidamente agresssiva

    Enfrentar a estratégia chinesa, no entanto, não será um desafio trivial. As armas selecionadas pelas asiáticas incluem taxa zero para bares e restaurantes, promoções para os consumidores, ferramentas integradas de serviços, além da captura da rede de trabalhadores, hoje estimada em 6 milhões em todo o país.

    A Meituan é conhecida pela agressividade. A marca domina o mercado de delivery de comida na China e conseguiu desbancar a principal concorrente em Hong Kong, onde vale mais de R$ 600 bilhões na Hong Kong Stock Exchange, bolsa de valores local. Também tem negócios na Arábia Saudita.

    Desde sua estreia em 2023 em Hong Kong, a Keeta conquistou 44% do mercado de delivery local em menos de um ano. A ascensão meteórica contribuiu diretamente para a saída da Deliveroo e consolidou um duopólio com a Foodpanda, empresa local.

    A entrada da marca na cidade, poucos meses após o fim das restrições da pandemia, foi sustentada por robustos aportes de capital. A estratégia envolveu uma verdadeira guerra de preços: descontos agressivos para consumidores e salários mais atrativos para entregadores.

    O impacto foi imediato. Em cerca de três meses, as plataformas rivais — a inglesa Deliveroo e a Foodpanda — enfrentavam dificuldades para recrutar trabalhadores. Em apenas um ano, a Keeta passou a responder por 85% dos pedidos e a Foodpanda, por 10%. Em março de 2025, a Deliveroo anunciou sua saída do mercado.

    Consumidores reconhecem preço e agilidade

    Para os consumidores de Hong Kong, a ofensiva da marca chinesa foi bem recebida. Aliados aos preços competitivos, o suporte técnico e a agilidade da plataforma levaram os moradores a priorizar os serviços da Keeta, relevando a origem da empresa, mesmo com a relação entre os dois países marcada por tensões políticas e tentativas de controle crescentes de Pequim.

    Paulo Renato Fernandes, da FGV, diz que a conquista de fatias de qualquer segmento no mundo todo obedece à lógica de mercado. “Você abre um negócio, daqui a pouco vem um concorrente do seu lado, abre outro negócio oferecendo preços menores — isso é o capitalismo”, diz. “Eu acho que, dessa forma, todo mundo ganha.”

    Mesmo assim, no caso de Hong Kong, a dominância do capital chinês tem gerado questionamentos. Especialistas alertam que a forte concentração pode afastar investidores estrangeiros e reduzir a concorrência no longo prazo, informou reportagem do Hong Kong Free Press, jornal independente local.

    Ao HKFP, donos de restaurantes também disseram ter enfrentado novas pressões. Uma semana após o anúncio da saída da Deliveroo, a Keeta elevou sua taxa de comissão de 25% para 28% nos pedidos de entrega caso os estabelecimentos não assinassem contratos de exclusividade — ou seja, que impedissem parcerias com a Foodpanda.

    Cade pode impedir concorrência desleal

    A medida foi vista como um movimento para consolidar o domínio e abriu o debate sobre práticas predatórias no mercado brasileiro.

    Para o especialista em Direito Concorrencial Francisco Zardo, da Dotti Advogados, a lei que regula o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência estabelece penalidades para estratégias que impeçam o estabelecimento de outros players.

    Caso comprovadas, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode determinar ações de desconcentração. Zardo observa que frequentemente a União Europeia estabelece sanções para grandes empresas de tecnologia que adotam postura de dominação do mercado.

    “Agora, a demonstração disso é muito complexa”, diz. “E as medidas regulatórias para evitar o controle de mercado não podem impedir a livre concorrência.”

    Em 2023, o próprio Cade fechou um acordo com o iFood para limitar os contratos de exclusividade da plataforma com restaurantes.

    Foi uma resposta ao “open delivery”, implantado pela empresa em 2021, que padronizou a comunicação entre os sistemas de gestão dos restaurantes e os usados pelas plataformas de delivery. Na prática, o sistema servia como barreira de entrada para concorrentes do iFood.

    O acordo com o Cade abriu espaço para novos negócios e levou o iFood a concentrar esforços no interior do país.

    Cenário para entregadores é mais complexo

    O impacto para os entregadores também vem sendo observado. Fernandes acredita que o cenário é promissor, com aumento de oferta e salários mais altos.

    “Acho que esse sistema vai tornar a disputa mais vantajosa para os trabalhadores, com mais opções e possibilidades para os próprios entregadores”, afirma. “Eles podem ganhar duas, três vezes mais com a disputa dos aplicativos entre si, que já acontece.”

    A experiência de Hong Kong mostra um cenário mais complexo. A promessa inicial de ganhos elevados — cerca de HK$ 40 (dólares de Hong Kong, valor equivalente a aproximadamente US$ 5) por pedido — durou pouco. Em abril de 2025, a média havia caído para HK$ 20. Parte do pagamento passou a depender de metas semanais, como número mínimo de entregas ou taxas de pontualidade.

    A competitividade também aumentou dentro da própria plataforma. O sistema de pontuação da Keeta, que recompensa os mais ativos com acesso preferencial a pedidos, leva os entregadores a disputas constantes, rotina exaustiva e ganhos cada vez mais apertados.

    Pela lei do país, entregadores são classificados como trabalhadores independentes. Isso significa que não têm acesso a proteções trabalhistas, como seguro contra acidentes ou direitos em caso de demissão.

    Para críticos, trata-se de uma “corrida para o fundo do poço”, impulsionada pela busca da empresa por rentabilidade para recuperar os aportes iniciais.

    “Chacoalhão” pode favorecer organização dos entregadores

    Paulo Renato Fernandes acredita que a movimentação neste mercado pode favorecer a união dos trabalhadores “plataformizados”, que hoje já são uma maioria. “Eles podem reivindicar direitos em conjunto, por meio de sindicatos ou cooperativas”, afirma.

    Hoje a representação dos entregadores é difusa, por meio de lideranças e associações regionais. O governo ensaiou uma regulamentação do trabalho por aplicativos com as partes envolvidas, mas os entregadores não chegaram a um acordo e ficaram fora de um projeto de lei que tramita no Congresso desde o ano passado.

    “É uma fase muito embrionária ainda, mas quando eles perceberem o potencial de organização, terão um universo de possibilidades”, diz Fernandes. Uma delas, segundo ele, é criar suas próprias plataformas e trabalharem via cooperativas.

    O iFood se diz disposto a retomar as discussões sobre a regulamentação dos entregadores para “construir soluções que levem em conta a sustentabilidade do setor, a autonomia dos parceiros e a ampliação de direitos”.

    O diálogo da empresa com o governo ficou comprometido após o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, classificar, em 2024, o sistema do iFood como “altamente explorador”.

    O presidente Lula também já fez críticas públicas ao modelo de trabalho adotado pelo iFood. Em setembro de 2023, o mandatário afirmou que as condições de trabalho impostas por plataformas digitais a entregadores são “quase trabalho escravo”.

    Lula não hesitou, no entanto, em posar ao lado do fundador da Meituan, o bilionário Wang Xing, durante sua visita oficial à China, na semana passada, em foto que viralizou nas redes sociais.



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