O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, amanheceu cheio e com diversos passageiros sem saber quando vão conseguir chegar aos seus destinos, em razão da chuva persistente registrada na capital paulista desde quinta (7). Foram mais de 50 voos cancelados até esta sexta (8).
Muitos dormiram no saguão do terminal à espera de definição de quando poderiam embarcar.
Devido a condições meteorológicas, foram cancelados 58 voos no período entre quinta e o meio-dia desta sexta, no aeroporto de Congonhas. Outros cinco voos foram alternados e pousaram em outros aeroportos.
“Devido a condições meteorológicas, foram cancelados 32 voos durante todo o dia de ontem, quinta-feira (7), no aeroporto de Congonhas, sendo 16 chegadas e 16 partidas. Até o meio-dia desta sexta-feira (8), foram 26 cancelamentos. Sendo 17 chegadas e nove partidas. O mau tempo foi responsável pela maior parte dos impactos, mas os dados referentes às causas ainda estão sendo totalizados em conjunto com as companhias aéreas”, afirmou a concessionária Aena em nota.
Os voos cancelados são da Latam e da GOL.
A GOL afirmou que todos os seus clientes impactados estão recebendo as facilidades previstas pela resolução 400 da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) conforme as necessidades, com possibilidade de reacomodação nos próximos voos da GOL e de congêneres, e que as ações em relação aos voos foram tomadas com foco na segurança.
A Latam afirmou que também está oferecendo toda a assistência necessária aos passageiros e recomenda que, antes de se dirigirem aos aeroportos de Congonhas e Guarulhos nesta sexta, que consultem o status de seus voos no site. A companhia ressaltou que adota todas as medidas de seguranças possíveis.
A concessionária recomenda aos passageiros que entrem em contato com as companhias aéreas para verificar a situação de seus voos.
SP tem risco de inundações e deslizamentos
Com todo o estado em alerta de perigo para chuvas intensas emitido pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), nesta sexta-feira (8) há risco de ocorrências de eventos hidrológicos em São Paulo.
De acordo com o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), devido à previsão de pancadas de chuva fortes, há possibilidade de alagamentos em áreas com deficiência de drenagem, enxurradas e inundações bruscas de córregos e canais urbanos.
Na região metropolitana de São Paulo o risco oscila entre moderado e alto, mas ele cresce na proximidade com o litoral paulista, principalmente da Baixada Santista.
O órgão federal considera ainda alta a probabilidade de ocorrência de movimentos de massa na Grande São Paulo e na região de Campinas devido ao acumulado de chuvas em 96 horas, associado à continuidade de precipitação volumosa que pode ultrapassar 100 mm em um dia.
“Neste cenário é esperado que ocorram deslizamentos pontuais em áreas urbanas, além de eventuais quedas de barreiras às margens de rodovias”, diz o Cemaden.
A passagem de uma frente fria ajuda a manter o tempo chuvoso. De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Prefeitura de São Paulo, as precipitações prometem ocorrer de forma generalizada, variando de moderada a forte intensidade ao longo do dia, com raios e rajadas de vento de até 50 km/h na capital paulista.