O homem, de 33 anos, é morador de rua e foi preso como sendo o principal suspeito de ter cometido o crime. Márcia Karina Gonçalves, de 25 anos, foi encontrada morta cinco dias após ter desaparecido em Taubaté (SP). Ela tinha autismo severo. Márcia Karina Gonçalves
Arquivo pessoal/Imagem cedida pela família
A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (4), um homem de 33 anos que é suspeito de ter matado a jovem autista Márcia Karina Gonçalves, de 25 anos, que foi encontrada carbonizada em um terreno baldio em Taubaté, no interior de São Paulo, na última quinta-feira (28).
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De acordo com a Polícia Civil, o homem é morador de rua e foi localizado próximo ao local do crime, na região do Parque Aeroporto. Ele foi localizado após investigações realizadas pelo setor de homicídios da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté.
Segundo a Deic, o homem possui 14 processos criminais pelos crimes de roubo, furto e tráfico de drogas. Ele foi questionado pelos policiais e, de acordo com a polícia, admitiu ter tido um relacionamento com a vítima por cerca de 5 dias – período em que a jovem ficou desaparecida.
A Deic afirmou ainda que “o homem confessou ter esganado a jovem após uma discussão” e, com isso, ele teve o pedido de mandado de prisão temporária aceito pela Justiça.
O homem permaneceu preso. As investigações da polícia prosseguem, para obter mais provas do crime.
O caso
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher morta foi identificada como Márcia Karina Gonçalves e foi encontrada em um terreno baldio, na avenida Timbó, na região do bairro Parque Aeroporto, na última quinta-feira (28).
Moradores que passavam pelo local encontraram o corpo e acionaram a Polícia Militar. Consta no boletim que, inicialmente, o corpo não foi reconhecido, mas os policiais constataram que a pessoa estava carbonizada e apontaram também suspeita de um segundo crime, de cunho sexual, pelo fato da vítima estar amordaçada.
De acordo com a Polícia Civil, no mesmo dia, familiares foram ao Instituto Médico Legal e reconheceram o corpo como sendo de Márcia Karina.
Ainda segundo o documento, os familiares afirmaram que a jovem tem autismo, sendo diagnosticada com nível 3 de autismo (que necessita de maior suporte).
No boletim, o relato da família detalha que a jovem era do bem, sem envolvimento com drogas e sem inimizades. A família relatou ainda que a jovem morava com a mãe, mas que tinha o costume de passear na rua.
O corpo da vítima passou por exames no Instituto Médico Legal, para coleta de amostras e para tentar identificar a causa da morte, já que a polícia acredita que a vítima foi carbonizada quando já estava morta, na tentativa de dificultar a identificação da jovem.
O caso foi registrado na Polícia Civil como homicídio e passou a ser investigado por equipes do 2º Distrito Policial da cidade.
Pedido de justiça
Em entrevista ao g1 no último fim de semana, a mãe de Márcia Karina, Maria Auxiliadora Silva, relatou que a jovem era o xodó da família.
“O que fizeram foi barbaridade. Está muito difícil aceitar isso, porque a gente se dava muito bem. Ela era o meu xodó, meu anjo da guarda”, afirmou.
O corpo de Márcia Karina Gonçalves, que tinha um grau severo de autismo, foi encontrado carbonizado na última quinta-feira (28) em um terreno baldio na avenida Timbó, na região do bairro Parque Aeroporto.
De acordo com a mãe, Márcia estava desaparecida desde o último sábado (23), quando saiu de noite com alguns amigos no bairro Esplanada Santa Terezinha, onde moravam.
Desde então, Márcia Karina não voltou mais, o que levou a mãe a acionar a polícia e registrar um boletim de ocorrência. Na quinta-feira (28), porém, a família recebeu a notícia de que o corpo da jovem havia sido encontrado.
“A polícia ligou falando que encontraram um corpo carbonizado em um terreno e que tinha as características dela. Um parente foi fazer o reconhecimento e era ela mesmo”, lamenta Maria Auxiliadora.
A mãe conta que Márcia Karina era muito querida no bairro. Por isso, acredita que ela tenha conhecido uma pessoa de fora e ido até o bairro Parque Aeroporto com essa pessoa.
Márcia Karina Gonçalves
Arquivo pessoal/Imagem cedida pela família
Sonho de ser mãe
A jovem de 25 anos tinha mais de 100 bonecas e sonhava em ser mãe, segundo a família.
“Ela sempre saía para rua cuidando de uma boneca, sempre quis ter uma filha. No dia do desaparecimento, ela também saiu com uma. A polícia me disse que ela foi encontrada perto do corpo da minha filha”, disse a mãe.
“Minha filha era muito boa, amigo, companheira, alegre. Falava muito com todo mundo, por isso era muito queria. Nunca fez mal a ninguém, mas o que fizeram com ela foi maldade, barbaridade.”
Márcia Karina Gonçalves
Arquivo pessoal/Imagem cedida pela família
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