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    Home » Pterossauros viveram no Brasil há milhões de anos – 12/05/2025 – Ciência
    Ciência

    Pterossauros viveram no Brasil há milhões de anos – 12/05/2025 – Ciência

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 12, 2025Nenhum comentário6 minutos de leitura
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    Há centenas de milhões de anos, o céu do que hoje chamamos de Brasil era dominado por répteis alados enormes, que chegavam a até seis metros de envergadura.

    Os pterossauros sobrevoaram cada canto do país, mas, por questões geológicas, só encontramos registros fósseis de algumas das espécies em dois lugares específicos: o Ceará e o Paraná.

    No recém-lançado livro “Pterossauros do Brasil” (Editora Peirópolis), que conta com ilustrações de Julio Lacerda, o paleontólogo Luiz Eduardo Anelli apresenta as particularidades desses seres ancestrais, que são frequentemente confundidos com os dinossauros.

    Em entrevista à BBC News Brasil, o especialista destacou quatro espécies de pterossauros “brasileiros” com características únicas, como cristas enormes, cabeças colossais, hábitos solitários ou uma facilidade para capturar peixes no mar.

    “A pré-história nos educa, nos entretém, nos aproxima da ciência e nos ajuda a pensar”, reflete Anelli, que é professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP).

    “Mais importante, a pré-história põe livros nas mãos das crianças”, complementa ele.

    O paleontólogo lembra que o Mesozoico, a era dos dinossauros e dos pterossauros, compõe apenas 4% de toda a história da Terra.

    “Mas posso dizer que não existe um intervalo de tempo tão extraordinário em termos de geologia e biologia. Esse é o momento em que a geografia atual do planeta se molda, os mamíferos nascem, as plantas com flores brotam… Quase tudo o que vivemos hoje foi semeado durante a era dos dinossauros”, diz Anelli.

    Quem foram os pterossauros?

    O paleontólogo explica que esses seres são classificados como répteis arcossauros, um grupo que praticamente dominou o mundo durante a era mesozoica —que compreende os períodos triássico, jurássico e cretáceo.

    Essa turma inclui não apenas os pterossauros, mas também os dinossauros e os crocodilomorfos.

    “Os pterossauros são encontrados no registro geológico por volta de 219 milhões de anos atrás, no final do período triássico”, calcula o paleontólogo.

    Isso significa que eles surgiram entre 10 e 15 milhões de anos depois dos primeiros dinossauros.

    Aliás, os dinos mais antigos já encontrados no mundo vêm da região Sul do Brasil —e Anelli especula que dois outros fósseis escavados no Rio Grande do Sul podem ser os precursores (ou parentes ancestrais) a partir dos quais os pterossauros evoluíram.

    Falamos aqui dos lagerpetídeos Ixalerpeton polesinensis e Venetoraptor gassenae, que viveram no período Triássico, ao redor de 225 milhões de anos atrás.

    Quais pterossauros viveram no Brasil?

    “Não há dúvidas de que os pterossauros voavam em cada centímetro quadrado do céu da América do Sul durante a era mesozoica”, diz Anelli.

    Mas o professor destaca que a geologia determina quais fósseis serão preservados —e quais se perderão ao longo do tempo.

    Por uma série de fatores como a dinâmica das rochas, o leito dos rios, o mar, o vento, entre outros, o Paraná e o Ceará têm áreas onde hoje é possível encontrar ossos fossilizados dos antigos pterossauros.

    “Devem existir pterossauros guardados em rochas de vários outros Estados do Brasil, mas eles estão a mais de três quilômetros de profundidade”, estima o paleontólogo.

    Ao ser perguntado pela BBC News Brasil sobre as espécies de pterossauros brasileiros com características singulares, Anelli destacou quatro delas —duas “cearenses” e duas “paranaenses”.

    O especialista conta que é possível encontrar dezenas de milhares de fósseis do Caiuajara dobruskii, que tinha uma crista bem imponente.

    “Já o Anhanguera piscator era um exímio pescador e patrulhava os mares do que hoje chamamos de Ceará”, complementa ele.

    Por que os pterossauros são diferentes dos dinossauros?

    Anelli aponta que a divisão entre esses animais acontece por conceitos de anatomia estabelecidos durante as pesquisas feitas pelos paleontólogos.

    “Nós não chamamos um banquinho de cadeira porque ele não tem encosto e repouso para os braços. E não chamamos uma cadeira de poltrona porque ela não tem revestimento. O mesmo vale para dinossauros e pterossauros”, compara ele.

    Os dinossauros geralmente possuíam três dedos nas mãos e, na região da cintura, tinham quatro vértebras da coluna que eram coladas (ou soldadas).

    Já os pterossauros carregavam quatro dedos nos braços —o quarto era imenso, chegava a dois metros de comprimento para dar sustentação à asa.

    Eles eram dotados de ossos ocos e uma estrutura no esqueleto cujo nome era pteroide, que servia para facilitar o voo.

    “Essas características anatômicas nos mostram que esses seres evoluíram por linhagens distintas, embora o registro geológico revele que tiveram ancestrais comuns por causa de características que aparecem em ambos, como as penas primitivas”, detalha Anelli.

    Por que os pterossauros são diferentes das aves, se ambos voam?

    Os estudos mostram que as aves de hoje são parentes dos dinossauros que sobreviveram à extinção em massa de milhões de anos atrás.

    Ou seja: elas estão ligadas aos dinos, mas não têm nada a ver com os antigos pterossauros.

    “Essa é uma história triássica mesozoica, onde dois grupos de vertebrados aprenderam a voar. Isso aconteceu por volta de 220 milhões de anos atrás entre os pterossauros. Cerca de 70 milhões de anos depois, foi a vez de pequenos dinossauros fazerem o mesmo”, detalha Anelli.

    “E quer saber mais? 50 milhões de anos depois, os mamíferos aprenderam a voar e apareceram os morcegos.”

    “Ou seja, tivemos três linhagens de vertebrados que desenvolveram essa habilidade em momentos muito distintos”, complementa o paleontólogo.

    Por que os pterossauros foram completamente extintos?

    Você provavelmente já ouviu falar do grande meteoro que caiu nas proximidades do que hoje chamamos de México e deu início a uma série de eventos cataclísmicos que acabou com os grandes dinossauros (com exceção das aves) e fez sumir do mapa todos os pterossauros.

    Mas Anelli pondera que a extinção desses répteis alados está relacionada a uma série de fatores.

    “Eles desapareceram porque eram animais grandes, que precisavam de muito alimento e demoravam para se reproduzir”, resume ele.

    “Já as aves eram menores e tinham ocupado desde sua origem um nicho de pequenos voadores. Além disso, elas eram muito mais inteligentes.”

    As aves tinham uma alimentação bem variada —podiam sobreviver com sementes e nozes, por exemplo. Além disso, a reprodução delas é muito mais rápida.

    “Pelo tamanho e pelas suas características biológicas, os pterossauros ocupavam um nicho biológico que era muito mais sensível às perturbações ambientais”, conclui Anelli.



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