Em 50 anos de funcionamento na cidade de São Paulo, o metrô se tornou um dos principais meios de transporte da população. No entanto, com o avançar das obras de expansão das linhas, alguns acidentes ocorreram, causando mortes.
De 2005 até hoje, foram dez acidentes nas obras, com dez mortes. Confira abaixo:
Dezembro de 2005
No dia 2 de dezembro, um sobrado desabou sobre as obras de um túnel da linha 4-amarela (Luz-Vila Sônia), em Pinheiros (zona oeste) —outros quatro imóveis da área foram afetados. Não houve feridos.
Quatro dias depois, durante a demolição de um imóvel desapropriado para as obras da mesma linha 4-amarela, a parede de uma loja da galeria Almira Gonçalves, localizada na rua Cásper Líbero, no centro de São Paulo, acabou cedendo. Ninguém ficou ferido.
Janeiro de 2007
Em janeiro de 2007 ocorreu o pior acidente em obras do metrô paulistano: a parede de um dos túneis da linha 4-amarela desabou e abriu uma cratera de 80 metros de diâmetro às margens da marginal Pinheiros, na zona oeste da capital. Sete pessoas morreram soterradas e mais de 70 casas foram interditadas.
O desabamento soterrou um caminhão, matando o motorista que trabalhava na construção, e a cratera engoliu um micro-ônibus —motorista, cobrador e dois passageiros que estavam no veículo morreram. Dois pedestres que passavam pelo local também morreram.
Foram acusados de responsabilidade pelo acidente na obra 14 funcionários da linha-4 e do metrô, mas todos foram inocentados pela Justiça de São Paulo em 2016.
Junho de 2012
Um acidente na obra da estação Eucaliptos da linha 5-lilás, localizada na avenida Ibirapuera, esquina com rua Luiz Brandão, em Moema, zona sul da capital, causou a morte de dois operários no dia 22 de junho de 2012. Durante a execução de serviços de fundação na obra, a pinça de um guindaste caiu sobre os operários José Exerei Oliveira Silva, 39, e Antonio José Alves Ribeiro, 31, que morreram no local.
Junho de 2014
Em 2014, um acidente nas obras da linha 17-ouro do monotrilho, na zona sul de São Paulo, também matou um operário e feriu outros dois. Uma viga de sustentação caiu de uma altura de 25 metros em uma esquina da avenida Washington Luís no fim da tarde de uma segunda-feira —as vias estavam abertas para a circulação de veículos na hora do acidente.
Janeiro de 2019
Em 2019, um equipamento do monotrilho da linha 15-prata do metrô se soltou, ficou pendurado a 15 metros de altura do solo e interrompeu a circulação de trens entre as estações São Lucas e Vila União, em São Paulo. O incidente provocou lentidão nos trens por mais de 24h.
Fevereiro de 2020
No dia 27 de fevereiro de 2020, um pneu de uma composição do monotrilho da linha 15-prata estourou, fazendo com que uma peça fosse lançada sobre a avenida Sapopemba. Diferentemente dos metrôs convencionais, as composições do monotrilho rodam sobre pneus de borracha.
Após análise, foram detectados problemas de projeto e execução da linha, projeto, fabricação e montagem dos trens.
Outubro de 2021
Em outubro de 2021, um guindaste das obras de expansão do monotrilho, linha 15-prata, tombou na Vila Prudente, zona leste da capital. O tombamento ocorreu após o guindaste içar vigas do monotrilho no cruzamento das avenidas Paes de Barros e Professor Luiz Ignacio de Anhaia Mello.
Fevereiro de 2022
Uma cratera se abriu no asfalto na marginal Tietê, em São Paulo, na manhã do dia 1° de fevereiro, bem ao lado da obra da linha 6-laranja do metrô. Segundo a Sabesp, uma tubulação de esgoto se rompeu durante a passagem de um equipamento que perfura os túneis do metrô. Ninguém ficou ferido.
O surgimento do buraco causou transtornos. As pistas local e central, no sentido rodovia Ayrton Senna, foram interditadas para veículos. O buraco teve de ser concretado e o tráfego foi liberado 48 horas depois.
Dezembro de 2024
Nesta quinta (12), a passagem da máquina tuneladora, conhecida popularmente como “tatuzão”, causou abertura de uma nova cratera na obra do metrô da linha 6-laranja na região do cruzamento da avenida Brigadeiro Luís Antônio com a rua Rui Barbosa, na Bela Vista, região central.
Um muro e partes de um teatro desativado, vizinho às obras, desabaram. Não houve feridos.