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    Home » Nunca senti uma saudade assim – 06/05/2025 – Joanna Moura
    Destaque

    Nunca senti uma saudade assim – 06/05/2025 – Joanna Moura

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 6, 2025Nenhum comentário4 minutos de leitura
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    Nunca senti uma saudade tão grande de alguém quanto esta que me acometeu nos últimos dez dias. Nem aos 13 anos quando me apaixonei perdidamente por um menino da escola que foi fazer intercâmbio na França.

    Era uma terça-feira quando meu marido viajou a trabalho levando uma mochila nas costas e uma parca mala de mão. Quem o visse jamais diria que estava indo atravessar o oceano para passar dez dias fora.

    Na primeira noite, depois de dar banho nas crianças, colocar os pijamas, fazer o jantar, dar o jantar, dar a mamadeira, ler livro, colocar na cama, convencer a ficar na cama, deitar na cama com eles na tentativa de fazê-los se acalmarem, acabar dormindo torta na cama com a mais velha que anda com medo do escuro, acordar uma hora depois e ainda ter que arrumar a sala e a cozinha que estavam uma zona e colocar roupa pra lavar, eu consegui tomar um banho, comer o resto da comida deles e deitar na cama. Já passava da meia-noite. Mesmo cansada, meus olhos permaneceram abertos, olhando para o teto por mais uma hora. A cabeça em pleno funcionamento, pensando em tudo o que era preciso fazer no dia seguinte e nos outros oito que viriam em seguida.

    E foi assim durante todo o tempo em que ele esteve fora. Um dia emendado no outro, divididos apenas por poucas e frequentemente interrompidas horas de sono. Mas a exaustão era fácil de driblar. Uns copos grandes de café e as pálpebras voltavam a trabalhar normalmente. Umas pinceladas de corretivo e mal se via a roxidão das olheiras. Já a solidão, essa era mais difícil de vencer ou disfarçar.

    Sim, eu estava com eles, mas quando se está mãe solo, brincar é trabalho e sorriso é uniforme. E por trás da fachada de leveza que entregamos aos nossos filhos, está uma mãe que se vê sozinha, sem seu parceiro de trabalho para trocar o turno ou para reclamar dos diminutos chefes nas raras horas vagas.

    Tenho sorte de dividir minha parentalidade com uma pessoa que verdadeiramente divide a parentalidade comigo. Portanto, quando ele não está, faz falta. Não só porque eu e as crianças amamos este homem que foi viajar, mas porque essa mãe passa a rodar pratinhos demais.

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    Para complicar, os dez dias em que ele esteve fora incluíram um feriado prolongado, uma reunião da escola, 24 horas de vômitos do mais novo e uma febre repentina da mais velha.

    No dia do seu retorno, eu contei os minutos para sua chegada. Acompanhei o trajeto do avião pelo aplicativo para ter certeza de que, sim, ele estava a caminho. Chegou tarde da noite, carregando a mesma mochila nas costas e arrastando a mesma malinha de mão. Ao vê-lo abrir a porta, fui tomada por uma mistura de alívio (por mim) e orgulho (de mim).

    Enquanto ele foi colocar as crianças pra dormir, fui tomar um banho. O primeiro de portas fechadas em dez dias. E ali, debaixo da água quente, entendi que o que mais fez falta nessas últimas semanas não foi apenas a pessoa com quem eu divido a longa lista de afazeres parentais, mas o parceiro com quem eu desabafo e compartilho as incertezas deste trabalho que ninguém nos ensinou como fazer. Senti saudades do meu cúmplice na treta que é criar gente. Como cantava Tom Jobim: “A realidade é que sem el(e) não há paz”. Mal sabia o maestro que a saudade da cumplicidade dá um pau nessa do amor romântico.


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