Investing.com – Analistas do Itaú BBA revisaram a estratégia na cobertura de bens de capital, elevando as ações da Iochpe-Maxion (BVMF:) e rebaixando Randon (BVMF:). Marcopolo (BVMF:) segue a preferida no setor, de acordo com relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta-feira, 15 de janeiro.
Iochpe foi atualizada de market perform (neutra) para outperform (equivalente à compra), com preço-alvo de R$16. Enquanto isso, Randon foi cortada de outperform para market perform, com preço-alvo de R$9,50.
Também são consideradas outperform Marcopolo, com preço-alvo de R$10,5; Tegma (BVMF:), com preço-alvo de R$44, e Fras-Le (BVMF:), com preço-alvo de R$27.
“Marcopolo e Tegma têm balanços desalavancados e microfatores sólidos para enfrentar o cenário de taxas mais altas em 2025, com a primeira sendo negociada a um dividend yield de 7%, enquanto a última está mais perto de 13%, tanto em uma base recorrente quanto substancialmente acima de seus níveis históricos”, esclarecem os analistas do banco.
“A Fras-le continua sendo um caso convincente de resiliência, enquanto a Iochpe é uma história de desalavancagem devido à queda do capex e uma avaliação atraente (embora a assimetria para os volumes da empresa seja negativa)”, completam os analistas Gabriel Rezende, Daniel Gasparete e Pedro Tineo.
São market perform, ainda, Tupy (BVMF:), com preço-alvo de R$22, e Metal Leve (BVMF:), com preço-alvo de R$30. Apesar do valuation favorável, os analistas afirmam que “o consenso deve reduzir os resultados financeiros da Randon em 2025 em mais de 20%, enquanto a Tupy e a Metal Leve podem ser impactadas pelos baixos volumes na América do Norte e na Europa”.
Juros em alta – dinheiro é rei
O banco considera as histórias de desalavancagem como melhores opções diante do cenário de juros elevados e expectativa de que a Selic chegue próxima de 15% neste ano.
A Marcopolo e Tegma são top picks no espaço automotivo. “A Marcopolo está se beneficiando de um novo patamar de preços em seu segmento, permitindo margens duas vezes maiores do que no passado, sem sinais de deterioração”, destacam os analistas, que estimam um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão e payout de 50%, com dividend yield de 7% para 2025.
Enquanto isso, a Tegma teria caixa líquido deve apresentar dividend yield de 13% para 2025, enquanto a estimativa para a Fras-le é de um CAGR de lucro líquido de 25% de 2025 a 2028.
Os analistas reconhecem desafios no mercado externo para a Iochpe, que pode estar em um ponto crítico em sua geração de caixa. No entanto, avaliam o valuation como atrativo e esperam diminuição na alavancagem de 2,6x no 3T24 para 2x até o final de 2025.
“Seu nível atual de capex está oscilando em torno de R$ 600 milhões, mas deve cair substancialmente para R$ 150 milhões em 2026, pois não há projetos relevantes a serem entregues em breve”, concluem.
Para Randon, os ventos favoráveis no cenário agrícola e a consolidação dos M&As seriam mais do que compensados pela alta na Selic. A expectativa do IIaú BBA é de que a empresa eleve a relação da dívida líquida/EBITDA para 3x após a consolidação da Kuo e da EBS – o que pode afetar as projeções de lucros para baixo em torno 20%.
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