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    Home » Guiana tem petroestado em meio a denúncias ambientais – 10/04/2025 – Ambiente
    Meio Ambiente

    Guiana tem petroestado em meio a denúncias ambientais – 10/04/2025 – Ambiente

    Brasil ElevePor Brasil Eleveabril 10, 2025Nenhum comentário6 minutos de leitura
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    Em Georgetown, capital da Guiana, uma nova ponte sobre o rio Demerara, uma ilha artificial, prédios modernos e hotéis luxuosos se erguem como símbolos da riqueza prometida pela indústria petrolífera. Estrangeiros de empresas recém-estabelecidas ali já a apelidam de “nova Dubai“.

    A ExxonMobil, petroleira norte-americana, domina a produção de petróleo na Guiana. Em 2015, ela anunciou uma das maiores reservas mundiais da última década, e desde então sua subsidiária, Esso Exploration and Production Guyana, lidera o consórcio do bloco petrolífero Stabroek, área de 26.800 km² na costa guianense, que inclui também a norte-americana Hess Corporation e a chinesa CNOOC.

    Mas enquanto expande sua presença no país, a ExxonMobil enfrenta acusações de ambientalistas e ações na Justiça.

    Segundo as denúncias, a empresa desrespeitou licenças ambientais para aumentar a produção e os lucros nos três campos ativos dentro do bloco: Liza (Fase 1 e 2) e Payara, que, juntos, produzem 650 mil barris por dia. Com outros três campos já aprovados, a estimativa é dobrar a extração para 1,3 milhão de barris diários, quando eles começarem a operar em 2027.

    “Nossas instituições foram capturadas pelos interesses estrangeiros. A Exxon não é a única, mas com certeza é a mais flagrante”, disse a ambientalista Sherlina Nageer, fundadora do Greenheart Movement, iniciativa que defende alternativas ao setor.

    A reportagem tentou contato diversas vezes com a ExxonMobil e sua subsidiária na Guiana, a Esso, mas não obteve resposta. Também foram procuradas as petroleiras Hess e CNOOC, que até a publicação não haviam respondido. O governo da Guiana também foi contatado, mas não se manifestou sobre os pontos levantados pela reportagem.

    O país se consolida como um “petroestado”, onde a economia, as decisões políticas e as instituições são cada vez mais atreladas à indústria petrolífera.

    Entre as práticas da ExxonMobil questionadas por ambientalistas e pela Justiça está o gas flaring –a queima de gás natural derivado da extração de petróleo. Esse processo despeja na atmosfera o gás excedente das operações quando não há interesse econômico ou infraestrutura para processá-lo. Mas ele libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) e metano, causadores do aquecimento global.

    A licença ambiental para o campo Liza Fase 1 –primeira reserva descoberta pela Esso– foi aprovada em 2017 com a proibição do flaring, exceto em casos de manutenção ou emergência. No entanto, entre 2019, quando o campo iniciou sua produção, em 2023, a petroleira registrou 1.298 episódios de queima de gás.

    A informação é resultado de uma análise do projeto Até a Última Gota com base em dados da SkyTruth, plataforma que utiliza monitoramento via satélite para rastrear atividades prejudiciais ao meio ambiente. A partir desse levantamento, a reportagem teve a consultoria científica do Instituto Internacional Arayara, organização dedicada à defesa dos direitos ambientais, para calcular o impacto dessas ocorrências.

    A análise revelou que, de 2019 a 2023, a ExxonMobil queimou 687 milhões de metros cúbicos de gás na costa da Guiana, liberando 1,32 milhão de toneladas de CO₂ na atmosfera. Esse volume equivale às emissões de quase 287 mil carros em circulação por um ano e posiciona a Guiana como o segundo maior emissor de gases de efeito estufa por flaring na Amazônia, ficando atrás apenas do Equador.

    Em abril de 2021, ativistas notificaram a Agência de Proteção Ambiental da Guiana (EPA, na sigla em inglês), órgão responsável pelo licenciamento e fiscalização do setor petrolífero no país.

    Mas apenas um mês após a denúncia, a EPA revisou a licença ambiental da petroleira, facilitando as condições para a prática de flaring. A agência permitiu a ampliação do prazo para a queima de gás, que passou de três para até 60 dias consecutivos, com a cobrança de US$ 45 por cada tonelada de CO₂ emitida no processo.

    Vincent Adams é especialista em petróleo e gás, com mais de 30 anos de experiência no Departamento de Energia dos EUA, e comandou a EPA da Guiana de 2018 a 2020. Para ele, a decisão “subverte os princípios ambientais, porque agora o governo está basicamente dizendo: ‘Polua o quanto quiser, desde que possa pagar por isso’”.

    Quando assumiu a agência guianense, Adams conta que se deparou com uma instituição despreparada para lidar com a indústria petrolífera: “Não havia sequer um engenheiro treinado em petróleo”. Ele lembra que o órgão funcionava como mero “carimbador” das solicitações da ExxonMobil e de suas empresas parceiras.

    Em 2020, quando a Esso buscou licenciar o campo de Payara, o terceiro no país, Adams afirma ter exigido garantias financeiras para a compensação de acidentes ambientais, o que não havia sido pedido nos dois projetos anteriores. Segundo o especialista, os estudos ambientais apresentados para o licenciamento dos três projetos —praticamente idênticos entre si— indicavam que um vazamento de óleo na região poderia se espalhar por toda a costa da Venezuela e alcançar vários países do Caribe até a altura da Jamaica.

    Adams deixou a agência em agosto de 2020, com a troca de governo na Guiana, e relembra que, apenas um mês depois, as licenças foram concedidas. “Quando eu saí, eles tomaram conta”, afirmou o engenheiro, que desde então se tornou um dos principais críticos do atual modelo de exploração de petróleo no país.

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    As controvérsias na exploração de petróleo na Guiana remontam às primeiras negociações. Após a ExxonMobil descobrir a primeira reserva no país em 2015, o governo precisou definir do zero os termos de um contrato de partilha para o bloco Stabroek, estabelecendo prazos para a exploração e os percentuais para a divisão de lucro e recuperação dos custos.

    O acordo entre a Esso e o governo guianense foi negociado a portas fechadas em 2016 e permaneceu em sigilo até 2017. Tornado público apenas após forte pressão externa, o contrato tem sido alvo de intensas críticas, tanto de especialistas quanto da classe política.

    O contrato estabelece que até 75% da receita bruta mensal gerada pela extração do bloco seja destinada ao pagamento dos custos de desenvolvimento e operação das empresas. O restante é dividido igualmente entre o governo guianense e o consórcio, resultando em uma participação de 12,5% da receita para a Guiana.

    Além disso, o acordo prevê royalties de apenas 2% sobre o valor do petróleo vendido, um percentual inferior ao praticado em outros países. No Brasil, a alíquota pode chegar a 15%, enquanto nos Estados Unidos a taxa de royalties para exploração em terras públicas foi recentemente atualizada para mais de 16%.

    Esta reportagem, publicada originalmente em InfoAmazonia, faz parte do especial Até a Última Gota, produzido com o apoio da Global Commons Alliance, um projeto patrocinado pela Rockefeller Philanthropy Advisors. O projeto envolve ainda os veículos jornalísticos GK, Ojo Público e Rutas del Conflicto.



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