Nesta quarta (18), Real Madrid e Pachuca, do México, fazem a final da Copa Intercontinental, antes chamado de Mundial de Clubes. Se o Pachuca ganhar, será uma grande surpresa.
Endrick tem jogado muito pouco. Geralmente entra no final das partidas já decididas. Mesmo sendo um jovem em formação, embora já tenha brilhado no futebol brasileiro, Ancelotti passa a impressão de que ainda não se entusiasmou com o garoto. Nas poucas vezes em que atuou, Endrick tentou mais de uma vez finalizar quando havia companheiros livres para receber a bola e fazer o gol.
O que acontece com o Manchester City? Nos últimos 11 jogos, empatou dois, perdeu oito e só ganhou um. Não me lembro de um time que esteve entre os melhores do mundo durante tanto tempo ter uma queda tão brusca.
Há fatores conhecidos e outros desconhecidos para explicar as más atuações e os resultados tão ruins. Ocorreram muitas contusões e o melhor jogador da equipe, Rodri, não atua há muito tempo. Rodri é o elo entre a defesa e o ataque, maestro no domínio da bola e do jogo.
Um time não pode jogar com os zagueiros no meio-campo, como fez com sucesso o City durante muitos anos, sem executar com coordenação e eficiência a pressão na marcação para recuperar a bola e não perdê-la. Isso não tem acontecido, o que deixa a defesa desprotegida, com muitos espaços nas costas dos defensores. O time tem sofrido muitos gols e marcado poucos porque não fica mais tanto tempo com a bola como era antes.
Na derrota para o Manchester United por 2×1, o City ganhava por 1×0 e, no final do jogo, em dois erros individuais, o United, que fazia uma partida muito ruim e não tinha criado nenhuma chance de gol, fez dois e ganhou o jogo. O técnico do United foi bastante elogiado.
Guardiola, mais uma vez, esfregou as mãos na sua careca, decepcionado. Ele disse após a partida que não estava sendo bom o suficiente. Parecia um jovem no início de carreira, perplexo e perdido. O futebol é mais importante que qualquer excepcional treinador. Mesmo sendo um Guardiola.
No Brasil, continuam os noticiários e especulações sobre as contratações de jogadores e treinadores. Apesar da evolução científica e tecnológica e da presença de tantos analistas de desempenho muito bem preparados e participando das comissões técnicas, ainda existem muitas contratações erradas e/ou muito caras, mesmo considerando as incertezas do futebol.
As escolhas dos treinadores ainda acontecem muito no embalo, pelas influências de empresários e de dirigentes palpiteiros que entendem pouco de futebol e por informações inadequadas. As redes sociais e a imprensa costumam exaltar precocemente jogadores e treinadores por causa de brilharecos passageiros.
Não tenho certeza, pois não frequento os clubes, mas deduzo por meio de inúmeros fatores que faltem ao futebol brasileiro profissionais que unam conhecimento técnico, tático e emocional à capacidade logística, administrativa e de planejamento.
Precisamos aprender também a olhar mais para o jogo do que para os números. O conhecimento vai muito além da informação. A sabedoria está nos detalhes, nas entrelinhas, no silêncio, no que não foi dito e que não pode ser medido.
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