O ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), considerou as explosões da noite desta quinta (13) como “ataques contra o STF e a Câmara”. Ele se referiu às três ocorrências registradas em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, e em um dos estacionamentos do Congresso Nacional, que vitimaram uma pessoa.
“A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como reestabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível”, disse nas redes sociais.
Messias foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cargo. Outros ministros da Esplanada afirmam verem indícios de motivação política nas explosões, embora a polícia ainda não tenha divulgado nenhuma informação sobre a motivação das explosões.
O principal deles mais ligado ao presidente, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), afirmou que “os ataques às instituições são ataques à democracia e ao povo brasileiro”.
“Cada vez mais, a defesa da democracia, o combate à intolerância e à politica de ódio que contaminou setores da sociedade se tornam fundamentais. Não podemos, em hipótese nenhuma, naturalizar atos antidemocráticos”, disse.
Ele emendou afirmando que “vamos seguir trabalhando pela reconstrução do nosso país e pela união do povo brasileiro, todos aqueles que forem contra isso, serão derrotados mais uma vez”.
Juscelino Filho, das Comunicações, disse repudiar as explosões e que é preciso “reforçar que não haverá tolerância com desrespeito e ataques contra a democracia e nossas instituições”. “Não podemos nos esquecer do político que promoveu a campanha de ódio contra o STF”, emendou Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário.
Um pouco mais cedo, a Polícia Federal informou que abriu um inquérito para apurar as três explosões que vitimaram uma pessoa.
“A Polícia Federal investiga as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um inquérito policial será instaurado para apurar os ataques”, disse a autoridade em nota.
Ainda de acordo com a PF, foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição para conduzir as ações iniciais de segurança e análise do local.
Toda a área da Esplanada dos Ministérios e dos prédios da Praça dos Três Poderes foi isolada pelas autoridades, que procederam uma varredura em busca de mais artefatos.
As explosões ocorreram no começo da noite quando um homem caminhava com os artefatos pela praça em frente à sede do STF. Ele morreu com o estouro de um deles. Um carro no estacionamento da Câmara também teve uma explosão.
“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, disse o STF em nota.