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    Home » Baleação, bombilança, cachalote e espermacete – 25/05/2025 – Marcelo Leite
    Ciência

    Baleação, bombilança, cachalote e espermacete – 25/05/2025 – Marcelo Leite

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 25, 2025Nenhum comentário3 minutos de leitura
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    Existem muitas maneiras de remontar as trajetórias divergentes do Brasil e dos EUA, colônias americanas escravocratas de dimensões continentais. Uma delas, menos conhecida, toma por fio condutor a matança brasileira de baleias no século 19, que em poucas décadas seria abandonada por navios norte-americanos.

    Em 4 de novembro de 1869, em pleno período de decadência da baleação brasileira, um telegrama enviado de Itajaí (SC) narrava que em Praia Grande encalhara uma baleia morta. A população local há muito deixara de contar com boas quantidades de “óleo de peixe” para as lamparinas.

    “O cetáceo foi morto em alto-mar por meio de bombalano que hoje usam os americanos, pois que o golpe que apresentava no dorso não indicava ter sido feito de arpão”, dizia a mensagem. O relato está no livro “Caçadores de Baleias”, de Wellington Castellucci Junior, obra-prima lançada pela editora Cosac.

    O armamento, também chamado de bombilança, era um canhão para atirar a longa distância uma lança explosiva, que dilacerava por dentro os mamíferos do oceano. Baleeiros dos EUA já não aportavam às centenas no Rio de Janeiro e podiam se dar ao luxo de abandonar no mar animais abatidos de que não compensaria retirar a cobiçada gordura.

    Não era só a inovação tecnológica a contrastar com a captura artesanal no Brasil, com barcos a remo em lugar de veleiros, tripulados por escravizados correndo grande risco arpoando leviatãs no braço. O país há muito havia deixado de ser um dos maiores exportadores da commodity que alumiava as cidades mais desenvolvidas.

    Só as poucas ruas do centro do Rio com iluminação pública consumiam 5.270 litros de óleo de baleia por mês. Muito maior era o volume obtido pela fervura da banha nas embarcações, como narra o romance “Moby Dick”, depois transportado em barris para as maiores metrópoles.

    Durante oito décadas na passagem do século 18 ao 19, o epicentro da baleação ficava entre Santa Catarina e Pernambuco, berçário de águas quentes para onde afluíam baleias prenhes vindas da Antártida. Uma lista na Gazeta de New Bedford, registra Castellucci, indicava que 1.392 naus americanas viajaram à costa brasileira entre 1841 e 1845.

    Nada menos que 800 delas tinham o Rio como destino. Mas a capital imperial era mais um porto de serviço e abastecimento do que base de empreendimentos de caça a cetáceos, que sob monopólio da coroa nunca se desenvolveu por aqui.

    Nos EUA, os portos da Nova Inglaterra —Nantucket, Mystic, New Bedford— também perdiam primazia para Yerba Buena, na Costa Oeste, que em 1847 foi rebatizada como São Francisco. O interesse dos empresários baleeiros já se voltara do Atlântico para o Pacífico.

    As baleias da costa brasileira haviam sido dizimadas. Além disso, no outro oceano a oeste da América do Sul ocorria maior abundância do prêmio maior das caçadas, os cachalotes de cujo crânio se retirava a gordura mais nobre, espermacete, com que se confeccionavam velas finas e cosméticos.

    Com trabalho assalariado, capital para armar navios e liberdade empresarial, a baleação contribuiu para enriquecer e iluminar os EUA, até se imporem petróleo e eletricidade. Mas deixou um oceano de sangue, desastre ambiental que empalidece agora diante da tragédia do clima e do massacre da biodiversidade.


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