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    Home » 9 a cada 10 agressões a mulheres tiveram testemunha – 10/03/2025 – Cotidiano
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    9 a cada 10 agressões a mulheres tiveram testemunha – 10/03/2025 – Cotidiano

    Brasil ElevePor Brasil Elevemarço 10, 2025Nenhum comentário5 minutos de leitura
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    Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. O dito popular que naturaliza a violência entre casais ainda não é coisa do passado, como sugerem os resultados da 5ª edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

    Nove a cada dez das 21,4 milhões de mulheres brasileiras que relatam ter sofrido algum tipo de violência nos últimos 12 meses afirmam que as agressões foram testemunhadas por amigos ou conhecidos (47,3%), pelos filhos (27%), por outros parentes (12,4%) ou por pessoas desconhecidas (7,7%).

    O estudo aponta que quase 67% dos casos de violência relatados foram praticados pelo parceiro ou ex-parceiro íntimo da vítima. Desde a primeira edição da pesquisa, em 2017, a proporção de agressões praticadas pelo marido, namorado ou companheiro mais que dobrou: foi de 19,4% para 40% dos casos em 2025.

    “Foi a primeira vez que perguntamos sobre testemunhas da violência sofrida pela mulher. O resultado nos surpreendeu e mostra o tamanho do desafio”, afirma Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum.

    A pesquisa ouviu 1.040 mulheres com idades a partir de 16 anos em 126 municípios de pequeno, médio e grande porte de todo o país entre os dias 10 e 14 de fevereiro de 2025. Dessas, 793 responderam às questões específicas sobre vitimização, cuja margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.

    As mulheres que relataram episódios de violência nos últimos 12 meses (37,5%) foram alvo de insultos, humilhações e xingamentos (31,4%), batida, empurrão ou chute (16,9%), ameaças de apanhar, chutar ou empurrar (16,1%), perseguição ou amedrontamento (16,1%), ofensa sexual ou tentativa forçada de ter relação (10,4%), lesão provocada por objeto atirado (8,9%), espancamento ou tentativa de estrangulamento (7,8%), ameaça com faca ou arma de fogo (6,4%), tiro ou esfaqueamento (1,4%).

    “Tendo a crer que essa ideia de que é preciso meter a colher quando uma mulher sofre violência ainda está limitada à ocorrência da agressão física. Se não tem um olho roxo ou uma marca muito evidente da violência, as pessoas tendem a ser tolerantes com o agressor”, opina a diretora-executiva do Fórum.

    A socióloga Wânia Pasinato, consultora especializada em violência contra a mulher, aponta que a intervenção precoce nestes casos é importante para evitar que a violência se agrave, o que, em última instância, pode levar ao feminicídio. Em 2024, o Brasil registrou o maior número de casos da série histórica, com 1.459 vítimas de feminicídio.

    Pasinato explica o que as testemunhas, quando adultas, podem intervir diretamente na agressão, se avaliarem não haver risco de sofrer também uma violência grave, além de chamar a polícia e usar canais oficiais de denúncia, como o telefone 180.

    “É muito importante apoiar a mulher que está vivendo a situação de violência e auxiliá-la a procurar ajuda, acompanhando-a até a delegacia ou o serviço médico”, explica.

    A pesquisa aponta que a maior parcela das mulheres alvo de violência no último ano (47,4%) não procurou ajuda nem responsabilização depois de viver um episódio grave de agressão. Já 19,2% procuraram ajuda da família, 15,2% procuraram a ajuda de amigos, 14,2% foram a uma Delegacia da Mulher, enquanto 6% buscaram ajuda na igreja.

    Pasinato explica que quando o caso é de violência doméstica, a própria testemunha pode registrar a ocorrência numa delegacia e obter as mesmas medidas protetivas previstas para a vítima pela Lei Maria da Penha.

    “As pessoas têm medo de testemunhar porque não sabem como serão recebidas nem quais são os seus direitos nesses casos”, afirma ela. “Testemunhas têm direito a um atendimento respeitoso e seguro, sem contato com o agressor, com preservação de sua integridade física e emocional, além de terem acesso às mesmas medidas protetivas de urgência previstas para as vítimas.”

    Segundo a médica Maria Beatriz Linhares, professora do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, a violência interpessoal e intrafamiliar extrapola a questão da mulher. Primeiro, porque está muito associada à violência contra a criança. Segundo porque gera um “ecossistema negativo” que impacta no desenvolvimento.

    Segundo a pesquisa, 27% dos casos em que a violência contra a mulher foi presenciada, as testemunhas eram seus filhos e filhas, o que pode comprometer o desenvolvimento de crianças e adolescentes, com repercussões individuais e sociais.

    “Ser testemunha de violência é sofrer uma violência”, afirma a médica, que é membro do Núcleo Ciência pela Infância (NCPI). “Do ponto de vista da sociedade, essa criança vai virar um adulto que vai aprender que um modelo de resolução de conflito pela agressividade.”

    Linhares afirma que é preciso pressa para resolver a questão. “Os dados estão aí. Problemas complexos não têm solução simples. Ela [a violência] é intersetorial e cada um tem que fazer sua lição de casa. A mulher tem que ser protegida, a criança tem que ser protegida. E só assim podemos mudar o curso da história e os fatores de risco.”



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