Investing.com – Duas grandes instituições financeiras, Bank of America (NYSE:) (BofA) e Deutsche Bank, traçaram previsões otimistas para o desempenho do índice S&P 500 até o final de 2025, com alvos de 6666 e 7000 pontos, respectivamente. Ambas destacam fatores como recuperação econômica, lucros corporativos crescentes e dinâmicas de oferta e demanda como pilares para o crescimento projetado.
Projeções do Bank of America
O BofA prevê que o S&P 500 alcance 6666 pontos até o final de 2025, implicando um potencial de alta de 11% em relação aos níveis atuais. Apesar da volatilidade esperada ao longo do período, a equipe liderada por Savita Subramanian acredita que o índice fechará acima do patamar atual.
O banco mantém uma visão positiva sobre ações específicas, com destaque para setores como financeiro, consumo discricionário, materiais, imobiliário e serviços públicos. Empresas com sólidos retornos de caixa e forte ligação à economia dos EUA são preferidas.
Comparando as condições atuais do mercado com períodos anteriores, como a era de eficiência dos anos 1980 e a bolha tecnológica dos anos 1990-2000, o BofA aponta a concentração em poucas ações caras como uma característica semelhante. Apesar disso, aposta no maior potencial das ações de média capitalização, especialmente de valor, com fortes retornos de caixa.
Em termos de lucros, o banco projeta um aumento de 13% no lucro por ação (LPA) do S&P 500 em 2025, alcançando US$ 275. A recuperação do setor manufatureiro e a expansão dos ganhos em empresas são apontadas como os principais motores desse crescimento.
O BofA também analisa o impacto potencial de um segundo mandato de Donald Trump, destacando que, embora políticas tarifárias possam pressionar margens corporativas, investimentos em reindustrialização e cortes de impostos podem mitigar esses efeitos.
Projeções do Deutsche Bank
O Deutsche Bank estabelece um alvo mais elevado para o S&P 500, projetando 7000 pontos até o final de 2025, com uma meta intermediária de 6400 pontos já no primeiro trimestre.
Segundo Jim Reid, diretor-chefe de economia global e pesquisa temática do banco, essa previsão se baseia em fluxos consistentes de entrada nos mercados acionário e de dívida, combinados com um aumento esperado no volume de recompra de ações, que deve crescer de US$ 1,1 trilhão para US$ 1,3 trilhão em 2024.
O Deutsche Bank prevê um crescimento de 11% no LPA do S&P 500 em 2024, para US$ 253, e mais 11,6% em 2025, alcançando US$ 282. Em um cenário de aceleração global, esse número poderia chegar a US$ 295.
Os analistas também enfatizam que o ciclo econômico ainda tem elementos a se desenrolar, incluindo reabastecimento de estoques, crescimento de investimentos fora do setor de tecnologia, recuperação industrial e fortalecimento dos mercados de capitais.
Riscos tarifários
Tanto o BofA quanto o Deutsche Bank abordaram os riscos associados às tarifas comerciais propostas por Donald Trump. O presidente eleito planeja implementar uma tarifa de 25% sobre bens provenientes do México e Canadá, além de uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses.
Jim Reid alerta que políticas tarifárias podem desencadear volatilidade no mercado, como ocorreu no último mandato de Trump. Ações do S&P 500 registraram quedas de até 10% durante as escaladas tarifárias entre 2018 e 2019, seguidas por recuperações nas desescaladas.
Setores em destaque
O BofA favorece os setores financeiro, consumo discricionário, materiais, imobiliário e serviços públicos.
Já o Deutsche Bank mantém inclinação cíclica, com preferência por financeiro, consumo discricionário e materiais, enquanto tecnologia e energia permanecem neutras. Saúde, bens de consumo básico e telecomunicações têm visão negativa.
Dessa forma, apesar dos riscos tarifários e das incertezas econômicas, tanto o Bank of America quanto o Deutsche Bank mantêm perspectivas otimistas para o S&P 500, apontando um bom potencial de alta até 2025.
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