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    Home » Com que frequência devemos lavar os pés? – 30/03/2025 – Equilíbrio e Saúde
    Saúde

    Com que frequência devemos lavar os pés? – 30/03/2025 – Equilíbrio e Saúde

    Brasil ElevePor Brasil Elevemarço 30, 2025Nenhum comentário9 minutos de leitura
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    Quando você entra no chuveiro e pega o sabonete, é justo dizer que algumas partes do corpo provavelmente recebem mais atenção do que outras. A região das axilas, sem dúvida, recebe o tratamento completo de ensaboar, enxaguar e repetir o processo. Os pés, por estarem localizados na extremidade do corpo, podem ser facilmente ignorados. Mas, de acordo com alguns especialistas, os pés merecem a mesma atenção, se não mais.

    Tanto o NHS, sistema público de saúde do Reino Unido, quanto os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA recomendam lavar os pés diariamente com água e sabão. Um dos motivos para esse cuidado meticuloso é evitar o odor. As solas do pé contêm 600 glândulas sudoríparas por centímetro quadrado de pele, mais do que qualquer outra região do corpo. Embora o suor em si não tenha cheiro, ele contém um caldo nutritivo de sais, glicose, vitaminas e aminoácidos, que serve como um banquete para as bactérias que vivem ali. E há muitas bactérias.

    “O pé —especialmente entre os dedos— é um ambiente bastante úmido e quente, portanto, pode ser um terreno fértil para micróbios”, diz Holly Wilkinson, professora de cicatrização de feridas na Universidade de Hull, no Reino Unido. Isso é exacerbado pelo fato de que a maioria das pessoas reveste os pés com meias e calçados, prendendo a umidade lá dentro.

    Se você der um zoom em qualquer centímetro quadrado da pele humana, vai encontrar de 10 mil a um milhão de bactérias vivendo ali. As áreas quentes e úmidas da pele, como os pés, são consideradas “moradias” nobres, e abrigam o maior número de espécies. Os pés são paraísos idílicos para as bactérias Corynebacterium e Staphylococcus, por exemplo.

    Quando se trata de fungos, pés suados são considerados uma utopia para gêneros como Aspergillus (um patógeno frequentemente encontrado no solo), Cryptococcus, Epicoccum, Rhodotorula, Candida (um tipo de levedura que vive naturalmente no corpo, mas pode se tornar um patógeno oportunista), Trichosporon e outros. Na verdade, o pé humano contém uma biodiversidade de espécies de fungos maior do que qualquer outra região do corpo.

    Este é provavelmente um bom motivo para lavar os pés. Em um estudo, pesquisadores analisaram amostras das solas dos pés de 40 voluntários. Eles descobriram que lavar os pés tinha um impacto significativo no número de bactérias. As pessoas que lavavam os pés duas vezes por dia tinham cerca de 8,8 mil bactérias vivendo em cada centímetro quadrado de pele. Aquelas que relataram lavar os pés em dias alternados tinham mais de um milhão de bactérias por centímetro quadrado.

    No entanto, o fato de as solas dos pés estarem repletas de vida microbiana não significa que elas sejam necessariamente malcheirosas ou que haja algo com que se preocupar. Como sempre, o importante não é apenas o número, mas o tipo de bactéria.

    Os Staphylococcus são os principais responsáveis pela produção dos ácidos graxos voláteis (AGV) responsáveis pelo odor dos pés. As glândulas sudoríparas na pele dos pés liberam uma mistura inebriante de eletrólitos, aminoácidos, ureia e ácido lático. As bactérias Staphylococcus consideram isso um verdadeiro banquete e, no processo de alimentação, convertem aminoácidos em AGV.

    A principal substância química responsável é o ácido isovalérico, que tem um odor desagradável que foi descrito como uma “nota distinta de queijo/ácido”. A comparação é adequada, uma vez que muitos queijos contêm uma mistura semelhante de substâncias químicas voláteis.

    Em um estudo de 2014, pesquisadores analisaram amostras dos pés de 16 indivíduos, e descobriram que 98,6% das bactérias presentes nas solas dos pés eram Staphylococcus. Os níveis de AGV, incluindo o principal composto do odor dos pés, o ácido isovalérico, também eram significativamente mais altos na sola do pé, em comparação com o peito (parte superior) do pé.

    De modo geral, o estudo concluiu que a intensidade do mau cheiro dos pés estava correlacionada ao número total de Staphylococcus presentes – outro motivo para recorrer ao sabonete.

    Mas lavar os pés não significa apenas evitar o chulé. Muitas doenças e problemas nos pés podem ser evitados por meio de uma boa higiene.

    “Devido ao pequeno espaço entre os dedos dos pés, essas áreas estão particularmente expostas ao risco de infecções microbianas”, explica Joshua Zeichner, professor de Dermatologia do Hospital Monte Sinai, em Nova York, nos EUA.

    “Isso pode causar coceira, inchaço e mau cheiro. Como a barreira da pele é rompida, isso também pode aumentar o risco de micro-organismos invadirem a pele e causarem infecções mais significativas nos tecidos moles, conhecidas como celulite”, diz ele.

    De acordo com Zeichner, o problema mais comum é o desenvolvimento de pé de atleta, que é uma infecção fúngica superficial da pele dos pés. Os fungos que causam o pé de atleta se proliferam em ambientes quentes, escuros e úmidos – por isso, esta condição costuma afetar mais os espaços entre os dedos dos pés.

    Mantenha esta área limpa e seca, e você vai privar os fungos da sua moradia perfeita. Isso é bom, pois o pé de atleta pode causar uma série de sintomas desagradáveis, como coceira, erupção cutânea escamosa, descamação da pele e rachaduras nas solas dos pés e entre os dedos.

    Manter os pés limpos também pode evitar infecções de pele, como as causadas pelas bactérias Staphylococcus ou Pseudomonas. Embora estas bactérias existam naturalmente na pele, se entrarem na corrente sanguínea por meio de um corte, podem levar a uma infecção grave. Até mesmo uma pequena infecção por Staphylococcus pode causar furúnculos —protuberâncias de pus que se formam sob a pele ao redor dos folículos capilares ou das glândulas sebáceas.

    “Os pés são mais propensos a infecções porque há uma grande quantidade de biomassa de bactérias e, além disso, se você tiver rachaduras ou lesões nos pés, a cicatrização tende a ser muito mais lenta do que em outras áreas do corpo”, observa Wilkinson. “Em uma situação como essa, há uma chance maior de que, se você tiver uma lesão, os patógenos possam entrar na ferida, povoar e se alastrar.”

    Embora infecções de pele ainda possam ocorrer se você tiver uma boa higiene dos pés, a lavagem regular reduz o número de bactérias presentes. E, se você sofrer um corte, haverá menos micróbios por perto para entrar na corrente sanguínea.

    A lavagem frequente dos pés é especialmente importante se você sofre de diabetes, uma condição que torna as pessoas propensas a úlceras e infecções de pele. Pesquisas mostram que os pés de pacientes diabéticos contêm uma proporção maior de bactérias patogênicas residindo na pele.

    “Elas ficam lá esperando uma oportunidade para causar uma infecção. Por isso, é muito importante que as pessoas com diabetes mantenham a higiene dos pés em dia, uma vez que correm mais risco de desenvolver infecções por causa disso”, adverte Wilkinson.

    Para piorar a situação, as pessoas com diabetes também têm uma resposta imunológica prejudicada —então, se elas contraem uma infecção, seu corpo não consegue combatê-la. Os pacientes com diabetes também são propensos a cortes, feridas e lesões nos pés que não cicatrizam. Se isso não for detectado no início, pode ser necessário amputar dedos, o pé ou até mesmo membros.

    “Se o diabetes não for controlado, pode haver danos aos nervos dos pés, o que faz com que você não consiga sentir os pés adequadamente”, afirma Wilkinson. “Apenas o ato de lavar os pés permite que você verifique adequadamente se há alguma pequena abrasão ou ressecamento que possa contribuir para uma infecção.”

    Por este motivo, Wilkinson —e instituições beneficentes como a Diabetes UK— recomendam que os pacientes com diabetes lavem os pés todos os dias.

    Mas e o restante das pessoas? Alguns especialistas argumentam que, na maioria dos casos, lavar os pés todos os dias oferece poucos benefícios à saúde, e pode até aumentar o risco de problemas de pele.

    Afinal de contas, a pele depende de sua comunidade de micróbios úteis para realizar funções essenciais. Eles repelem bactérias nocivas, produzem lipídios que mantêm a pele hidratada e macia, e até ajudam na reparação de feridas. Lavagens e esfoliações intensas podem remover essas espécies benéficas, especialmente se a água estiver quente.

    Como resultado, a pele pode ficar ressecada, irritada ou com coceira. A pele rachada pode permitir que as bactérias rompam a barreira cutânea geralmente impenetrável, aumentando as chances de infecções.

    “Lavar a pele em excesso pode romper a barreira cutânea, retirando os óleos naturais da pele e contribuindo para o ressecamento e a inflamação”, diz Zeichner. Isso causa coceira e ressecamento da pele, e pode exacerbar condições como eczema.

    “Também é importante não esfregar ou esfoliar excessivamente a pele dos pés”, adverte Zeichner. “Os calos se desenvolvem devido ao trauma diário. Mas, na verdade, eles protegem os pés do ambiente. A remoção de calosidades elimina essa proteção.”

    Também existe a preocupação de que os sabonetes antibacterianos possam perturbar o delicado equilíbrio dos microrganismos na pele, matando as espécies benéficas e permitindo o surgimento de cepas patogênicas mais resistentes aos antibióticos.

    Por fim, nosso sistema imunológico precisa ser desafiado até certo ponto por micróbios para fazer seu trabalho. Se não entramos em contato com um fluxo constante de bactérias e vírus na infância, nosso corpo não aprende a responder adequadamente aos ataques. Alguns especialistas acreditam que tomar banho com muita frequência pode ser contraproducente para você por este mesmo motivo.

    Isso nos deixa com a eterna questão: com que frequência devemos lavar os pés? A resposta depende, até certo ponto, de cada indivíduo.

    “Para pessoas com diabetes, é 100% recomendado lavar os pés todos os dias”, diz Wilkinson. “Mas se você não tiver nenhuma condição subjacente, os dermatologistas tendem a recomendar que a cada dois dias é mais do que suficiente para manter uma boa higiene, sem retirar muito dos óleos naturais da pele.”

    Mas Wilkinson ressalta que se você gosta de correr ou se exercitar na academia, obviamente vai precisar lavar os pés com mais regularidade do que alguém que é menos ativo. Também não é apenas a frequência da lavagem que é importante. A maneira como você lava e seca os pés também tem implicações para a saúde.

    “Muita gente acha que se você tomar banho e deixar a água escorrer, isso é lavar os pés, mas não é —você precisa lavar fisicamente os pés com água e sabão”, adverte Wilkinson.

    No entanto, de acordo com o médico Dan Baumgardt, professor de Neurociência e Fisiologia da Universidade de Bristol, no Reino Unido, a coisa mais importante é garantir que sequem os pés adequadamente.

    “Quando há umidade ou aquosidade entre os dedos dos pés, que permanecem ali em um ambiente quente, você está propenso a desenvolver coisas como pé de atleta e outras infecções fúngicas”, alerta Baumgardt.



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