Quando ficou definido que o mais antigo clássico de São Paulo seria uma das a semifinais do Paulistinha, o Corinthians era o favorito na bolsa de apostas. Fundamentalmente por jogar em casa, mesmo que o Santos já tivesse Neymar mais entrosado com o time e melhor fisicamente.
Depois do fiasco em Guayquil, e a vaga para seguir na Libertadores por um fio, o prognóstico mudou: no mínimo as chances se dividiam, porque Itaquera dificilmente jogaria pelo time tão inconfiável.
O Santos chegava pronto, descansado, menos pressionado e com Neymar certo de que os adversários o temem mais do que ele os teme, como deixou claro em entrevista.
Só que ele foi para o banco, prova de que Dorival Júnior se precipitou ao convocá-lo.
Alivio para a Fiel e mais competitividade para o Santos, com menos arte.
Ao abrir o placar logo no 11º minuto em jogada do trio MYG pareceu que as coisas seriam tranquilas para os corintianos.
Ledo engano, porque Tiquinho empatou 27 minutos depois, em mais uma bola aérea fatal na área do rival.
Em segundo tempo quente, Garro fez o 2 a 1 que classifica o Corinthians para a final e dá esperança de milagre contra o Barcelona.
Choque-Rei
Que o Palmeiras é o favoritaço nesta noite até o são-paulino sensato está de acordo. E não é porque o clássico será disputado numa segunda-feira, embora o fato ser disputado em gramado sintético o favoreça.
Se for coerente com sua pregação, Abel Ferreira não escalará Vitor Roque como titular, porque quem chegou ontem não pode sentar tão rapidamente na janelinha.
No segundo tempo serão outros quinhentos.
Taças encaminhadas
O torcedor do Galo já encomendou as faixas e comemora o hexacampeonato mineiro depois de golear o América por 4 a 0.
O Atlético chega ao hexa pela segunda vez e repete a façanha alcançada em 1983, coisa que o rival Cruzeiro jamais conseguiu, ao se limitar a um pentacampeonato, com o timaço de Tostāo e Dirceu Lopes, em 1969.
Será o 50° título estadual atleticano, para coroar seu terceiro penta.
Imagine a frustração do torcedor americano nesta semana que antecede o jogo de volta em sua casa.
Melhor será se abrir mão do mando e deixar que a festa seja outra vez no Mineirão, sem ilusão de que pode reverter o quadro e sem orgulho bobo de se render ao mais lucrativo.
Também o Inter está muito perto de quebrar a série de sete títulos consecutivos do Grêmio depois de derrotá-lo na casa dele, vencer por 2 a 0 diante de 51 mil torcedores e sob 37º graus no verão porto-alegrense.
Pode agora o Colorado perder por um gol de diferença, no Beira-Rio, e mesmo assim evitar a chegada do rival ao octacampeonato, primazia vermelha em 1976, com o timaço de Figueroa e Falcão.
No Rio nada está decidido.
Embora o Flamengo seja favorito, o Fluminense parece em ascensão e ultimamente tem surpreendido o adversário.
Se Bruno Henrique, depois de sair machucado na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, ficar fora dos clássicos, o primeiro nesta quarta-feira (12), o segundo no fim de semana, a vantagem rubro-negra de jogar por dois resultados iguais pode ir por água abaixo.
Enfim, o melhor de tudo mesmo, com o fim dos estaduais, está no fato de eles chegarem ao fim e o Campeonato Brasileiro estar na porta.
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