A infame “guerra” entre millennials e a geração Z encontrou um novo campo de batalha nas últimas semanas, com uma disputa surgindo no TikTok sobre roupas de treino.
Existem dois grupos: pessoas que gostam de usar roupas justas na academia —pense em leggings e uma regata bem ajustada— e pessoas que preferem conjuntos mais largos. De acordo com alguns usuários no TikTok, essas preferências seguem linhas geracionais, com as mulheres millennials favorecendo as roupas mais justas.
Como em todas as tendências geracionais, essas divisões são frágeis na melhor das hipóteses. No entanto, em uma plataforma como o TikTok, onde a raiva e as discussões são frequentemente as moedas do reino, elas podem se espalhar rápida e amplamente, mesmo que a maioria das pessoas não sinta realmente fortes alianças com nenhum dos lados.
O debate sobre a aderência das roupas, tanto para a academia quanto para o uso diário, vem se formando há anos. Tornou-se mais popular recentemente graças a um som no TikTok —uma voz dizendo “aprovado” várias vezes antes de chegar a “não sei”— que as pessoas têm usado para modelar diferentes roupas que gostam ou não gostam.
Nos vídeos, as mulheres costumam usar conjuntos justos quando chega ao “não sei”.
Alguns usuários millennials do TikTok demonstraram suas roupas de treino justas preferidas e proclamaram seus méritos ou expressaram surpresa ao saber que suas roupas de treino ideais podem fazer com que algumas pessoas os vejam como mais velhos.
Um usuário da geração Z modelando diferentes combinações descreveu uma roupa justa como “parecendo ensino fundamental”.
Em alguns comentários nesses vídeos, os usuários parecem estar debatendo menos sobre a própria roupa do que sobre tipos de corpo que não aderem aos padrões tradicionais de beleza magra.
Os cismas fashion entre millennials e a geração Z há muito são debatidos acaloradamente, com discussões sobre tudo, desde a altura das meias até os jeans skinny. (Antes que você pergunte: meias invisíveis são para millennials, e meias de cano médio são para o público mais jovem.) O ciclo vertiginosamente rápido da internet também levou alguns membros da geração Z a se desiludirem completamente com as chamadas tendências.
Stephanie Zambrana, que tem 28 anos e mora em Miami, recentemente postou um vídeo no TikTok incentivando as pessoas a usarem o que quiserem e a não serem influenciadas pelo algoritmo. Ela diz que a regularidade das brigas infladas na internet entre grupos etários as torna mais fáceis de identificar e criticar.
“Por que algo sempre tem que se tornar maior do que realmente é?”, ela diz em uma entrevista por telefone. “Por que as pessoas não podem simplesmente usar o que querem, o que as faz se sentirem confortáveis?”
Zambrana diz que prefere roupas totalmente justas para ajudá-la a ver melhor seus movimentos físicos durante os treinos.
Alexa Amiel, 23, postou um vídeo igualmente crítico e observou que esses debates são frequentemente pautados por gênero.
“É frustrante ver que essas discussões são sempre direcionadas às mulheres e que estamos constantemente tentando descobrir qual é a próxima tendência”, diz Amiel, que mora em Lenexa, Kansas, em uma entrevista por telefone.
Como membro da geração Z, ela também está ciente de que o tempo de sua geração para ser declarada ultrapassada está chegando rapidamente.
“Quanto tempo vai demorar até que a geração Alpha comece a dizer, tipo, ‘meu Deus, não acredito que eles estavam usando esses tipos de jeans largos ou que são obcecados pela risca do meio?'” ela diz. “Não vejo isso como algo muito distante no futuro.”