Fechar menu
Brasil Eleve

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias do Brasil Eleve

    O que há de novo

    Revisão da Moody’s acaba com sonho do grau de investimento

    junho 6, 2025

    Brasil recebe certificado de livre de febre aftosa sem vacinação

    junho 6, 2025

    Sindicato denuncia colapso financeiro dos Correios

    junho 6, 2025
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube
    Brasil Eleve
    Anunciar
    • Início
    • Últimas notícias
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Internacional
    • Política
    • Contato
      • Política de Privacidade
      • Termos de Uso
    Brasil Eleve
    Home » Estradas iniciam destruição na amazônia, diz pesquisador – 06/05/2025 – Ambiente
    Meio Ambiente

    Estradas iniciam destruição na amazônia, diz pesquisador – 06/05/2025 – Ambiente

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 6, 2025Nenhum comentário7 minutos de leitura
    Compartilhar
    Whatsapp Facebook Twitter LinkedIn Pinterest E-mail Link de cópia


    As estradas têm um efeito devastador para os ecossistemas na amazônia, servindo como porta de entrada para desmatamento, incêndios e muitos outros tipos de degradação. Portanto, para garantir a preservação das matas, é importante conter a expansão dessas rotas floresta adentro.

    Planeta em Transe

    Uma newsletter com o que você precisa saber sobre mudanças climáticas

    O alerta é de um dos principais nomes da ecologia e dos estudos de conservação no planeta: William F. Laurance, mais conhecido como Bill Laurance, 67, professor da Universidade James Cook, na Austrália, e autor de mais de 800 artigos, entre publicações acadêmicas e obras de divulgação científica.

    Um dos pioneiros nos estudos sobre os impactos do desmatamento e da degradação da floresta amazônica, Laurance, que fala português e já viveu por alguns anos em Manaus, retorna agora ao país para participar da Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciência, que acontece até esta quinta (8) no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

    Em conversa com a Folha antes do evento, o pesquisador, que também tem uma longa trajetória na divulgação científica e nas ações em defesa da conservação da floresta, defendeu o combate a “projetos de infraestrutura mal planejados” na amazônia, incluindo “usinas hidrelétricas, grandes minas e todos os tipos de projetos de combustíveis fósseis”.

    O senhor estará no Brasil para uma aula magna sobre a amazônia. Quais são os principais problemas a serem abordados?

    Eu vou falar sobre como o uso da terra pelos humanos e as mudanças climáticas, juntos, estão afetando as florestas de muitas formas. Em termos de estrutura, de biodiversidade e do que chamamos de serviços ecossistêmicos, como o armazenamento de carbono, os benefícios climáticos e a estabilização da erosão do solo.

    O foco geral será mostrar como essas ameaças estão se manifestando na amazônia, onde a floresta recebe múltiplas “pancadas” ambientais ao mesmo tempo: fragmentação da cobertura florestal, incêndios, caça, perda de biodiversidade, entre muitas outras coisas.

    O senhor tem uma série de trabalhos mostrando os efeitos nocivos das estradas na amazônia. Que danos elas provocam?

    Quando se constrói uma estrada, geralmente surgem muitas outras estradas secundárias. Então, temos destruição florestal, muitos incêndios, extração legal e ilegal de madeira, mineração ilegal, caça ilegal em muitas áreas, entre outras coisas.

    As estradas abrem a floresta, é exploração por todos os lados, e nós já publicamos alguns trabalhos mostrando isso. Mas há um dado estatístico que me deixou completamente chocado. Analisamos três grandes áreas de floresta tropical no mundo, e vimos que é na amazônia brasileira que as estradas têm mais impactos.

    E por que isso acontece?

    Quando uma primeira estrada é construída, seja pelo governo, por uma madeireira ou mineradora, o que frequentemente acontece é que logo depois começam a surgir estradas secundárias, muitas delas ilegais, informais, sem regulamentação ou controle ambiental.

    Estudamos um conjunto de rodovias no mundo todo, incluindo no Brasil, e descobrimos que as estradas secundárias causam muito mais destruição florestal do que aquela primeira estrada.

    Vimos que o problema da proliferação de estradas secundárias e da destruição associada é muito pior na amazônia do que em qualquer outro lugar. E aqui vai um dado: se olharmos quanta destruição florestal é causada pela primeira estrada que entra numa área —digamos que seja uma estrada legal— e compararmos com a quantidade de desmatamento associada às estradas secundárias, o resultado é chocante.

    Na bacia amazônica, há em média 305 vezes mais destruição florestal. É um número impressionante.

    Não temos certeza absoluta do motivo. Pode ter a ver com a topografia plana, ou talvez com a vastidão da fronteira amazônica e o grau de ilegalidade. Explicar exatamente por que isso acontece é difícil, mas o que está claro é que, se você constrói estradas na amazônia, o impacto é absolutamente devastador.

    Atualmente quais são as ameaças mais significativas às florestas tropicais?

    Acho que são as mudanças no uso da terra. Ainda que a questão das mudanças climáticas com certeza vá se agravar no futuro, neste momento, o que estamos vendo são os impactos destrutivos das mudanças no uso da terra.

    Aqui estamos falando de tudo, desde a fragmentação de habitats até a extração de madeira e todos os tipos de usos da terra que podem realmente impactar a floresta de muitas maneiras diferentes.

    Em segundo lugar, há a questão de espécies exóticas e de doenças. Por exemplo, neste momento, já perdemos mais de 200 espécies de anfíbios apenas por causa de um fungo horrível que está se espalhando pelo mundo todo. Depois, eu colocaria a mudança climática, mas com a ressalva de que a situação está ficando cada vez pior.

    Se você tem uma área de floresta, a melhor coisa que você pode fazer por ela, para torná-la resiliente e capaz de sobreviver a um futuro com muitas adversidades, é minimizar as ameaças relacionadas ao uso da terra, como a fragmentação e o desmatamento.

    E quais seriam estratégias promissoras para a preservação?

    Combater as estradas e combater projetos de infraestrutura mal planejados. Com isso queremos dizer coisas como usinas hidrelétricas, grandes minas e todos os tipos de projetos de combustíveis fósseis.

    A estrada é o ponto crítico. Se conseguirmos manter as estradas fora, temos uma chance real de tentar salvar essas florestas. Se não for esse o caso, deveria haver um monitoramento e controle absolutamente rigorosos, mas isso é completamente irrealista. O Ibama não tem, nem de longe, o número de funcionários em campo que precisaria. Sem contar que o governo Bolsonaro mandou embora algumas pessoas realmente muito boas, além de ter causado muitos danos.

    Mas o Brasil já teve muito bons resultados com o aumento da fiscalização. Os maiores fatores foram programas governamentais. Os sistemas de monitoramento por satélite Prodes e Deter, por exemplo. E quando realmente começaram a aplicar multas de verdade e impor algumas penas de prisão, como não se fazia, o desmatamento ilegal começou a cair.

    O Brasil ainda discute mais projetos de infraestrutura e de exploração de óleo e gás na bacia Foz do Amazonas. Que riscos isso poderia trazer?

    Isso tudo vai ter impactos massivos. Nós publicamos um artigo na revista Science, faz bastante tempo, em 2001, analisando o que seria da amazônia brasileira se todos os projetos do governo daquela época fossem adiante.

    Havia então um grande programa nacional chamado Avança Brasil. Eram cerca de US$ 40 bilhões (cerca de R$ 229 bilhões), o que naquela época era muito dinheiro, em projetos de infraestrutura planejados.

    Basicamente, analisamos o que aconteceria se tudo aquilo fosse implementado. O resultado foi um mapa com um aspecto realmente horrível, que viralizou no mundo antes mesmo de “viralizar” ser uma palavra.

    O que mostramos foi que a amazônia é extremamente propensa à fragmentação e perturbação em larga escala. E acho que isso chocou muita gente. Elas pensavam que a amazônia ia ser corroída aos poucos pelas bordas —e de fato está sendo— mas esses projetos que penetram no interior, bem no coração da bacia, são o que está fragmentando a região.

    Sabemos que esses fragmentos de floresta são muito mais vulneráveis à extração predatória de madeira, à caça ilegal, à mineração ilegal, aos incêndios causados pelas mudanças climáticas. Então, queremos manter a floresta intacta. Esse é o objetivo.


    RAIO-X

    William F. Laurance, 67

    Diretor do Centro de Ciência Ambiental Tropical e Sustentabilidade na Universidade James, na Austrália, nasceu nos EUA e cresceu no estado do Oregon. É doutor pela Universidade da Califórnia em Berkeley. Suas pesquisas abordam temas como impactos das mudanças no uso da terra, fragmentação das florestas e o desmatamento, além de questões ligadas à biodiversidade e conservação.



    Source link

    Compartilhar. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr E-mail Link de cópia

    Related Posts

    Por que os evangélicos não defendem Marina Silva? – 06/06/2025 – Cotidiano

    junho 6, 2025

    Fogo e agricultura degradam solo no sul da amazônia – 06/06/2025 – Ambiente

    junho 6, 2025

    Pará prevê 7% da arrecadação com créditos de carbono a médias e grandes fazendas, e MPF diz ver ‘total incoerência’ – 06/06/2025 – Ambiente

    junho 6, 2025

    Desmatamento volta a crescer na amazônia, diz Inpe – 06/06/2025 – Ambiente

    junho 6, 2025

    Cortar chifres de rinocerontes pode ajudar a salvá-los – 06/06/2025 – Ambiente

    junho 6, 2025

    SP anuncia plano de educação ambiental e ação contra fogo – 05/06/2025 – Ambiente

    junho 5, 2025

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias criativas sobre arte e design.

    Últimas postagens
    Manter contato
    • Facebook
    • Twitter
    • Pinterest
    • Instagram
    • YouTube
    • Vimeo
    Não perca

    Novo PAC fracassa e Lula fica sem vitrine eleitoral para 2026

    junho 6, 2025

    Lançado ainda em 2023 como uma das principais apostas do presidente Luiz Inácio Lula da…

    Ruptura entre EUA e China coloca o mundo em nova Guerra Fria

    junho 6, 2025

    Bilhões em emendas parlamentares circulam sem fiscalização

    junho 6, 2025

    Recent Posts

    • Novo PAC fracassa e Lula fica sem vitrine eleitoral para 2026
    • Ruptura entre EUA e China coloca o mundo em nova Guerra Fria
    • Bilhões em emendas parlamentares circulam sem fiscalização
    • Em uma seleção brasileira de recomeços, qual será a versão de Ancelotti? – 06/06/2025 – Marina Izidro
    • Por que os evangélicos não defendem Marina Silva? – 06/06/2025 – Cotidiano

    Recent Comments

    Nenhum comentário para mostrar.
    junho 2025
    D S T Q Q S S
    1234567
    891011121314
    15161718192021
    22232425262728
    2930  
    « maio    
    Sobre nós
    Sobre nós

    Brasil Eleve - Informação de Crescimento um portal de notícias sobre economia, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal.

    Envie-nos um e-mail: contato@brasileleve.com

    Facebook Instagram Pinterest YouTube
    Nossas escolhas

    Em uma seleção brasileira de recomeços, qual será a versão de Ancelotti? – 06/06/2025 – Marina Izidro

    junho 6, 2025

    Final masculina de Roland Garros consolida troca de guarda – 06/06/2025 – Esporte

    junho 6, 2025

    Fifa realiza Copa em três países à custa do meio ambiente – 06/06/2025 – Esporte

    junho 6, 2025
    Mais popular

    Ruptura entre EUA e China coloca o mundo em nova Guerra Fria

    junho 6, 2025

    Deportado pelo governo Trump para El Salvador volta aos EUA

    junho 6, 2025

    Trump descarta diálogo com Musk: “perdeu a cabeça”

    junho 6, 2025
    Copyright © 2024. Todos os Direitos Reservados por bomscript.com.br
    • Início
    • Contato

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.