Fechar menu
Brasil Eleve

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias do Brasil Eleve

    O que há de novo

    Congresso encabeça ajuste fiscal para garantir emendas

    junho 5, 2025

    Lula vende a janta para pagar o gás

    junho 5, 2025

    mais populismo ameaça economia e amplia risco fiscal

    junho 5, 2025
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube
    Brasil Eleve
    Anunciar
    • Início
    • Últimas notícias
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Internacional
    • Política
    • Contato
      • Política de Privacidade
      • Termos de Uso
    Brasil Eleve
    Home » Violência: Por que tantos jovens morrem em São Paulo? – 05/05/2025 – Jorge Abrahão
    Meio Ambiente

    Violência: Por que tantos jovens morrem em São Paulo? – 05/05/2025 – Jorge Abrahão

    Brasil ElevePor Brasil Elevemaio 5, 2025Nenhum comentário4 minutos de leitura
    Compartilhar
    Whatsapp Facebook Twitter LinkedIn Pinterest E-mail Link de cópia


    O homicídio de jovens é uma das mais graves manifestações de violência em sociedades marcadas por desigualdades estruturais, ausência de políticas públicas eficazes e falhas na proteção de direitos fundamentais.

    É uma tragédia que espelha disfunções sociais e problemas generalizados que vão muito além da área da segurança pública —porque expõe também lacunas na educação, na cultura, na oferta de emprego, de espaços de lazer, de perspectiva de futuro. Ou, num sentido mais amplo, que reflete nossa incapacidade de garantir a simples existência de jovens e adolescentes que estão começando a vida.

    O Brasil é um dos países mais violentos do mundo nesse sentido. Registramos taxas alarmantes de homicídio juvenil, que hoje representam praticamente a metade dos homicídios no país. Jovens negros do sexo masculino são as principais vítimas: eles têm até três vezes mais chances de serem assassinados do que os jovens brancos.

    Na cidade de São Paulo não é diferente. Dados do Mapa da Desigualdade divulgados na última quarta-feira (30) mostram que as taxas de homicídio juvenil em vários distritos são muito superiores aos números de homicídios gerais. Sabemos que é nas periferias que os jovens estão mais expostos, mas o problema se manifesta nas diversas regiões da capital. Bairros centrais também apresentam indicadores pavorosos.

    Pela primeira vez, desde 2006, a Sé é o local onde mais morrem jovens de 15 a 29 anos. Em uma década, a taxa de homicídio juvenil no distrito cresceu 280%: de 58 casos por 100 mil pessoas nesta faixa etária em 2010, o número pulou para 163 casos em 2020.

    A ONU considera que um país que tem 10 mortes por 100 mil habitantes está em situação similar a de uma guerra civil. Considerando estes números, temos dentro da cidade mais rica do país 62 distritos, dois terços do total, em guerra contra os jovens. É disto que se trata. É esta a gravidade do problema.

    As consequências dessa realidade são múltiplas e devastadoras. No plano individual e familiar, a perda precoce de um jovem representa o rompimento abrupto de um ciclo de vida que não chegou nem na metade de sua jornada. Interrompe sonhos e afetos, projetos e aprendizados, possibilidades e perspectivas de alguma transformação social.

    No plano coletivo, a morte de tantos jovens reflete nossa inaptidão social e institucional de proteger e oferecer o básico a quem muito poderia contribuir para uma sociedade melhor. E ainda há um efeito colateral que atinge a todos, sem distinção: o aumento da sensação de insegurança para fazer até as coisas mais simples do dia a dia.

    Não por acaso, pesquisas do Instituto Cidades Sustentáveis, realizadas em parceria com o Ipec nas dez maiores capitais brasileiras, mostram que a falta de segurança é o principal problema na percepção da população.

    Para romper esse ciclo é essencial investir em políticas públicas integradas de prevenção, que envolvam educação de qualidade, acesso a emprego e renda, fortalecimento da rede de proteção social, combate ao racismo estrutural e reformulação das práticas de segurança pública, com foco na proteção da vida —e não na repressão. Caso contrário, continuaremos perpetuando a violência numa sociedade hostil e dividida. E vendo jovens padecerem antes mesmo de darem o primeiro passo na vida adulta.

    Ao perdermos esta moçada, perdemos alegria, perdemos a perspectiva de futuro. É possível reverter esta situação, desde que a redução desta violência tenha, por parte dos políticos, a atenção e prioridade que merece.

    Colunas e Blogs

    Receba no seu email uma seleção de colunas e blogs da Folha


    LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.



    Source link

    Compartilhar. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr E-mail Link de cópia

    Related Posts

    SP anuncia plano de educação ambiental e ação contra fogo – 05/06/2025 – Ambiente

    junho 5, 2025

    Aves australianas ingerem quantidade alarmante de plástico – 05/06/2025 – Ambiente

    junho 5, 2025

    Em Paris, Lula associa físico de Marina ao trabalho – 05/06/2025 – Ambiente

    junho 5, 2025

    O que a população acha das mudanças climáticas? – 05/06/2025 – Jorge Abrahão

    junho 5, 2025

    O clima está quente demais para sermos mornos – 05/06/2025 – Opinião

    junho 5, 2025

    COP30 pode valorizar ciência e comunidades da amazônia – 04/06/2025 – Ambiente

    junho 4, 2025

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias criativas sobre arte e design.

    Últimas postagens
    Manter contato
    • Facebook
    • Twitter
    • Pinterest
    • Instagram
    • YouTube
    • Vimeo
    Não perca

    Japão volta a ter seu yokozuna, o grande campeão de sumô – 06/06/2025 – Esporte

    junho 6, 2025

    O sumô é o esporte nacional do Japão, imerso em centenas de anos de história…

    Implante no coração evita AVC sem remédios – 06/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

    junho 6, 2025

    PlayStation Plus: A porta de entrada para o melhor do mundo dos videojogos

    junho 6, 2025

    Recent Posts

    • Japão volta a ter seu yokozuna, o grande campeão de sumô – 06/06/2025 – Esporte
    • Implante no coração evita AVC sem remédios – 06/06/2025 – Equilíbrio e Saúde
    • PlayStation Plus: A porta de entrada para o melhor do mundo dos videojogos
    • Câncer de mama: vitamina D potencializa quimioterapia – 06/06/2025 – Equilíbrio e Saúde
    • Niéde Guidon cogitou morrer com os bichos no parque – 06/06/2025 – Ciência

    Recent Comments

    Nenhum comentário para mostrar.
    junho 2025
    D S T Q Q S S
    1234567
    891011121314
    15161718192021
    22232425262728
    2930  
    « maio    
    Sobre nós
    Sobre nós

    Brasil Eleve - Informação de Crescimento um portal de notícias sobre economia, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal.

    Envie-nos um e-mail: contato@brasileleve.com

    Facebook Instagram Pinterest YouTube
    Nossas escolhas

    Japão volta a ter seu yokozuna, o grande campeão de sumô – 06/06/2025 – Esporte

    junho 6, 2025

    Seleção começa era Ancelotti com empate com Equador – 05/06/2025 – Esporte

    junho 5, 2025

    Trump será ‘força positiva’ para a Copa, diz bilionário – 05/06/2025 – Esporte

    junho 5, 2025
    Mais popular

    Como a briga Trump x Musk prejudica os dois lados

    junho 5, 2025

    Trump diz que não liga para a “revolta” de Musk

    junho 5, 2025

    Musk e Trump trocam acusações e ameaças nas redes sociais

    junho 5, 2025
    Copyright © 2024. Todos os Direitos Reservados por bomscript.com.br
    • Início
    • Contato

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.