O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), teve o pior desempenho dentre as gestões avaliadas na nova pesquisa da Genial/Quaest. Natural de Santos (SP), o político teve 48% de desaprovação popular. Além disso, a população fluminense se posicionou como a menos otimista, com 62% acreditando que o estado está pior em relação a outros do país.
Como resultado, Castro terá dificuldades para eleger um sucessor no pleito de 2026. O levantamento aponta que 52% dos fluminenses acreditam que ele não merece que sua indicação ao governo do Rio de Janeiro seja eleita em 2026.
Segundo o jornal Estadão, Castro sinalizou no último dia 12 que pode apoiar a candidatura de Rodrigo Bacellar (União), o atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Sem planos para reeleição no próximo ano, o santista também apontou recentemente a sua intenção de se candidatar ao Senado.
Segurança pública é reprovada por 59% dos fluminenses
Entre os oito estados nos quais a Genial/Quaest foi a campo para entrevistar a população, o Rio de Janeiro se destaca negativamente com a pior avaliação na área da segurança pública. Para 59% dos fluminenses, as ações de segurança desenvolvidas pelo governo de Cláudio Castro são consideradas negativas. Outros 29% responderam que a avaliação para o segmento é regular, enquanto para 12% é positiva.
A saúde pública é outra área de atenção: 46% avaliam a área de atuação do governo estadual como negativa, 38% como regular e 16% como positiva. A geração de emprego e renda é classificada como negativa para 31% dos entrevistados no Rio de Janeiro. Outros 47% responderam que a avaliação para a área é regular e 22% que é positiva.
A educação recebeu 33% de reprovação e a área de infra e mobilidade 27% de avaliação negativa. Nos dois casos, a avaliação regular foi a mais respondida (43% e 44%, respectivamente).
Foi na área de atração de empresas que o governo de Cláudio Castro teve o maior percentual positivo, de 30%, e mesmo assim muito abaixo dos demais governadores avaliados pela Quaest/Genial. No Paraná, de Ratinho Junior (PSD), a avaliação popular para esse mesmo segmento chegou a 65% de aprovação.
- Metodologia: A pesquisa ouviu 1.644 pessoas em São Paulo; 1.482 em Minas Gerais; 1.400 no Rio de Janeiro; 1.400 no Rio Grande do Sul; 1.200 na Bahia, e 1.104 no Paraná, em Goiás e Pernambuco. As entrevistas foram realizadas entre os dias 19 e 23 de fevereiro.
Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais
A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população.
Métodos de entrevistas, composição e número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar no resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.
Pesquisas publicadas nas últimas eleições, por exemplo, apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna. Feitos esses apontamentos, a Gazeta do Povo considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.