Um dos grandes desafios da maternidade é comprar roupas e calçados para os filhos. Um vestido novinho em folha não é usado porque não deu tempo. Uma camisetinha que fica alguns dias na gaveta logo fica pequena. As crianças crescem rápido. Para driblar esse desafio, a moda circular pode ser uma aliada.
A ideia é reutilizar peças infantis e repassar adiante as que não servem mais. Há redes de lojas que vendem esse tipo de vestimenta e também aceitam comprar o que os pais tiverem em casa, pagando em dinheiro ou oferecendo desconto.
É possível também a troca ou venda de outros acessórios usados por bebês, como carrinhos, enxovais, brinquedos, calçados, enfim, tudo do universo infantil e que esteja em bom estado.
“É a possibilidade de dar uma nova história para peças infantis gentilmente usadas. As roupas que não servem mais para algumas crianças são entregues nas nossas lojas, higienizadas e colocadas à venda. Quem faz o desapego recebe o valor em dinheiro ou crédito para futuras compras”, afirma Mariana Spadacio, fundadora da Repitikos.
Encontrar peças de qualidade por preços acessíveis exige um olhar atento. A curadoria é uma etapa fundamental, diz Mariana. “Buscamos peças em clubes esportivos, condomínios, bazares e entre amigos. Além disso, nossos clientes são fornecedores importantes. Também oferecemos compras online com atendimento personalizado.”
Para quem deseja desapegar de roupas e obter um bom retorno, Mariana orienta cuidados essenciais ao usar as roupas. “Seguir as instruções de lavagem, armazenar as roupas corretamente e manuseá-las com cuidado são práticas que aumentam o valor das peças. Quando há essa conscientização, até as crianças aprendem a cuidar melhor dos próprios itens.”
Para Mariana, a moda circular é uma ferramenta poderosa para a sustentabilidade e a economia local. “Ela aumenta a vida útil das peças, gera renda extra e beneficia todos os envolvidos: clientes, fornecedores e o meio ambiente. Dado que a indústria têxtil é uma das mais poluentes do mundo, essa prática contribui diretamente para minimizar esse impacto.”
Entre os produtos mais desapegados e vendidos, as roupas lideram, afirma Mariana.
Diferentemente de outros modelos de consumo infantil, a Cresci e Perdi não se posiciona como uma iniciativa de conscientização ou sustentabilidade, de acordo com Saulo Alves, diretor de operações da franquia.
“O foco está em oferecer um retorno econômico imediato para quem deseja desapegar. As mães entregam os itens infantis não utilizados diretamente nas lojas, recebem uma avaliação justa e, em seguida, são pagas no ato. Isso cria um ciclo financeiro positivo, onde o valor investido nos itens pode ser recuperado e reaplicado em novas compras, garantindo economia e praticidade.”
Em toda rede Cresci e Perdi, afirma Alves, são mais de oito milhões de itens comercializados por mês em 507 unidades, entre compra de desapegos e venda de produtos novos e seminovos.
“Esses resultados refletem o sucesso do modelo de negócio, que continua a atrair cada vez mais famílias para o universo da economia circular infantil.”
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