Fechar menu
Brasil Eleve

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias do Brasil Eleve

    O que há de novo

    Mesmo com taxa Selic alta, BC tem desafio para conter inflação

    maio 20, 2025

    Gripe aviária não deve impactar preço da carne de frango, diz ministro

    maio 19, 2025

    Ibama aprova pesquisa da Petrobras na Foz do Amazonas

    maio 19, 2025
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube
    Brasil Eleve
    Anunciar
    • Início
    • Últimas notícias
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Internacional
    • Política
    • Contato
      • Política de Privacidade
      • Termos de Uso
    Brasil Eleve
    Home » Gripe aviária se espalha pela Antártida – 13/03/2025 – Ambiente
    Meio Ambiente

    Gripe aviária se espalha pela Antártida – 13/03/2025 – Ambiente

    Brasil ElevePor Brasil Elevemarço 13, 2025Nenhum comentário6 minutos de leitura
    Compartilhar
    Whatsapp Facebook Twitter LinkedIn Pinterest E-mail Link de cópia


    A bordo do veleiro Australis, oito cientistas passaram seis semanas navegando ao redor da península Antártica, a parte do continente gelado mais acessível e próxima da América do Sul. Vestidos da cabeça aos pés em roupas de proteção que mais parecem saídas de um filme de ficção científica, eles desembarcaram em diversas praias e ilhas testando animais para o H5N1, o subtipo do vírus da gripe aviária que vem matando centenas de milhões de aves e mamíferos pelo mundo.

    De 27 locais visitados, os cientistas encontraram cerca de 200 aves e mamíferos infectados em 24, indicando que o vírus se espalhou amplamente por toda a península. Entre as vítimas estão animais de 13 espécies, incluindo pinguins, gaivotas, albatrozes, mandriões e focas.

    Planeta em Transe

    Uma newsletter com o que você precisa saber sobre mudanças climáticas

    “Esse é definitivamente o maior surto já reportado na Antártida, afetando quase todas as espécies de animais”, diz Antonio Alcamí, biólogo molecular do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha e líder da expedição, que contou com a participação de quatro brasileiros.

    Por muito tempo, a remota Antártida pareceu a salvo da epidemia de gripe aviária que vem assolando o planeta desde 2021. Mas tudo mudou quando, no final de 2023, o vírus, que já havia deixado um rastro de milhares de mortes em elefantes-marinhos e aves na América do Sul, chegou a ilhas subantárticas, como a Geórgia do Sul.

    Em fevereiro de 2024, foram registrados os primeiros casos da doença no continente, em dois mandriões encontrados mortos perto da base de pesquisa argentina.

    Até o final do último verão, quando grande parte das espécies se reproduzem na Antártida, 60 casos haviam sido confirmados por diferentes grupos de pesquisa e uma primeira expedição do Australis.

    A maioria das detecções foi feita no norte da península. Mas o monitoramento foi escasso e terminou por volta de março de 2024, quando o inverno austral começou e cientistas que trabalham sazonalmente em bases de pesquisa deixaram o continente.

    Para tentar entender o que aconteceu depois disso, o Australis se lançou ao mar em janeiro contando com um laboratório a bordo capaz de detectar RNA viral (material genético do vírus) em amostras de animais vivos e mortos.

    O trabalho de coleta envolveu escalada de precipícios enlameados para coletar amostras de fezes de pinguins e cutucar com longos cotonetes o nariz de focas dormindo sobre icebergs. De 846 amostras coletadas em toda a costa oeste da península e no mar de Wendell, na costa leste, os pesquisadores identificaram 188 positivos.

    Os mandriões foram os mais afetados, provavelmente porque se alimentam de carcaças que podem estar infectadas. Os pesquisadores se depararam com grande mortalidade dessa ave, especialmente nas regiões mais ao sul da península, indicando que o vírus pode ter chegado a essas áreas mais recentemente. Na baía Margarida, no lado oeste da península, eles encontraram 172 mandriões mortos.

    “A gente não dava três passos sem encontrar animais mortos” diz Carol Pessi, patologista veterinária e mestranda da USP (Universidade de São Paulo).

    Outra brasileira presente na expedição, a veterinária Joana Ikeda do Instituto Mamíferos Aquáticos, teve a impressão de que a população de mandriões diminuiu drasticamente em relação a relatos históricos. “O status de conservação muito provavelmente vai cair para ameaçado de extinção”, ela diz.

    Os pesquisadores se surpreenderam com a variedade de animais infectados no arquipélogo Armstrong Reef, considerado uma área de proteção internacional por abrigar milhares de pinguins-de-adelaide e centenas de biguás-antártico —uma espécie endêmica, encontrada somente no continente. Lá, eles identificaram 29 positivos, incluindo essas duas espécies, além de petréis-gigantes, gaivotas, e mandriões.

    Cientistas temem que o vírus possa ser uma grande ameaça para a fauna local, pois muitos desses animais vivem em colônias densamente habitadas por várias espécies, facilitando a transmissão do vírus.

    Dimensionar esse impacto, no entanto, é um desafio. Isso porque não há dados suficientes e atualizados sobre o tamanho e a localização de grande parte das espécies de aves e focas no continente, diz a veterinária argentina Marcela Uhart, da Universidade da Califórnia Davis, que não participou do estudo. No caso dos mandriões-do-sul, por exemplo, o último levantamento é de 1984.

    Ainda assim, o impacto será sentido no ecossistema, Uhart alerta. “Mandriões são os faxineiros da Antártida”, ela diz. “Sem eles, vão ter carcaças por todo lado.”

    Por enquanto, não há indícios de que o vírus possa ter se espalhado além da península. Mas é difícil saber se o vírus não está realmente presente ou se não foi detectado porque não há monitoramento amplo o suficiente. A Antártida é 1,6 vezes maior que o Brasil e praticamente desabitada, com exceção de algumas bases de pesquisa que em sua maioria não possuem os equipamentos necessários para testagem.

    “Na verdade, nós não sabemos até onde o vírus se espalhou e se houve mortalidade maior em locais que ninguém visitou”, diz a bióloga Meagan Deward da Federation University, na Austrália.

    No final de 2024, foram registrados casos na ilha subantártica de Kerguelen, no oceano Índico, no meio do caminho entre a África do Sul e a Austrália. A ilha pode representar uma nova porta de entrada do vírus para outras partes do continente gelado e para a Oceania, o único continente que ainda não tem casos de gripe aviária registrados em animais silvestres.

    Para Alcamí, as detecções feitas pelo seu time são apenas a ponta do iceberg. Ele aponta que contabilizar a mortalidade de animais marinhos é muito difícil. Focas, por exemplo, podem facilmente morrer no mar sem deixar traços.

    No ano passado, um operador de turismo reportou mais de cem focas-caranguejeiras mortas sobre o gelo marinho no mar de Wenddell. A equipe do Australis encontrou três carcaças infectadas com vírus na mesma região. “Os nossos números contam só uma parte da história”, diz o pesquisador.

    Surpreendentemente, os pinguins, não parecem ter sido muito afetados. Apesar de casos suspeitos de mortalidade em massa terem sido registrados no ano passado, neste ano a expedição não encontrou muitos mortos. No entanto, isso não quer dizer que essas aves não estão infectadas.

    Usando bombas portáteis que filtram partículas de vírus no ar, os pesquisadores observaram alta concentração do vírus da gripe aviária em colônias de pinguins que pareciam saudáveis. Os pesquisadores acreditam que os animais adquiriram imunidade contra o vírus e estão assintomáticos, mas ainda capazes de transmitir a doença, inclusive para humanos.

    Alcamí alerta que pesquisadores e turistas no continente precisam tomar as medidas cabíveis de proteção, como o uso de máscaras, para evitar a contaminação. Mais de 120 mil turistas visitaram o continente no ano passado, de acordo com a Associação Internacional de Operadores de Turismo da Antártida.

    Os pesquisadores esperam ter mais respostas com análises futuras de amostras de sangue coletadas na viagem. Necrópsias realizadas pelos brasileiros também vão ajudar a entender como diferentes cepas virais afetam cada parte do organismo, e por que diferentes espécies são mais ou menos resistentes ao vírus.

    Segundo a veterinária da USP Aricia Benvenuto, a maioria dos estudos já sobre gripe aviária em animais silvestres na Antártida e América Latina não inclui necrópsias. “Ter uma equipe que foi lá para fazer necrópsias é um salto muito grande para a pesquisa de influenza nessa epidemia”, ela diz.



    Source link

    Compartilhar. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr E-mail Link de cópia

    Related Posts

    Pesquisa neutraliza efeitos do aquecimento global em pasto – 20/05/2025 – Ciência

    maio 20, 2025

    MPF aponta falha em plano de exploração de gás na Amazônia – 20/05/2025 – Ambiente

    maio 20, 2025

    Novo licenciamento não prejudica ambiente, diz relatora – 20/05/2025 – Ambiente

    maio 20, 2025

    PL do licenciamento ambiental contraria decisões do STF – 20/05/2025 – Ambiente

    maio 20, 2025

    Exploração de madeira em região das árvores gigantes no PA tem multas de R$ 9,8 mi e acusação de fraude – 19/05/2025 – Ambiente

    maio 19, 2025

    Pequenas fazendas verticais ganham espaço nos EUA – 19/05/2025 – Ambiente

    maio 19, 2025

    Assine para atualizações

    Receba as últimas notícias criativas sobre arte e design.

    Últimas postagens
    Manter contato
    • Facebook
    • Twitter
    • Pinterest
    • Instagram
    • YouTube
    • Vimeo
    Não perca

    Casei com um príncipe, me separei de um sapo – 20/05/2025 – Joanna Moura

    maio 20, 2025

    Sentada à minha frente, Bia, recém-solteira, reclamava daquele homem, que até outro dia frequentava minha…

    Hugo Motta não quer embate da Câmara com o STF

    maio 20, 2025

    Gene pode explicar porque homens são maiores que mulheres – 20/05/2025 – Equilíbrio

    maio 20, 2025

    Recent Posts

    • Casei com um príncipe, me separei de um sapo – 20/05/2025 – Joanna Moura
    • Hugo Motta não quer embate da Câmara com o STF
    • Gene pode explicar porque homens são maiores que mulheres – 20/05/2025 – Equilíbrio
    • Gene pode explicar porque homens são maiores que mulheres – 20/05/2025 – Equilíbrio
    • Tinder lança linha de emergência para mulheres no Brasil – 20/05/2025 – Tec

    Recent Comments

    Nenhum comentário para mostrar.
    maio 2025
    D S T Q Q S S
     123
    45678910
    11121314151617
    18192021222324
    25262728293031
    « abr    
    Sobre nós
    Sobre nós

    Brasil Eleve - Informação de Crescimento um portal de notícias sobre economia, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal.

    Envie-nos um e-mail: contato@brasileleve.com

    Facebook Instagram Pinterest YouTube
    Nossas escolhas

    Ainda não entendi a escolha do novo presidente da CBF – 20/05/2025 – Tostão

    maio 20, 2025

    Teste de sexo biológico no atletismo é alvo de críticas – 20/05/2025 – Esporte

    maio 20, 2025

    Futuro presidente da CBF perdeu 2 eleições para deputado – 19/05/2025 – Esporte

    maio 19, 2025
    Mais popular

    UE aprova 17º pacote de sanções contra a Rússia

    maio 20, 2025

    Países europeus pressionam UE por “medidas” contra Israel

    maio 20, 2025

    Efeito Trump? Direita nacionalista avança na Europa

    maio 19, 2025
    Copyright © 2024. Todos os Direitos Reservados por bomscript.com.br
    • Início
    • Contato

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.