No Dia Internacional da Onça-Pintada, g1 traz história de Suri e Zulu, um casal da espécie que vive a expectativa de ter filhotes a partir de 2025, com o intuito evitar a extinção das onças-pintadas. As duas onças são tratadas juntas em Taubaté (SP) há quase 1 ano, em um projeto de proteção animal. Zoológico do interior de SP recebe ‘pantera negra’ para reprodução com onça-pintada, espécie ameaçada de extinção
Divulgação/Selva Viva
Em um espaço de cerca de 300 metros quadrados em Taubaté, no interior de São Paulo, dois predadores vivem uma história de amor: um casal de onças-pintadas, maiores felinos das Américas, que está junto desde o início deste ano, se prepara para ter filhotes, como forma de preservação da espécie, que está listada como ameaçada de extinção.
🐆 No Dia Internacional da onça-pintada, que é celebrado nesta sexta-feira (29), o g1 conta como é o dia a dia de Suri e Zulu — um casal da espécie que vive no Selva Viva, projeto de proteção e preservação animal.
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Suri é a anfitriã da casa. Nascida em novembro de 2021, na reserva de conservação Piracema, no Tocantins, ela completou três anos de vida recentemente. Com um mês de vida, ela foi encaminhada ao Projeto Selva Viva. Desde o fim do ano passado, ela passou a receber visitantes do lado de fora do recinto onde vive.
Zulu, por sua vez, chegou ao Selva Viva em fevereiro deste ano. Apelidado de ‘pantera negra’, por ser uma onça com alteração genética que provoca coloração melanística preta, ele é mais velho que Suri: tem 5 anos e vivia na cidade de Mineiros, em Goiás.
Em entrevista ao g1, a veterinária responsável pelos animais, Érika Coli, explicou que o projeto segue o Plano de Conservação da Onça-Pintada e detalhou os cuidados tomados com os felinos no local.
“A gente tem uma área de maternidade, onde o público não vê. A alimentação delas é toda balanceada e cada refeição é diferente. Tem dia que elas comem frango, outro dia comem carne de porco, carne de vaca, peixes. Essa alimentação é pesada, a gente faz o controle de peso mensal das onças. Uma vez ao ano a gente faz um ‘check-up’ delas, onde a gente avalia os dentes, a pata, garra, entre outros”, explicou.
Zoológico do interior de SP recebe ‘pantera negra’ para reprodução com onça-pintada, espécie ameaçada de extinção
Divulgação/Selva Viva
Maior felino das Américas e maior carnívoro da América do Sul, as onças podem chegar a até 135 kg.
Como Suri chegou primeiro ao local, Zulu teve que passar por um processo de adaptação que durou cerca de dois meses. No início, as onças foram se conhecendo.
“O primeiro passo [da adaptação do Zulu] foi a gente fazer a quarentena do animal. A gente fez todos os exames para ver como ele estava, fez adaptação no recinto. Depois deixamos os dois sentindo o cheiro um do outro, mas sem juntá-los, porque é um risco muito grande [delas se atacarem]. Ficamos em torno de 2 meses nesse processo de adaptação até juntar”, disse.
Zulu vive no Projeto Selva Viva, em Taubaté
Divulgação/Selva Viva
Atualmente, os dois são um casal: se lambem e brincam o dia todo. Zulu foi aceito por Suri e, agora, a organização do projeto vive a expectativa de que a fêmea possa engravidar. O plano tem como intuito evitar a extinção das onças-pintadas.
A gestação de uma onça-pintada dura cerca de 110 dias. Elas podem dar à luz a 1 ou 3 filhotes em uma gestação. No caso de Suri e Zulu, o filhote pode nascer tanto pintada, quanto preta.
Após o nascimento, o filhote pode ficar entre 6 e 8 meses no Selva Viva, antes de ir para outro local do Plano de Conservação. Isso acontece porque, segundo a veterinária, na fase adulta, os animais podem se envolver sendo mãe e filho ou pai e filha.
Suri, onça-pintada resgatada que vive no Selva Viva
Jair da Silva
Selva Viva
Localizado em Taubaté (SP), o Projeto Selva Viva trata e acolhe animais resgatados de cativeiro, em situação de maus-tratos e apreendidos pela Polícia Ambiental. Além disso, recebe também animais para reprodução e preservação da espécie, como no caso das onças-pintadas.
O zoológico conta com aracnídeos, mamíferos e répteis para exposição. Entre os animais estão lêmures, flamingos, jacaré-de-papo-amarelo e corujas. Alguns deles estão no projeto desde 2005, quando o trabalho de recuperação foi iniciado.
Desde 2016 o espaço tem licença para funcionar como um zoológico aberto ao público. O local só funciona aos fins de semana porque nos outros dias atua com educação ambiental com escolas. De acordo com a administração, uma das frentes do projeto é a conscientização sobre animais silvestres.
O espaço é aberto à visitação aos fins de semana e feriados, das 9h até às 17h. Os ingressos podem ser comprados no local. O endereço é Estrada Municipal do Barreiro, n° 7.659.
Conheça Suri, onça-pintada que vai passar a ser exposta ao público em zoológico de SP
Zoológico do interior de SP recebe ‘pantera negra’ para reprodução com onça-pintada
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