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    Home » 5 anos de pandemia de Covid-19: os legados positivos – 10/03/2025 – Equilíbrio e Saúde
    Saúde

    5 anos de pandemia de Covid-19: os legados positivos – 10/03/2025 – Equilíbrio e Saúde

    Brasil ElevePor Brasil Elevemarço 10, 2025Nenhum comentário11 minutos de leitura
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    “O maior experimento psicológico da história.”

    Estávamos em 2020, e foi assim que a então professora de psicologia da saúde da Universidade Vrije de Bruxelas, Elke Van Hoof, descreveu o confinamento resultante da pandemia de Covid-19.

    Em entrevista à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, a especialista em estresse e trauma se referia a uma medida sem precedentes que, naquele momento, se espalhava pelo mundo, mantendo 2,6 bilhões de pessoas sob alguma forma de isolamento em nível global.

    Cinco anos se passaram desde aquela quarta-feira, 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Covid-19 uma pandemia.

    Desde então, segundo dados da OMS, o vírus Sars-CoV-2, causador da doença, provocou mais de 777 milhões de infecções e matou mais de 7 milhões de pessoas, embora os especialistas da organização estimem que as mortes associadas à pandemia cheguem a 15 milhões.

    Os inúmeros e profundos impactos negativos desta pandemia ainda estão sendo sentidos no mundo todo.

    No entanto, alguns analistas destacam que esse momento tão sombrio também resultou em lições positivas. A BBC destaca quatro delas.

    1. O valor da ciência e os avanços revolucionários das vacinas

    Demorou apenas nove meses para os cientistas encontrarem uma vacina eficaz para combater o Sars-Cov-2. E eles fizeram isso por meio de um método que revolucionou o desenvolvimento de imunizantes em todo o mundo.

    Embora o uso de RNA mensageiro sintético já viesse sendo estudado como um mecanismo eficaz para o desenvolvimento de vacinas há anos, foi a pandemia de covid-19 que realmente acelerou seu desenvolvimento.

    Tanto a Pfizer, em parceria com a BioNtech, quanto a Moderna utilizaram esse mecanismo para criar suas vacinas em tempo recorde, permitindo que milhões de pessoas recebessem doses ao redor do mundo.

    Em 8 de dezembro de 2020, Margaret Keenan, uma mulher de 90 anos do Reino Unido, se tornou a primeira pessoa a receber uma dose aprovada da vacina fabricada pela Pfizer/BioNTech.

    Os cientistas Katalin Karikó e Drew Weissman, criadores desta fórmula, receberam o Prêmio Nobel de Medicina em 2023.

    A corrida para encontrar uma vacina que imunizasse a população e evitasse mais mortes é um dos maiores legados positivos da pandemia, de acordo com a porta-voz da OMS, Margaret Harris.

    “Testemunhamos avanços tecnológicos em uma velocidade incrível”, diz a especialista em saúde pública à BBC News Mundo.

    “A tecnologia do RNA mensageiro já era conhecida, mas agora estamos vendo como está sendo usada para desenvolver outros avanços, incluindo vacinas contra o câncer.”

    Ela vai além: “Entendemos que a ciência é fundamental.”

    Devi Sridhar, professora da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e autora do livro “Preventable: How a Pandemic Changed the World & How to Stop the Next One” (“Evitável: Como uma pandemia mudou o mundo e como impedir a próxima”, em tradução livre), destaca que as lições da pandemia tiveram um impacto na melhor detecção e identificação de novos surtos.

    “Nossa capacidade científica melhorou, nossas plataformas estão cada vez mais avançadas. Se a pergunta que tínhamos no início da pandemia era se haveria vacina, a pergunta agora é: com que rapidez poderemos produzir uma”, afirma.

    A colaboração conjunta dos países para o desenvolvimento destas vacinas e o direcionamento de recursos para este processo permitiu, segundo Sridhar, uma das coisas mais positivas resultantes da covid-19.

    Além disso, há ensinamentos que nos permitem estar mais bem preparados para a próxima pandemia, diz ela. Por exemplo, os países que “parecem ter se saído melhor foram aqueles com populações mais saudáveis antes da pandemia”.

    Em março de 2020, o microbiologista Ignacio López-Goñi, da Universidade de Navarra, na Espanha, foi um dos primeiros cientistas a ousar apontar que poderia haver aspectos positivos relacionados à pandemia emergente.

    “A pandemia de gripe de 1918 causou mais de 25 milhões de mortes em menos de 25 semanas. Será que algo semelhante poderia voltar a acontecer hoje em dia? Como podemos ver, muito provavelmente não”, disse ele na época.

    Cinco anos depois, o acadêmico continua vendo o copo meio cheio, especialmente do ponto de vista científico.

    “Fizemos muitos avanços. O vírus causador da Covid-19 é o mais publicado de todos os tempos, o mais estudado de todos os patógenos infecciosos, mais do que o causador da malária, da Aids ou qualquer outro”, afirma.

    2. Um ‘novo despertar’ na educação

    O impacto catastrófico que o fechamento de escolas teve devido à pandemia em todo o mundo e, em particular, na América Latina, está bem documentado.

    De acordo com Mercedes Mateo, chefe da Divisão de Educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), uma das marcas mais profundas deixadas pela pandemia é o aumento das taxas de evasão escolar e o atraso na aprendizagem, principalmente no ensino fundamental e médio.

    No entanto, ela ressalta que esta experiência também proporcionou oportunidades excepcionais para o mundo educacional.

    “Houve realmente um impacto muito positivo que levou o debate sobre educação para o século 21, que serviu para repensar os sistemas educacionais”, disse ela à BBC.

    Um avanço evidente é que durante e após a pandemia, ficou para trás o paradigma do ensino presencial e da sala de aula exclusivamente como um espaço físico e estático.

    “Durante a pandemia, ficou claro que o setor da educação era um dos setores menos digitalizados”, afirma Mateo.

    Ela diz, inclusive, que havia uma certa demonização e resistência à digitalização de processos e práticas, mas que a Covid-19 abriu o caminho para uma educação mais híbrida e flexível.

    “O fato de as salas de aula terem sido fechadas fez com que a educação passasse a ter maior prioridade na agenda política após a pandemia. Consolidou-se a ideia de manter o serviço educacional diante de qualquer circunstância”, observa Mateo.

    Por outro lado, Sridhar não tem certeza de que, diante de uma nova pandemia, os governos tomem uma decisão diferente em relação ao fechamento de escolas.

    “Há o conhecimento teórico dos danos causados pelo fechamento das escolas, mas há também o prático: como fazer com que os pais enviem os filhos para a escola sabendo que eles podem ficar doentes”, afirma.

    Mateo destaca, por sua vez, que há agora uma maior consciência sobre o papel da escola nas nossas sociedades.

    Na sua opinião, ficou demonstrado que a escola é muito mais do que um lugar onde as crianças e os jovens vão para aprender: é um espaço de apoio emocional, social e psicológico e, em muitos casos, também oferece serviços essenciais, como alimentação.

    3. Recuperação e mudança de paradigma no trabalho

    A aniquilação de empregos foi uma das graves consequências da Covid-19, e a região da América Latina e do Caribe foi uma das mais atingidas.

    A pandemia também aumentou as disparidades na participação de jovens e mulheres no mercado de trabalho – um dos maiores desafios restantes.

    Mas, no geral, os especialistas observam que, embora ainda haja muito avanço a ser feito, os impactos da pandemia no mercado de trabalho tiveram uma recuperação relativamente rápida, considerando os níveis de crescimento econômico nos últimos cinco anos.

    A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que as taxas de emprego e desemprego na região conseguiram voltar aos níveis pré-pandemia em 2023, ou seja, apenas oito trimestres após o início do período de recuperação, quando os lockdowns e as restrições de circulação permitiram aos trabalhadores retornar aos seus empregos ou, no caso daqueles que o haviam perdido, se reintegrar ao mercado de trabalho.

    E, embora inicialmente a recuperação tenha respondido fortemente à retomada de empregos informais, essa proporção vem diminuindo nos últimos anos.

    Para Gerson Martínez, especialista em economia do trabalho do Escritório Regional da OIT para a América Latina e o Caribe, há várias lições positivas da pandemia no âmbito do trabalho.

    Uma delas é que as políticas de proteção ao emprego e à renda que foram implementadas permitiram amortecer o golpe, e influenciaram positivamente a recuperação acelerada observada principalmente em 2021 na região, seguindo a tendência observada na média global.

    “Essa é uma boa notícia porque nos diz que essas medidas, e esta é uma importante lição aprendida para a nossa região, permitiram que a recuperação fosse quase total”, disse ele à BBC News Mundo.

    Além disso, para a OIT, o mercado tem conseguido manter uma certa estabilidade na região. “Esperamos que essa resiliência se mantenha, pois acreditamos que isso se deve justamente ao fato de que se reconheceu a necessidade de instituições trabalhistas fortes, e essa também é uma lição deixada pela pandemia.”

    Mesmo assim, em 2025, a OIT alertou em seu último relatório que essa recuperação vem perdendo força, se olharmos para o cenário global, diante de ameaças como “tensões geopolíticas, o aumento dos custos das mudanças climáticas e problemas de dívida não resolvidos”.

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    Mas talvez a mudança mais evidente introduzida pela pandemia tenha sido o trabalho remoto e o trabalho híbrido em setores que antes só tinham contratos presenciais.


    Embora as evidências até agora tenham indicado que o impacto positivo do trabalho remoto na produtividade depende fundamentalmente da natureza desse trabalho (e de outros fatores relacionados às condições dos funcionários), e empresas no mundo todo estejam atualmente tentando voltar ao trabalho presencial, a experiência da pandemia trouxe mudanças.

    Muitos países avançaram em legislações sobre o trabalho remoto para, por exemplo, incluir maior flexibilidade em alguns setores.

    Uma mudança significativa no mercado de trabalho também resultou dos aplicativos de entrega, como Uber Eats e Rappi, entre outros, que abriram novos postos de trabalho, mas continuam sendo um desafio em termos de precarização e proteção trabalhista.

    A revolução tecnológica da pandemia também representa, de acordo com Martínez, uma “oportunidade de ouro” para continuar a usá-la a favor da produtividade do mercado. Por exemplo, com a inteligência artificial, que, segundo ele, em vez de ameaçar os empregos, pode otimizar os processos e a eficiência de diferentes setores.

    4. A importância de cuidar da saúde mental

    A pandemia foi um golpe para a saúde mental da humanidade. Não apenas entre aqueles que perderam entes queridos ou para as equipes médicas que viram centenas de pessoas morrerem diariamente por causa do vírus.

    O confinamento, a incerteza, a solidão, o medo e a angústia que se espalharam pelo mundo tornaram a pandemia um cenário traumático por si só.

    Agências como a OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) elaboraram relatórios detalhados sobre o aumento de transtornos de depressão e de ansiedade e da prevalência de comportamentos e pensamentos suicidas com a pandemia.

    Para a psicóloga e escritora Laura Rojas-Marcos, especialista em ansiedade, estresse e depressão, “a pandemia teve um impacto não apenas no nosso dia a dia, mas também na nossa memória emocional e na maneira como nos relacionamos. Foi um momento decisivo, não apenas de sofrimento, mas também de aprendizado”.

    “Hoje há mais consciência sobre a importância de cuidar da saúde mental, que não é algo separado do corpo, mas algo que caminha completamente junto”, diz ela.

    “Algumas pessoas, eu diria que muitas, aproveitaram a oportunidade para fazer uma reflexão sobre a vida, e aprenderam a valorizar outras pessoas, seu ambiente e até mesmo sua própria existência.”


    Um estudo encomendado pelo Serviço Mundial da BBC à GlobeScan constatou, em 2022, que 36% das pessoas entrevistadas em 30 países ao redor do mundo disseram que se sentiam melhor do que antes da pandemia.

    “Muitos afirmaram que passar mais tempo com a família e ter uma conexão melhor com a comunidade e a natureza teve um efeito positivo, e que eles tinham mais clareza sobre suas prioridades gerais na vida”, informou a BBC em outubro daquele ano.

    Outro aspecto positivo em termos de saúde mental, como destacaram organizações como a Opas, “foi que estimulou a adoção de abordagens inovadoras, como o atendimento remoto à saúde mental”.

    Isso provocou uma mudança radical na forma como os psicólogos oferecem terapias de vários tipos atualmente.

    Essa flexibilidade, de fato, permitiu que Rojas-Marco ajudasse pessoas que, de outra forma, não teriam acesso à terapia.

    Ele se conectou, por exemplo, com soldados ucranianos que precisavam de apoio em meio à guerra com a Rússia, e com pacientes em áreas remotas, onde a oferta de espaços como estes é mínima.

    De acordo com a experiência de Rojas-Marcos e o intercâmbio que ela mantém com colegas de todo o mundo, são percebidos níveis mais altos de tolerância à frustração e capacidade de adaptabilidade.

    A pandemia também nos ensinou sobre resiliência e compaixão humana, duas questões que, de acordo com a especialista, estão no cerne da nossa natureza.

    Os gestos de solidariedade foram um afago em meio a uma tragédia rotulada como “o maior experimento psicológico da história”.

    Para Margaret Harris, porta-voz da OMS, nós “vimos o melhor da humanidade” na pandemia.



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