O Brasil caiu uma posição no ranking de competitividade global em relação a 2019, após quatro anos de avanços consecutivos. Segundo o IMD World Competitiveness Center, a queda foi atribuída à inclusão de um novo país na lista deste ano, Botsuana, que ocupou a 61ª posição.
No quesito educação, o Brasil obteve a pior avaliação, ficando em 64º lugar. O fraco desempenho se deve, em parte, ao baixo investimento per capita em educação. O mundo, em média, investe US$ 6.873 por aluno anualmente, enquanto o Brasil gasta apenas US$ 2.110.
Apesar do Brasil destinar 5,6% do seu PIB à educação, acima da média de 4,4% dos países da OCDE, a qualidade e a execução desses recursos continuam deficientes. O país apresentou fraco desempenho em avaliações internacionais, como o Pisa, onde ficou em 54º lugar, e o TOEFL, onde ocupou a 43ª posição. O analfabetismo no Brasil também é elevado, atingindo 6,8% da população com mais de 15 anos, enquanto a média mundial é de 2,6%.
O Brasil também enfrenta desafios na universalização da educação. A taxa de matrículas no ensino médio está 23,8% abaixo da média global, e o acesso ao ensino superior entre pessoas de 25 a 34 anos é 22,2% inferior ao índice mundial. A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais o cenário, com o fechamento prolongado das escolas afetando a aprendizagem.
A baixa qualidade da educação impacta diretamente a qualificação dos profissionais no mercado de trabalho. O Brasil está em 63º lugar em relação à adequação da educação primária e secundária às necessidades do sistema produtivo, e o mesmo vale para a adequação das habilidades linguísticas dos trabalhadores às exigências das empresas.
Esse quadro reflete a falta de políticas públicas eficazes na área da educação, capazes de formar profissionais qualificados para o mercado de trabalho, e destaca a necessidade de estratégias para garantir que a formação educacional da população acompanhe as demandas do mercado.