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    Home » redução de jornada pode ser armadilha ao emprego
    Economia

    redução de jornada pode ser armadilha ao emprego

    Brasil ElevePor Brasil Elevenovembro 11, 2024Nenhum comentário7 minutos de leitura
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    O apelo popular criado em torno de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para redução da jornada de trabalho 6×1 tem impedido o debate sobre a armadilha que a medida representa para trabalhadores e empresas. Analistas ouvidos pela Gazeta do Povo afirmam que, da forma apresentada, a medida culminaria em custos desiguais para pequenas e grandes empresas, além de distorções macroeconômicas, como desemprego e inflação.

    De autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP), o texto, ainda não protocolado na Câmara dos Deputados, propõe a redução da jornada máxima de trabalho para 36 horas semanais, em 4 dias por semana. Assim, no lugar do sistema chamado 6×1, que estabelece um dia de folga para cada seis trabalhados, passaria a vigorar a jornada de 4×3, com quatro dias trabalhados e três de descanso.

    A parlamentar tem recolhido assinaturas para seu requerimento. A iniciativa vem na esteira do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou força nas redes sociais desde setembro do ano passado. 

    Tudo começou com uma postagem contra a jornada 6×1 feita pelo ativista Rick Azevedo, que trabalhava de balconista. O assunto viralizou e, desde então, o movimento conseguiu somar 1,5 milhão de assinaturas em um abaixo-assinado em favor da redução de carga horária.

    VEJA TAMBÉM:

    • Deputada Erika Hilton (Psol-SP) propõe PEC para extinguir jornada de trabalho 6x1. Ação integra movimento "Vida Além do Trabalho" (VAT) iniciado nas redes sociais

      PEC da esquerda quer extinção da jornada 6×1: o que está em discussão

    • Erika Hilton

      Erika Hilton diz que fim da escala 6×1 não tem nem estudo de impacto econômico

    Repercussão pela redução da jornada 6×1 pressiona parlamentares de direita

    Neste fim de semana, o tema foi um dos mais comentados nas redes e impulsionou a adesão de parlamentares para o requerimento da deputada psolista. Até mesmo alguns deputados da bancada do PL, contrários à iniciativa, sentiram a “pressão da internet” e manifestaram apoio à redução da jornada de trabalho 6×1.

    Fernando Rodolfo (PL-PE) disse que é “hora de repensar o modelo de trabalho no Brasil”. Outro parlamentar, o senador Cleitinho (PL-MG), se disse favorável à redução de jornada de trabalho e foi elogiado em suas redes.

    Os defensores da proposta afirmam já ter 100 assinaturas, das 171 necessárias para que o requerimento seja protocolado na Câmara e comece a tramitar.

    No documento, Hilton diz que a jornada de trabalho no Brasil, principalmente a escala 6×1, ultrapassa os “limites razoáveis” dos empregados. É necessário, segundo ela, adequar às “novas realidades do mercado de trabalho e às demandas por melhor qualidade de vida dos trabalhadores e de seus familiares”.

    VEJA TAMBÉM:

    • Ministro do Empreendedorismo, Márcio França, diz que redução da jornada fará com que as "pessoas se sintam mais úteis".

      Ministro de Lula afirma que redução da jornada fará com que as “pessoas se sintam úteis”

    • Deputada Erika Hilton (Psol-RJ) quer acabar com a jornada 6x1.

      Enquete: qual é a sua opinião sobre o fim da jornada 6×1?

    Questão chave é produtividade, diz economista

    Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia (FEA-USP) e coordenador do Salariômetro da Fipe, lembra que a ideia não é nova. Há uma reivindicação permanente do movimento sindical para a aprovação da jornada de 44 horas semanais. Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece 48 horas semanais.

    Diversos projetos para alterar a Constituição ou modificar a CLT foram apresentados ao longo das últimas décadas. Algumas até avançaram, mas não chegaram a ser aprovadas.

    “Isso não é inusitado, esse debate existe há muito tempo e, vez ou outra, políticos populistas tentam introduzir essa redução via legislação, menosprezando a negociação coletiva, que leva em conta as necessidades de ambos os lados, trabalhadores e empresas”, afirma Zylberstajn.

    Segundo ele, o populismo está em ignorar o aspecto principal para a negociação, que é a produtividade. “Os trabalhadores querem trabalhar menos e as empresas resistem a aceitar menos trabalho pelo mesmo preço”, afirma o economista. “Deve haver uma conciliação de interesses entre patrões e empregados”, salienta.

    Para isso, primeiro deve-se resolver a equação da produtividade. “Se você olhar para o começo da Revolução Industrial, os trabalhadores trabalhavam 12, 14 horas por dia”, explica. “Com a modernização e tecnologia, os custos de redução da jornada foram absorvidos”.

    Se isso não acontecer agora, os resultados vão penalizar o trabalhador e a sociedade. “O problema é que quando você reduz a jornada, os trabalhadores não aceitam uma redução do salário proporcional”, diz Zylberstajn. “Eles querem manter o salário e reduzir a jornada. Isso significa que a hora de trabalho ficou mais cara, embora o salário mensal fique igual”.

    Na prática, significa que o empregador estará pagando mais por menos produção. “As grandes empresas poderão até compensar esta redução com modernização e tecnologia para aumentar a produtividade”, diz o economista. “Mas as pequenas e médias, que têm baixa margem de lucro, terão muita dificuldade de adaptação”, explica.

    Segundo levantamento do extinto Ministério da Economia, de 2022, as micro, pequenas e médias empresas representam 99% dos negócios nacionais. Só as MPEs representam aproximadamente 90% de todos os negócios em funcionamento.

    Os pequenos empresários, destaca Zylberstajn, só terão duas opções: repassar o preço aos produtos, gerando inflação, ou reduzir os postos de trabalho, gerando desemprego.

    “Se fosse uma medida que se esgotasse nela mesma, ótimo, né? Agora a pergunta é: por que isso não é feito no mundo inteiro? Por que o mundo não faz uma assembleia geral de todos os países e reduz a jornada de trabalho em escala global? Seria ótimo isso, né? É que não é tão direto, não é tão simples assim”, afirma o professor da USP.

    Informalidade também é risco

    Juliana Mendonça, sócia do Lara Martins Advogados, mestre em Direito e especialista em Direito e Processo do Trabalho, acredita que a medida pode trazer desemprego e aumento da informalidade.

    “Os empresários vão preferir não contratar diretamente”, diz. “Podem preferir contratar pessoas jurídicas ou autônomas para poder prestar o serviço ao invés de celetistas.”

    O constitucionalista André Marsiglia também prevê impacto no mercado de trabalho. “A gente faz lei apenas para ganhar popularidade e depois elas são inviáveis na prática”, afirmou nesta segunda-feira (11) ao programa Entrelinhas, da Gazeta do Povo.

    “Porque é óbvio, como é que os comércios vão lidar com isso, como é que as empresas vão lidar com isso? Contratando mais gente e aumentando o valor do produto, gerando inflação ou aumentando a informalidade. Mas aí as pessoas que fizeram a PEC já ganharam a sua popularidade. É isso que importa no Brasil, é o que as pessoas se preocupam, com o imediato.”

    Proposta de redução da jornada 6×1 poderia ser considerada inconstitucional

    O caminho para a aprovação da mudança ainda é longo. A proposta de redução da jornada de trabalho 6×1 só será apresentada após as 171 assinaturas. A partir daí, começa a tramitação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

    Se aprovada pela CCJ, será enviada para uma comissão especial, a qual vai analisar o mérito e propor alterações. Regimentalmente, o colegiado tem até 40 sessões do plenário para concluir a votação do texto.

    Caso isso não aconteça, o presidente da Câmara poderá colocar em votação direta pelo conjunto dos deputados. Serão necessários 308 votos, maioria qualificada dos 513 deputados, em dois turnos de votação.

    Para Marsiglia, a proposta pode nem passar pela CCJ. Para ele, a limitação da jornada de trabalho fere a livre iniciativa e a liberdade econômica, os quais “também são princípios relevantes de nossa Constituição”.

    “Por isso poderia ser considerada inconstitucional”, diz. “O que me parece relevante é que a gente mire naquilo que é o espírito da Constituição, que é causar bem-estar para a população. Você pode causar um bem-estar individual ao diminuir a jornada de trabalho, mas o bem-estar coletivo vai ser prejudicado se houver um aumento da informalidade do trabalho.”

    De qualquer forma, o debate sobre a constitucionalidade do tema, segundo Marsiglia, é algo aberto. “Vai depender mais uma vez da cabeça dos nossos parlamentares ou dos nossos ‘iluminados’ magistrados”, afirma.



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