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    Home » Por que a urina das baleias é tão importante – 10/05/2025 – Ciência
    Ciência

    Por que a urina das baleias é tão importante – 10/05/2025 – Ciência

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 10, 2025Nenhum comentário5 minutos de leitura
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    Mesmo os biólogos têm apenas um vislumbre de como é a vida das baleias. Ainda há muitas espécies cujas vidas são em grande parte um mistério, especialmente as baleias de mergulho profundo.

    Mas os cientistas estão aprendendo mais sobre o papel que as baleias desempenham nos ecossistemas marinhos e os serviços que elas prestam. Pesquisas recentes mostram que até a urina das baleias é importante para o planeta.

    Trabalhos anteriores sugeriam que as fezes de baleia eram importantes para os ecossistemas. Esses mamíferos gigantes trazem nutrientes das profundezas onde se alimentam para águas rasas.

    Esse efeito é chamado de “bomba de baleia” e pode aumentar a taxa de fotossíntese do plâncton, a base da cadeia alimentar global. Os nutrientes não são distribuídos uniformemente no oceano e, em algumas áreas, as populações de fitoplâncton são limitadas porque não há elementos específicos suficientes, como o ferro.

    Algumas espécies de baleias realizam longas migrações pelo oceano. As baleias-jubarte (Megaptera novaeangliae) realizam a migração mais longa de todos os mamíferos, com cerca de 10 mil quilômetros, movendo nutrientes pelas bacias oceânicas à medida que viajam. Até certo ponto, as bombas de baleia também influenciam o ciclo e o armazenamento de carbono.

    As baleias também podem ajudar no ciclo de nutrientes no oceano quando remexem o fundo do mar enquanto se alimentam. Sabe-se que as baleias-cinzentas (Eschrichtius robustus), por exemplo, procuram invertebrados no fundo do mar e agitam os sedimentos, liberando nutrientes como nitrogênio, fósforo e ferro.

    Outra área importante de pesquisa descreve os ecossistemas de oásis que as carcaças de baleias proporcionam às espécies do fundo do mar, desde o peixe-espada (Eptatretus deani) e os tubarões-dorminhocos (Somniosis pacificus) até crustáceos, moluscos, nematoides e bactérias. As grandes baleias têm enormes quantidades de lipídios (gorduras) em seus ossos. Esses lipídios servem de alimento para muitos organismos, e as carcaças das baleias criam miniecossistemas nas profundezas.

    Até agora, no entanto, outro benefício que as baleias proporcionam aos ecossistemas marinhos não havia sido quantificado: o da urina.

    Um estudo recente publicado na revista científica Nature Communications indica que a urina das baleias também pode ter uma função crucial nos oceanos. Algumas espécies de baleias podem produzir até 950 litros de urina por dia, o que significa que podem realocar nutrientes para áreas tropicais com baixo teor de nutrientes. Muitas baleias-de-barba (cetáceos sem dentes da subordem Mysticeti, que se alimentam por filtragem), como a jubarte e a baleia-cinzenta, alimentam-se em regiões polares e subpolares durante o verão e depois migram em massa para áreas de reprodução equatoriais relativamente pequenas durante o inverno.

    Nessa migração, as baleias carregam detritos como placenta, urina, fezes e, se morrem, suas próprias carcaças. Por exemplo, o estudo recente descreve como as baleias-cinzentas tendem a passar o inverno em várias áreas de alimentação no norte do oceano Pacífico e se agregam no verão em algumas pequenas baías na costa da Califórnia.

    Os pesquisadores descrevem como as baleias-cinzentas, as jubarte e as baleias-francas (Eubalaena glacialis) transportam carbono e nitrogênio para os trópicos, no que eles chamam de “grande correia transportadora das baleias”. Globalmente, para essas espécies, esse processo resulta em mais de 46 mil toneladas de biomassa (massa total das baleias e os nutrientes que elas contêm) e quase 4.000 toneladas de nitrogênio, transferidas anualmente para áreas pobres em nutrientes.

    A maior parte desse transporte de nitrogênio vem da urina da baleia, que estimula o crescimento do fitoplâncton e a fotossíntese. Esse aumento na taxa de fotossíntese pode levar à retirada de 18.180 toneladas de carbono da atmosfera. Outras grandes baleias-de-barbas provavelmente também contribuem para esse efeito, mas há menos dados sobre suas distribuições e ecologia.

    Infelizmente, o estudo estima que a caça de baleias ao longo da história reduziu o transporte de nutrientes relacionados às baleias a quase um terço de seu potencial anterior.

    Outros animais que desempenham um papel fundamental nos fluxos de nutrientes também estão sofrendo com o efeito das atividades humanas. Aves marinhas e peixes que migram do mar para corpos de água doce têm um efeito significativo na transferência de fósforo do mar para a terra, onde também é um nutriente importante para a fotossíntese.

    Ursos, lontras, águias e outros predadores que comem peixes que migram do mar para os rios participam do transporte de nutrientes do oceano para a terra por meio de suas fezes. Os alces também são importantes transportadores de nutrientes e são conhecidos por transferir grandes quantidades de nutrientes de ecossistemas aquáticos para terrestres ao se alimentarem de plantas.

    Os hipopótamos que pastam também transferem nutrientes em sentido inverso, da terra para os sistemas aquáticos. Mas esses animais de grande porte geralmente não se igualam às baleias em quantidade ou em escala geográfica.

    As baleias enfrentam muitas ameaças à sua sobrevivência atualmente, como ataques de navios, poluição, pesca predatória e mudanças climáticas. Esse estudo recente mostra como é importante proteger as baleias e o oceano em que vivem.

    A contribuição que esses animais podem ter para ajudar a solucionar nossa crise climática por meio do estímulo à fotossíntese ainda está em debate, e sua capacidade de equilibrar o orçamento global de carbono diante das emissões relacionadas ao homem pode ser insignificante. Mas quanto mais aprendemos sobre esses gigantes do oceano, mais entendemos as maneiras pelas quais as baleias são vitais para os ecossistemas marinhos.

    Este texto foi publicado no The Conversation. Clique aqui para ler a versão original



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