Investing.com – O Morgan Stanley (NYSE:) elevou, ontem (4), as ações de Suzano (BVMF:) de equalweight para overweight, com uma atualização do preço-alvo para R$ 83,00 por ação no fim de 2025, um potencial de valorização de 30% em 12 meses. Apesar da perspectiva de continuação do declínio dos preços mundiais da celulose, os analistas Eugenia Cavalheiro, Carlos de Alba e Henrique Braga apontam a estratégia de desalavancagem da companhia, a busca por eficiência, reorientação da estratégia de fusões e aquisições para empresas menores, aumento de volume de produção pelo “Projeto Cerrado” e a desvalorização do real como fatores para o otimismo para as ações da papeleira.
Os analistas avaliam que as ações da Suzano são negociadas atualmente com um valuation atrativo e desconto de 5,9x EV/Ebtida 2025e, 15% abaixo da média de 15 anos. O desconto visto no preço ocorre mesmo com a recente performance das ações da Suzano, que está com uma queda acumulada de 7% em 2024, contra um recuo para o mesmo período de 18% para o , de 20% do Latam MSCI e 21% do .
O mercado reagiu positivamente ao relatório do Morgan Stanley. A ação da Suzano fechou ontem em alta de 2,6% a R$ 65,05 por ação. Nesta quinta-feira, os papéis operam em queda de 0,23%, efeito da queda do dólar hoje em relação ao .
Tese de investimento em Suzano
O Morgan Stanley avalia que os fundamentos passam a ser preponderantes na negociação dos papéis de Suzano. Essa premissa é derivada após o insucesso da papeleira brasileira em adquirir, em maio, a International Paper (IP), além da promessa da direção da companhia de não buscar aquisições transformacionais no curto prazo. Os executivos da Suzano reiteram o caminho da desalavancagem daqui para frente.
Os analistas do banco americano reiteram que a Suzano não abandonou a estratégia de diversificação geográfica e da carteira de produto. Essa visão estratégica continua na visão do comando da empresa, porém será realizada por pequenas aquisições, como ocorreu com a compra da Pactiv Evergreen.
A inauguração do “Projeto Cerrado”, realizada hoje com a presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, vai incrementar a capacidade de produção da empresa em 20%. Além disso, a finalização antecipada da nova planta industrial vai levar a uma diminuição mais rápida do custo financeiro por tonelada nos próximos trimestres. Isso deve elevar o nível de lucratividade, com uma expectativa de uma margem Ebitda acima de 50% nos próximos anos.
Além disso, o declínio do capex, junto com uma reversão da queda do preço da celulose no mercado internacional, deve levar para geração sólida de fluxo de caixa livre, com a previsão do Morgan Stanley de um rendimento do fluxo de caixa entre 7% e 15% no período de 2025 a 2027.
Por fim, a queda recente do preço da celulose no preço da celulose não é impeditivo, na visão dos analistas do Morgan Stanley, para que Suzano entregue os resultados esperados. O banco americano projeta, inclusive, início de retomada de alta a partir de fevereiro de 2025. Por outro lado, um real mais fraco tende a favorecer a geração de caixa da empresa.
Proventos
A Suzano anunciou nesta quinta-feira a aprovação do pagamento de juros sobre capital (JCP) no valor de R$ 2,5 bilhões. O valor é equivalente a R$ 2,017362506 por ação da empresa.
O pagamento será realizado em 10 de janeiro de 2025 e terão direito os investidores que estiverem posicionados na ação de Suzano no fechamento do pregão de 16 de dezembro de 2024. As ações da empresa passam a ser negociados !ex-direito” a partir de 17 de dezembro de 2024.