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    Home » Vesúvio entrou em erupção, mas quando exatamente? – 09/03/2025 – Ciência
    Ciência

    Vesúvio entrou em erupção, mas quando exatamente? – 09/03/2025 – Ciência

    Brasil ElevePor Brasil Elevemarço 9, 2025Nenhum comentário6 minutos de leitura
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    Quando o Vesúvio entrou em erupção em 79 d.C., avalanches de cinzas e púmice —rochas vulcânicas—, assolaram Pompeia, deslocando cerca de 15 mil habitantes e matando pelo menos outras 1.500.

    Os detritos vulcânicos “se espalharam pela terra”, escreveu o advogado romano Plínio, o Jovem, e cobriram a cidade em uma escuridão “como o preto de quartos fechados e sem luz”.

    Em dois dias, Pompeia havia desaparecido, deixando pouco mais do que uma lenda até 1748, quando a descoberta acidental de uma linha d’água resultou na primeira escavação.

    Em seu livro de viagens do final do século 18 “Viagem à Itália“, Johann Wolfgang von Goethe observou que nenhuma calamidade na história havia proporcionado maior entretenimento à posteridade do que a erupção que enterrara Pompeia.

    Para arqueólogos e outros estudiosos, esse entretenimento envolveu discutir praticamente todos os aspectos do desastre. E, por enquanto, eles ainda não chegaram a um consenso sobre o dia em que o Vesúvio entrou em erupção, sobre a altura da nuvem gerada por ela ou sobre o comprimento e a agressividade das explosões.

    Dois novos projetos de pesquisa oferecem mais elementos para esse debate.

    Um relatório publicado recentemente pelo Parque Arqueológico de Pompeia ressuscitou a ideia antes amplamente aceita de que o desastre começou a se desenrolar em 24 de agosto, data proposta por Plínio, que tinha 17 anos quando testemunhou o evento de uma vila do outro lado da baía de Nápoles. Suas cartas ao historiador Tácito, escritas mais de 25 anos após o fato, são o único relato de primeira mão sobrevivente e os únicos documentos que oferecem uma data precisa.

    Não temos mais as versões originais, apenas traduções e transcrições de cópias, a primeira das quais foi feita no século 5°.

    “Muitos manuscritos das cartas de Plínio chegaram até nós com datas diferentes”, disse a classicista Daisy Dunn. Sua biografia de 2019 sobre Plínio, “The Shadow of Vesuvius” (a sombra do Vesúvio), é o guia definitivo a respeito dele e de seu tio, o naturalista Plínio, o Velho, que morreu durante a erupção. “O 24 de agosto foi escolhido como o mais seguro em termos textuais”, afirmou Dunn.

    Ao manter a posição de Plínio, o parque recuou em relação a parte do entusiasmo recente por 24 de outubro como uma possível data de início da erupção, uma hipótese que havia sido alimentada pela descoberta em 2018 de uma inscrição em uma parede da recém-escavada Casa do Jardim.

    A inscrição a carvão registra uma data que se traduz para 17 de outubro no calendário moderno, sugerindo que a erupção pode ter ocorrido após esse período. Mas não especificava um ano.

    Massimo Osanna, diretor-geral do parque na época dessa descoberta, estava convencido de que a inscrição havia sido feita uma semana antes da explosão. “Essa descoberta espetacular finalmente nos permite datar, com confiança, o desastre.”

    Dunn, porém, achou improvável que Plínio tivesse esquecido uma data tão importante.

    As cartas de Plínio

    A recente mudança de posicionamento do parque se baseou em parte em uma análise forense das cartas de Plínio feita pelo classicista Pedar Foss, da Universidade DePauw, em Indiana (Estados Unidos).

    Para seu livro de 2022, “Pliny and the Eruption of Vesuvius” (Plínio e a erupção do Vesúvio), o autor examinou 79 manuscritos antigos das cartas e mapeou como os erros textuais haviam sido agravados.

    Foss concluiu que um simples erro de um copista, feito na década de 1420, de trocar um “u” por um “n” resultou em uma data de erupção incorreta de 1º de novembro. O erro apareceu na segunda edição impressa das cartas de Plínio, em 1474, e deu origem a mais leituras incorretas.

    Até o século 20, sete possibilidades diferentes estavam em circulação —oito, contando com 9 de novembro, que Mark Twain propôs em “The Innocents Abroad”, seu relato de viagem de 1869.

    “Essas muitas opções davam a aparência de dúvida sobre o que Plínio realmente escreveu, mas, após o exame, fui capaz de explicar cada uma das alternativas equivocadas”, disse Foss.

    Quanto ao rabisco da Casa do Jardim, em 12 de outubro de 2023, pesquisadores comissionados pelo sucessor de Osanna, Gabriel Zuchtriegel, deixaram sua própria mensagem de carvão na mesma parede em que a inscrição anterior apareceu. Dez meses depois —em 24 de agosto— o texto ainda estava perfeitamente legível.

    “A inscrição poderia ter sido colocada na parede durante outubro de qualquer ano anterior”, disse Foss.

    Cronologia do desastre

    O vulcanologista Claudio Scarpati, da Universidade de Nápoles Federico II, defende a data tradicional. “Para mim, a erupção ocorreu em agosto, em um dia ensolarado.”

    Ele é o autor principal de dois estudos recentes sobre a catástrofe publicados no Journal of the Geological Society. Um deles ofereceu uma reconstrução hora a hora, estendendo a cronologia para 32 horas a partir das 19 anteriormente estimadas. O outro revelou uma sequência com 17 correntes distintas de fluxos piroclásticos —fragmentos de rocha lançados por erupções vulcânicas—, muitas delas anteriormente não documentadas.

    Segundo Scarpati, ao contrário do que se acredita popularmente, os pompeanos não foram nem enterrados por lava derretida nem envenenados por gás. “Nenhuma lava chegou a Pompeia, e o gás era predominantemente água vaporizada e, em menor medida, dióxido de carbono”, disse ele. “De acordo com nossos estudos, as vítimas morreram principalmente por asfixia causada pela inalação de cinzas.”

    Para analisar a distribuição e o volume das camadas de cinzas e púmice, a equipe mediu a espessura das camadas individuais em uma área de 2.000 quilômetros ao redor do Vesúvio. Os depósitos registraram pulsos dramáticos e cada vez mais violentos do vulcão.

    Ao meio-dia do primeiro dia, o Vesúvio começou a lançar uma pluma vulcânica, conhecida coluna de erupção. A nuvem que Plínio observou às 13h era típica do que agora é conhecido como uma erupção pliniana, em homenagem ao seu testemunho detalhado.

    Durante as primeiras 17 horas, Scarpati disse que Pompeia foi coberta por fragmentos de rochas presentes nessa nuvem. Às 14h, o vulcão começou a expelir púmice misturado com gás. Nas próximas quatro horas, os telhados começaram a desabar devido ao peso dos fragmentos, fazendo com que algumas paredes de suporte também desmoronassem.

    A erupção atingiu o pico quando a coluna chegou a 34 quilômetros de altura, por volta da 1h do segundo dia. Ao amanhecer, enormes quantidades de cinzas finas e fragmentos de rocha colapsaram a coluna, formando fluxos piroclásticos.

    Durante uma breve pausa, os pompeianos presumivelmente tentaram fugir da cidade. Então, logo após as 7h, uma espessa mistura de cinzas foi expelida por nove horas, espalhando detritos por 26 quilômetros pela planície e até as montanhas Lattari. Em Pompeia, muitas vítimas do vulcão foram encontradas nas ruas envoltas nessa camada.

    A erupção cessou às 20h.

    A confusão envolvendo o Vesúvio pode continuar indefinidamente, mas, ao contrário das cartas de Plínio, a história geológica da erupção parece ter sido escrita em pedra.



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