Antiga cidade romana foi palco de grande erupção vulcânica e é o 2º ponto turístico mais visitado da Itália, depois do Coliseu. Medida foi tomada para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio histórico, diz diretor do local. Visitantes caminham pelo sítio arqueológico de Pompeia, na parte inferior do vulcão Monte Vesúvio
AFP – TIZIANA FABI
O famoso parque arqueológico de Pompeia estabeleceu, a partir desta sexta-feira (15) um limite de 20 mil visitantes por dia. O local é o mais recente entre os pontos turísticos italianos a tomar medidas para lidar com o turismo de massa.
As novas medidas foram tomadas “essencialmente por razões de segurança, tanto para visitantes como para funcionários, mas também para a proteção do patrimônio”, informou à AFP Gabriel Zuchtriegel, diretor-geral do local.
Em 2023, quase 4 milhões de pessoas visitaram Pompeia.
“Com o início da baixa temporada, resolvemos experimentar esta medida. Queremos garantir a todos os visitantes uma experiência de qualidade, nunca deve ser turismo de massa, a qualidade deve estar sempre no centro”, insistiu Zuchtriegel.
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Outros locais
Vários outros locais ou cidades na Itália já introduziram medidas para combater o excesso de turistas.
Em Veneza, agora é preciso pagar entrada. Em 2024, a medida foi implementada em 29 dias bastante movimentados entre abril e julho, e em 2025 será estendida para 54 dias.
O famoso “caminho do amor” que serpenteia entre a terra e o mar no parque Cinque Terre (noroeste) reabriu em julho, após longas obras. Agora, os visitantes têm de pagar €5 (em torno de R$ 30 na cotação do dia 15 de novembro) para visitar.
Nas pontes de Florença, na Toscana, foram registradas pichações: “Turistas vão para casa!”
Em Pompeia, na província de Nápoles, o limite de 20 mil pessoas por dia é uma medida para alcançar o “crescimento sustentável”, sublinha Zuchtriegel.
Erupção
Visão de uma rua na cidade destruída de Pompeia, na Itália
Alessandra Tarantino/AP
A cidade romana de Pompeia ficou conhecida por ter sido palco de uma grande erupção vulcânica, no Monte Vesúvio, responsável pela destruição do local e morte de sua população.
Os restos arqueológicos foram encontrados no século XVIII e, desde então, muitos estudos foram realizados para reconstituir os fatos da vida cotidiana da cidade e sua destruição.
A ideia dos administradores é ampliar a área de Pompeia que pode ser visitada e das zonas arqueológicas, para poder acolher mais de 20 mil visitantes em condições seguras. A capacidade pode ser ajustada segundo a evolução da situação, acrescenta Zuchtriegel.
Listada como Patrimônio Mundial da UNESCO, Pompeia é o segundo local turístico mais visitado da Itália, depois do Coliseu, cobrindo uma área total de aproximadamente 22 hectares, um terço dos quais ainda está enterrado sob as cinzas.
As cinzas vulcânicas expelidas há 2 mil anos pelo Vesúvio sedimentaram na maioria das casas de Pompeia, o que permitiu que fossem quase completamente preservadas, assim como muitos dos corpos dos três mil moradores, vítimas da catástrofe.
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