Foram sorteados na quinta-feira (5), em Miami, os grupos do novo Mundial de Clubes da Fifa, o Supermundial, em formato de Copa do Mundo de seleções, com 32 participantes, que será realizado de 15 de junho a 13 de julho de 2025, nos EUA.
O Brasil é o país com o maior número de participantes na competição, quatro: os cariocas Botafogo, Flamengo e Fluminense e o paulistano Palmeiras. São eles os ganhadores das quatro mais recentes Libertadores.
Completam os clubes sul-americanos os argentinos Boca Juniors e River Plate. A Europa terá 12 equipes; a América do Norte, cinco; África e Ásia, quatro cada um; e a Oceania, uma.
Olhando para as oito chaves, concluo que três dos quatro brasucas têm o dever de avançar para as oitavas de final.
Classificam-se dois times por grupo, e será vergonhoso para Palmeiras, Flamengo e Fluminense caírem logo de cara.
No Grupo A, a equipe comandada por Abel Ferreira tem como único adversário “de camisa” o Porto, um dos dois representantes de Portugal no Supermundial.
Os outros oponentes são o Al Ahly, do Egito, que não tem um único nome conhecido no elenco, e o Inter Miami, que tem o espetacular Lionel Messi, principalmente, e tem Luisito Suárez. Ambos, contudo, estarão com 38 anos no meio do ano que vem.
Mesmo com a dupla e com outros veteranos de bom nível –Busquets e Jordi Alba–, a equipe da Flórida decepcionou e sucumbiu na primeira rodada dos mata-matas deste ano da MLS, o campeonato norte-americano.
No Grupo D, espera-se que o Flamengo possa encontrar alguma dificuldade diante do Chelsea, da Inglaterra, geralmente competitivo.
Porém o time comandado por Filipe Luís, com Gerson e De Arrascaeta no meio-campo e com Bruno Henrique e Pedro no ataque, tem necessariamente que suplantar o medíocre León (México) e que golear o inexpressivo Espérance (Tunísia).
O Fluminense, soberbo em 2023 e decepcionante em 2024, está no Grupo F, que tem o forte Borussia Dortmund, da Alemanha, atual vice-campeão da Champions League, e dois “não assusta ninguém”: Ulsan (Coreia do Sul) e Mamelodi Sundowns (África do Sul).
Independentemente de quem seja seu treinador, com pé de obra de qualidade como Ganso, Thiago Silva e o colombiano Jhon Arias, é compulsório o tricolor ganhar dos conjuntos asiático e africano.
Já o cenário do Botafogo, um dos quatro clubes do Grupo B, é menos favorável.
O atual campeão da Libertadores, que internacionalmente disputará ainda neste ano a Copa Intercontinental –se chegar à final, pegará o Real Madrid–, duelará no Supermundial com dois times respeitáveis: o PSG, principal força da França, e o espanhol Atlético de Madrid, dirigido com competência por Diego Simeone há quase 13 anos.
O Seattle Sounders, mesmo sendo uma das duas equipes “da casa” na competição, não tem no papel ninguém que assuste.
Para o alvinegro, supondo que a base do atual grupo seja mantida, é de suma importância que Luiz Henrique, Igor Jesus, Thiago Almada, Savarino e companhia superem o Seattle na partida de estreia para enfrentar PSG e Atlético com moral elevado e em boa posição na tabela.
Porém, se o Botafogo de Artur Jorge e John Textor parar na fase de grupos, com reveses ante os europeus, não será vexaminoso.
Obrigação, tratando-se de time brasileiro, é ganhar de time tunisiano, egípcio, sul-coreano, sul-africano, mexicano e norte-americano.
Pensar de outra forma é considerar que o futebol da elite do Brasil está incomensuravelmente apequenado. E não é (não ainda) o caso.
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