Você dorme com o mesmo travesseiro há anos? Então, muito provavelmente já está na hora de trocá-lo.
A seguir, entenda quando é preciso fazer a substituição, de acordo com especialistas.
Quanto tempo dura um travesseiro?
A durabilidade depende de diferentes fatores, como o material com que o produto foi feito, sua qualidade, o modo de uso e os cuidados com a higienização.
A maioria dos travesseiros deve ser trocada depois de um ou dois anos de uso, afirma Débora Fernandes, diretora-executiva do Iner (Instituto Nacional de Estudos do Repouso). “Como não há uma data de validade precisa, recomendamos ficar atento a alguns sinais de que seu travesseiro precisa ser substituído e nas suas sensações ao se deitar nele.”
Quais são sinais de que é hora de trocar o travesseiro?
- Superfície irregular;
- Formação de “bolotas” no interior do travesseiro;
- Enchimento mais baixo e achatado;
- Manchas e mudança na coloração;
- Odores;
- Aspecto oleoso ou pegajoso;
- Dores no pescoço ou nos ombros;
- Crises alérgicas.
Por que é importante trocar o travesseiro?
Para quem dorme de lado, o travesseiro deve preencher o espaço entre o pescoço e o colchão, mantendo a coluna alinhada. Com o tempo, o material pode sofrer uma deformação e ficar mais baixo, provocando dores na região do pescoço.
“Você pode perder essa altura e a cabeça adotar uma posição um pouco mais extrema, sobrecarregando algum grupo muscular por relaxamento durante o período noturno. Você baixa muito a cabeça e aquele músculo passa a ser mais esticado, mais tensionado. E isso pode dar dor”, explica Fernando Façanha Filho, especialista em coluna e segundo vice-presidente da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).
Além disso, o travesseiro é um objeto propício para a proliferação de ácaros, fungos e bactérias, em razão do contato com restos de pele, pelos e secreções do corpo. Há algumas ações que ajudam a minimizar a presença de micro-organismos, mas não a eliminá-los totalmente.
Deixar o travesseiro, sem capa ou fronha, durante o dia em um local arejado ajuda. Colocá-lo sob o sol mata apenas os micro-organismos na camada superior do travesseiro, mas não aqueles que estão no interior dele —e que logo chegam à superfície novamente—, ressalta Leonardo Oliveira Mendonça, alergista do Hospital Nove de Julho.
A medida mais efetiva é usar uma capa protetora, além da fronha, que deve ser lavada idealmente a cada 15 dias. Alguns tipos de travesseiros podem ser lavados, mas é preciso garantir que seu interior consiga secar por completo. Se o miolo ficar úmido, isso pode piorar a situação, favorecendo a multiplicação de ácaros, fungos e bactérias.
Depois de dois anos de uso, em torno de 10% a 20% do peso do travesseiro é composto por ácaros mortos, afirma Mendonça. Assim, para pessoas com doenças alérgicas, é fundamental usar a capa protetora e trocar o travesseiro a cada um ou dois anos, diz o médico.
Mas ele reforça que mesmo quem não é alérgico deve fazer a substituição, já que há outros riscos à saúde, como o aparecimento de doenças fúngicas e problemas de pele.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.