Depois de fazer atividade física de alta intensidade, do tipo que deixa pingando de suor, surge a necessidade de tomar banho e lavar o cabelo. Acontece que quem se exercita regularmente pode não ter condições de lavar o cabelo todos os dias. Nesses casos, o couro cabeludo pode sair prejudicado se não for bem cuidado.
Afinal, é comum se esquecer de que o couro cabeludo também é pele, como afirma a médica tricologista especialista em ciências capilares Luciana Passoni. “Se a gente não tem um couro cabeludo saudável, desde a parte de cuidar das camadas de pele, até de cuidar da microbiota, esse couro cabeludo vai atrapalhar o desenvolvimento do nosso folículo piloso, causando queda de cabelo ou afinamento de cabelo e até a tão temida caspa“, explica.
Mas como cuidar para que essa pele não fique tão prejudicada entre um treino e outro? A médica dá algumas dicas.
Para quem não tem tempo de lavar o cabelo, a tricologista indica séruns hidratantes à base de probióticos. Os séruns são mais leves, espalham mais fácil e têm rápida absorção.
“Você consegue hidratar o couro cabeludo o tempo inteiro com o uso desses séruns que não deixam oleosidade no couro e que controlam a secreção do sebo e também promove o aumento da microbiota do couro cabeludo”, afirma.
O shampoo seco funciona como uma maquiagem, diz Passoni. Ele não trata, apenas disfarça a oleosidade. Porém, ele pode ser usado como um complemento. A especialista indica aplicar um tratamento antes do exercício físico ou logo após, como um peeling de couro cabeludo a base de salicílico ou de probióticos —que serve para limpar as células mortas e desobstruir o folículo capilar— e depois aplicar o shampoo a seco. Esse processo protege a pele contra descamação.
Os séruns também são indicados para quem tem o couro ressecado. Ao fazer exercício e suar, a região está liberando a pouco água que tem, sendo assim, é preciso hidratá-la novamente. Nesses casos, a indicação é utilizar o produto hidratante a base de ácido hialurônico.
Para além do couro cabeludo
Há pessoas que possuem problemas também nos fios, sendo eles ressecados ou danificados por química. O treino, que geralmente dura uma hora, pode ser um bom momento para poupar tempo e hidratar o cabelo. A médica indica óleos minerais, como de coco ou de rícino. Essa é uma forma de proteger os fios, encaracolados e crespos especialmente, do suor —afinal a transpiração vai se misturar com o óleo e tratar o couro.
Quando o cabelo entra em contato com o suor, é como se estivesse entrando na água do mar. “Vai ter uma alta concentração de sódio, de magnésio, de íons, que o fio de cabelo ele não tá precisando”, diz. E por isso ela reforça a importância da blindagem dos fios durante o exercício físico, com máscara de hidratação e óleos.
Como prender o cabelo?
O ideal é não tracionar muito o fio ao fazer exercício físico. Penteados apertados, como coques, não vão proteger o cabelo e podem fazer com que aumente a secreção de sebo.
“A gente tem que prender o cabelo sim, até para esse fio não ficar em contato com o suor das costas, dos ombros e dos braços, mas não pode ser muito tracionado”, afirma a tricologista.
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